Sim, essas caixas existiam. No fundo eram duas sobrepostas que rodavam numa das pontas. O andar de baixo era amplo, o de cima é que tinha as divisões para os lápis, as borrachas, os apara-lápis...
Mr. Ié-Ié: Às canções de Natal, como pontos comuns, junte-lhe também a vontade de um dia ter uma dessas caixas de lápis. Já contou a história por aí, pela Rua dos Dias Que Voam, não se vai repetir:
"O avô é o responsável pelas coisas mais maravilhosas da sua adolescência (...) pelo Natal dava-lhe pares de meia de lã altas - usava calções. Mas desejava como prenda um Mecano, ou uma caixa de de madeira de dois andares para pôr os lápis, as canetas, as borrachas, o apára-lápis, como tinha a maioria das rapzes da escola. Nunca teve nem uma coisa nem outra. Perante os seus tímidos protestos rematava que as meias eram coisas que lhe faziam falta e que eram mais úteis que essa cangalhada toda que ele quaria."
Como, provavelmnte, não voltará aqui, aproveita para desejar a todos os viajantes do "Ié-Ié" um Bom Natal, seja lá o que isso fõr. Filhote: para além de continuar lindo qual a temperatura no Rio de Janeiro? Um abraço
Amigo Gin-Tonic, no Rio de janeiro a temperatura é feliz. Muito calor, como eu gosto. Uns trinta e tal graus. Positivos, claro, que aqui o negativismo é engolido pelas ondas do mar.
Daqui a pouco estarei na praia. E amanhã também...
Que coisa linda! Estou farta de chorar, com o post propriamente dito e, agora, com este comentário de gin-tonic. Com pessoas destas vale mesmo a pena continuar a acreditar! O Natal pode ser uma coisa triste, mas temos estes exemplos que nos enchem a alma.
Nota: para quando a publicação das colecções Tonecas
"(...) colecção que, embora sem ser estritamente periódica merece uma menção especial. Trata-se da Colecção Tonecas, com 16 páginas no incrível formato 7x5,5 cm a $40, de que os primeiros números foram lançados ainda antes da mudança da sede da Ag. Port. de Revistas para Campo de Ourique, continuando a série a ser regularmente aumentada e os títulos sucessivamente reeditados durante os anos 60. Os livrinhos eram vendidos nas tabacarias, onde se guardavam em caixas de cartão, como se fossem envelopes de cromos, e constituíam uma prenda de circunstância ideal, colorida e barata, para oferecer a uma criança.
Meus queridos amigos Deixei este "tema" chegar aos 16 comentários para têr uma panorãmica dos vossos pontos de vista,e foi com imenso prazer tal como comigo,este pequeno documento de alguém que possivelmente já é avô, vos trouxe uma série de recordações,de tempos dificeis,mas que apesar disso nos deixm imensas sudsdes,pois nós pelo menos tinhamos a noção das realidades,éramos comedidos nos nossos pedidos ao Pai Natal,personagem que hoje em dia,alguns teóricos tentam destruir com a desculpa de não criar nas crianças falsas ilusões. Hoje em dia,é só dar uma saltada ás grandes superficies "supermercados" ,e ver as crianças agarradas a Playstations,sufisticadissimos brinquedos,e outras coisa que custam um "balúrdio" e os pobres pais com ar de quem ganha por mês o ordenado mínimo de €500 (quando o recebem)a fazerem das tripas coração e individarem-se para dar um prazer a seus filhos,os mesmos que daqui a uns tempos devido a exigirem cada vêz~mais,quando atingem uma certa idade se transformam nuns revoltados,pois percebem então,que tudo aquilo foi um conto de fadas. Eu sei que os tempos mudaram,mas acho deliciosa esta carta de miudinho que se limita a pedir uma caixa de lápis de dois andares (eu tive uma,e que saudades!!!)e alguns livros do Tonecas. Hoje em dia,já não há cartas destas, mas sim LISTAS!!!!e o PAI NATAL é olhado como um atrasado mental que passou á historia quando se esquecem que atrasados mentais (para não lhes chamar outra coisa)são aqueles que apesar de só pagarem há não sei quanto tempo os tais €500 por mês aos pais destas crianças,ainda vêm no dia de Natal e Ano Novo com mensagens de esperança e amizade na TV.(pelo que me foi dado observar ontem.....nem isso!!!) De repente,veio-me esta imagem talvêz doentia mas acho que ilustra perfeitamente a situação. Imaginem-se "de quatro" frente ao nosso "PRIMEIRO" e ele dizer-lhe com aquele ar de victima das circunstâncias: MEU CARO AMIGO,DESCULPE LÁ, MAS VOU-LHE AO......MAIS UMA VÊZ,COMO ESTAMOS EM CRISE,ESQUEÇA A VAZELINA!!!! Desculpem a ordinarice,mas confessem lá que não sentiram um arrepio na espinha!! Se ficaram na mesma, isso já é mais grave pois portanto já estão por tudo. A criança que escreveu a carta acima publicada,apesar de tudo,era bem mais feliz,pois tinha a noção da limitação dos seus sonhos e dos seus familiares preparando-se assim para uma vida cheia de dificuldades e injustiças que mal ela sonhava vinha por aí,apesar das grandes promessas que lhe fôram feitas......!!! Não estou a fazer comparações,sómente esta é a triste realidade.
