Como dizia o João Bénard da Costa, "tudo o que é bom nesta vida, ou faz mal ou é pecado".
A fonte é fidedigna, pois de pecados e o que de envolvente neles existe, para além de tudo o resto, Bénard da Costa sabia como ninguém.
Roberto Carlos, possivelmente antes de descobrir, por cobras e lagartos, que, um dia, irá subir aos céus, cantava que tudo o que gostava “era ilegal, imoral ou engordava”.
É velha a frase de Mark Twain quando disse que era muito fácil deixar de fumar – “já o fiz centenas de vezes".
Mas foi mais longe:
“Se no céu também não se pode fumar, então não vou".
A longínqua Rainha Vitória impôs restrições ao fumo em público. Eduardo VII, no dia da morte da rainha, anunciou: “Meus senhores, morreu a Rainha, pode-se fumar!”.
Jeffrey Bernard, colunista da revista inglesa “Spectator”, um homem de excessos, bebedor e fumador inveterado, morreu aos 65 anos. “Nunca gostei de nada que me fizesse bem. Gosto é das coisas que me matam".
Português suavemente, com ou sem fumos, espera que tenham passado um bom domingo.
Colaboração de Gin-Tonic
A fonte é fidedigna, pois de pecados e o que de envolvente neles existe, para além de tudo o resto, Bénard da Costa sabia como ninguém.
Roberto Carlos, possivelmente antes de descobrir, por cobras e lagartos, que, um dia, irá subir aos céus, cantava que tudo o que gostava “era ilegal, imoral ou engordava”.
É velha a frase de Mark Twain quando disse que era muito fácil deixar de fumar – “já o fiz centenas de vezes".
Mas foi mais longe:
“Se no céu também não se pode fumar, então não vou".
A longínqua Rainha Vitória impôs restrições ao fumo em público. Eduardo VII, no dia da morte da rainha, anunciou: “Meus senhores, morreu a Rainha, pode-se fumar!”.
Jeffrey Bernard, colunista da revista inglesa “Spectator”, um homem de excessos, bebedor e fumador inveterado, morreu aos 65 anos. “Nunca gostei de nada que me fizesse bem. Gosto é das coisas que me matam".
Português suavemente, com ou sem fumos, espera que tenham passado um bom domingo.
Colaboração de Gin-Tonic
18 comentários:
Passei Gin
Esse é o melhor deles todos ;-)
Julgo que, ninguém aqui quer ser "desmancha-prazer".
Creio que, gostamos mais é de os ver vivos, felizes e sãos - de preferência sem uma grande cortina de fumo a impedir a boa visibilidade de rostos e corações -.
Boas fumaradas até ao último "português suave"
JR
Ora Jr.
E os que fumavam que nem uns desalmados, deixaram, não deixam fumar cigarros nem no carro e fumam cubanos!
Temos que morrer de alguma coisa ;-)
A minha avó morreu com 100 e fumava eheh!!!
Bem,ou melhor, mal, fumei durante 40 anos. Um dia resolvi não fumo mais, foi no dia 10 de Novembro de 2008.
Nunca mais peguei num cigarro. Nesse intervalo passei por uma situação muito dolorosa, que continua a doer.
Se não fumei nessa altura, quero ser capaz de dizer "nunca mais".
Por vezes sonho que estou a fumar
Pois Anónimo
Cada um com os seus problemas!
Eu já fumei muito, agora compro tabaco de enrolar é tão chato que estou a fumar cada vez menos.
Mas não chateio os fumadores e muito menos os compulsivos como o Cardeal Patriarca eheheh!!!
A lógica da afirmação, tantas vezes recorrente, que fulano fumou toda a vida e morreu para lá dos 100, será a mesma lógica de um veterano de várias guerras sustentando que ninguém morre
na guerra.
Mas,como "a vida é uma doença degenerativa e mortal, sexualmente transmissível"(frase de autor desconhecido) mais prazer, menos prazer, isso é uma respeitável opção individual.
Ao contrário de Bénard da Costa , saudosa personalidade que eu muito admiro, penso que há também prazeres que não são pecado nem fazem mal, prazeres que, alguns deles até os bichinhos gostam.
Adivinhem quais?
Claro.O prazer de ler um blog como este de Mr. IE-IE.
JR
Anónimo ( 23:48):
Fumei durante cinco anos. Deixei de fumar em 1.1.1981. Fumava Kart ( que espero ver aqui a embalagem). Num Domingo de manhã ( fui ver e era quinta-feira...)deitei fora o último que fumei.
Durante anos e anos, sonhei que fumava e sempre que alguém fumava ao lado, sentia que o fumo sabia bem.
Em 2000, também num dia de passagem de ano, para resolver o problema de andar sempre a sonhar aceitei um charuto cubano que os meus cunhados fumavam em descontracção.
Fumei e fumei e por duas ou três vezes, engoli o fumo. Soube-me pela vida, como se costuma dizer e os outros charutos que trazia já tinham destino certo e breve: fumar!
Dali a uma horita, se tanto, deu-me uma indisposição de tal ordem, uma náusea e um nojo de vómito que já nem conduzi o carro. Quanto cheguei a casa, foi o que se segue a essas coisas.
O mal estar foi tão grande que andei dias agoniado.
Mas...foi remédio santo. Nunca mais sonhei com o fumo do cigarrito, nunca mais pensei em experimentar e considero-me curado, passados dez anos.
