quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PRAZERES QUE MATAM 17


Vimos há dias que Salazar terá dito a Cecília Supico Pinto que fumar não era um hábito comunista, apenas não era de mulher.

Sabe-se agora que, face às restrições da lei, as mulheres, em comparação com os homens, são os potenciais fumadores que mais resistência oferecem em abandonar o vicio do tabaco, o tal prazer que mata…

Segundo garantia, dada ao “Diário de Notícias”, pelas clínicas especializadas, o ano novo trouxe um aumento de cerca de 15% na procura de consultas para deixar de fumar. O optimismo levou a hipnoterapeuta Margarida Pereira, com consultório em Lisboa, a afirmar que “as pessoas procuram mais ajuda para ter uma vida mais saudável”.

Antes de chegarem às consultas médicas, grande parte dos fumadores já tentou deixar o vício sozinho ou através de medicamentos de substituição da nicotina. As farmácias confirmam que tem vindo a aumentar o consumo destes medicamentos. Outros fumadores, cada vez que lhes apetece um cigarro, comem um rebuçado.

O tabaco, para além do negócio em si, vai alimentando outros….

Um estudo realizado pela Universidade de Boston, concluiu que as vantagens das medidas anti-tabágicas, traduzidas numa grande diminuição do número de fumadores activos e passivos, e na quantidade de cigarros fumados por cada fumador estão a ser completamente torpedeados pelo aumento da obesidade e do excesso de peso.

Um estudo norte-americano, citado pelo jornal da especialidade “Annals of Internal Medicine”, concluiu que os ex-fumadores têm um elevado risco de desenvolver a diabetes mais comum, a de tipo 2.

Os investigadores determinaram que aqueles que deixam de fumar aumentam em 70% as probabilidades de desenvolverem, num espaço de seis anos, aquele tipo de diabetes quando comparados com os não fumadores.

O estudo, baseado em 10.892 adultos que foram observados durante 17 anos, apurou que o risco é mais elevado durante os três anos seguintes após deixarem de fumar. Este facto está relacionado com o aumento de peso que normalmente é associado aos fumadores que desistem do vício.

Contudo, a equipa de investigadores responsável por estas conclusões faz, no entanto, questão de lembrar que o tabaco é, em si, um factor de risco para o desenvolvimento de diabetes e avisam também que estes resultados não devem servir de desculpa aos fumadores para deixar de fumar.

Os benefícios de deixar o tabaco, dizem, são claramente mais elevados do que o risco de desenvolver diabetes.

Colaboração de Gin-Tonic

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