Hoje, sinto que o fumo é uma coisa nociva à saúde e não compensa o mal que nos faz pelo bem que sabe.
O meu pai faleceu há dois meses, por causa do tabaco. Fumou precisamente a marca que se mostra- Português Suave- durante anos e anos. Há menos de vinte também deixou de fumar, mas o mal estava lá e a obstrução pulmonar e respiratória crónica que o afectou, acabou com ele.
E poderia ter vivido mais uns anos, isso tenho a certeza.
Portanto...
José
Não se pode engolir nem travar o Charuto.
Não só dá náuseas e se tiver tomado álcool é bebedeira certinha!
João Bénard da Costa tinha, claro, uma certa razão.
Mas esse nome por si só faz-me obviamente lembrar cinema. E quando penso em cinema, penso em música - dois enormes prazeres que não fazem mal nem são pecado.
Não sei se ele era fumador. Mas se era, parece-me que gostava mais de cinema do que de tabaco - senão era capaz de ter dedicado a vida à indústria tabaqueira.
Felizmente para todos nós - dedicou-a ao cinema.
José,
é bem verdade, confirmo a Karocha.
Numa tarde quente de Junho de um ano da década de 90, no bairro habanero de Nuevo Vedado, Nelson 'Coqui', um ex-crooner e cantor de charme dos finais dos anos 50, com a carreira interrompida prematuramente com a revolução, idealista e sonhador da ilusão de um passaporte francês (por via do apelido/sobrenome
'Bellechase'), que nunca viria a chegar, homossexual não-assumido (segundo as más-línguas: antigo amante de um músico muito conhecido-cujo nome não me ocorre- que fugiu para Miami nos anos 60, sepois de Celia Cruz) ensinou-me 'una regla de oro':
-'Tragar, solo la botella de ron, nunca un puro! El humo de un puro tiene que ser libre como un tocororo (pássaro originário de Cuba)!'
Só mais uma nota.
De facto, quem escreveu uma crónica fabulosa,no jornal "Independente", intitulada "Os filmes da minha vida", "riff"que ficou na memória colectiva, ainda hoje muito repetido e do qual detem os "copyrights", o mesmo que, sem contestação conhecida, foi o grande director da Cinemateca, só pode gostar de cinema, prazer que, em regra não é pecado nem faz mal.
Salvo se a fita for porno - o que seria pecado para muitas almas piedosas - ou se for uma das produções lusas dos últimos anos, quase todas semelhantes ao arquétipo de "Call Girl" que, como cinema, fazem mal à vista - exceptuados os recorrentes strips das actizes, e às vezes nem isso - podendo ainda provocar alguns danos à inteligência, chegando a fazer parecer qualquer fita B americana tipo "Por Favor querida Não Me Mordas o Pescoço", como uma oscarizada obra-prima,
Infelizmente que Bénard já não está cá.Se estivesse decerto sofreria com o cinema português.Quis o destino o poupar a este penoso tormento.
JR
Era o meu tabaco! Tinha um maço guardado para recordação, mas o nauseabundo cheiro do tabaco frio foi mais forte do que eu!
LT
Se João Bénard da Costa gostava mais de cigarros ou de cinema, é algo que só alguém que com ele tenha privado, poderá responder. Também gostava muito de pintura e música e... da Arrábida. Sabe apenas que João Bénard da Costa era um fumador inveterado, disse terá morrido mais cedo, e quando na RTP 2 apresentou a série "No Meu Cinema", realização de Margarida Gil, aparecia envolvido no fumo do cigarro. Na Cinemateca apresentou em 2002 um ciclo "Uma Boa Cigarrada", dele aqui se falará, assim como as relações do cinema com os cigarros. Principalmente o cinema clássico americano não faz sentido sem cigarros. Sabe-se, hoje, que as estrelas de Hollywwod eram pagas pelas tabaqueiras para aparecerem a fumar nos filmes. As duas indústrias - Hollywood e tabaco, andaram de mãos dadas.
Caro (S)LB:
A notícia sobre as exigências da nova lei do tabaco em Espanha não é aquilo a que se possa chmar uma... boa notícia. Vão borrar, desnecessariamente, a pintura. Mas em conversa com o Luís Mira ele sossegou-me quando diz que sendo os espanhóis tão dados aos "puros" como são, hão-de descobrir maneira de dar uma volta à lei. Aliás, ofereceu-se de imediato para ir a Badajoz comprovar... ao Rio de Janeiro é que não dá muito jeito...
Um abraço
Eu sabia que não se devia engolir o fumo. Só que não resisti à sensação...forte.
E apanhei a náusea que me salvou de voltar a fumar.
Por isso recomendo sempre o remédio para experiência de quem quer largar de fumar.
Mas não tenho a certeza que toda a gente reaja aos enjôos da mesma maneira.
Aqui há um par de anos, apanhei um enjôo de amêijoas à Bulhão Pato. Até então, era um prato preferido. Agora, nem o cheiro suporto...
ameijoas à bulhão pato... como desmesuradamente o molho com pão (de mafra, de preferência), quanto às ameijoas propriamente dotas engulo-as sem mastigar e sem respirar.
LT
Bem...,melhor, mal... ,é um vicio que sabe bem, não devia fazer mal.
Os fumadores pagam mais impostos que qualquer um, deviam ser respeitados.
Enviar um comentário