17 comentários:
Delicioso. "Uma caixa de lápis de dois andares"!!!
Bom Natal.
Sim, essas caixas existiam. No fundo eram duas sobrepostas que rodavam numa das pontas. O andar de baixo era amplo, o de cima é que tinha as divisões para os lápis, as borrachas, os apara-lápis...
LT
Eu gosto é do «caderno de problemas»! :)
De pequenino se define o destino :)
Feliz Natal para todos
Um "caderno de problemas" temos todos nós hoje em dia, não é?
Em todo o caso, um Bom Natal para todos!
LT
LoooLLLL L.T.
Eu sempre quis ter uma caixa dessas e só me davam estojos em pele, vai dai vi uma colega minha com uma e troquei eheheheh
Mr. Ié-Ié:
Às canções de Natal, como pontos comuns, junte-lhe também a vontade de um dia ter uma dessas caixas de lápis. Já contou a história por aí, pela Rua dos Dias Que Voam, não se vai repetir:
"O avô é o responsável pelas coisas mais maravilhosas da sua adolescência (...) pelo Natal dava-lhe pares de meia de lã altas - usava calções. Mas desejava como prenda um Mecano, ou uma caixa de de madeira de dois andares para pôr os lápis, as canetas, as borrachas, o apára-lápis,
como tinha a maioria das rapzes da escola. Nunca teve nem uma coisa nem outra. Perante os seus tímidos protestos rematava que as meias eram coisas que lhe faziam falta e que eram mais úteis que essa cangalhada toda que ele quaria."
Como, provavelmnte, não voltará aqui, aproveita para desejar a todos os viajantes do "Ié-Ié" um Bom Natal, seja lá o que isso fõr.
Filhote: para além de continuar lindo qual a temperatura no Rio de Janeiro?
Um abraço
Amigo Gin-Tonic, no Rio de janeiro a temperatura é feliz. Muito calor, como eu gosto. Uns trinta e tal graus. Positivos, claro, que aqui o negativismo é engolido pelas ondas do mar.
Daqui a pouco estarei na praia. E amanhã também...
Que coisa linda! Estou farta de chorar, com o post propriamente dito e, agora, com este comentário de gin-tonic. Com pessoas destas vale mesmo a pena continuar a acreditar! O Natal pode ser uma coisa triste, mas temos estes exemplos que nos enchem a alma.
Rosário
pois, íamos buscar as caixas de lápis de dois andares ao Sr. Amílcar em Coimbra, não era?
jpa
Ainda haverá à venda destas caixas?
LT
Feliz Natal para todos
Nota: para quando a publicação das colecções Tonecas
"(...) colecção que, embora sem ser estritamente periódica merece uma menção especial. Trata-se da Colecção Tonecas, com 16 páginas no incrível formato 7x5,5 cm a $40, de que os primeiros números foram lançados ainda antes da mudança da sede da Ag. Port. de Revistas para Campo de Ourique, continuando a série a ser regularmente aumentada e os títulos sucessivamente reeditados durante os anos 60. Os livrinhos eram vendidos nas tabacarias, onde se guardavam em caixas de cartão, como se fossem envelopes de cromos, e constituíam uma prenda de circunstância ideal, colorida e barata, para oferecer a uma criança.
http://www.historia.com.pt/APR/APR4.htm
Ver também:
http://misteriojuvenil.com/forum/viewtopic.php?t=819
Eu vi caixas dessas acho que na loja da irmã do Paulo Portas,no Bairro Alto.
Obrigado, Karocha, vou já lá a correr...
LT
Eu vi essas caixas há duas semanas num hiper de artesanato na estrada que vai de Belmonte à Guarda. Tive uma na escola primária, que saudades...
Feliz Natal e Bom Ano 2009, para todos.
...falta um livro da "Colecção Tonecas" (para pintar com os lápis de cor)...
Meus queridos amigos
Deixei este "tema" chegar aos 16 comentários para têr uma panorãmica dos vossos pontos de vista,e foi com imenso prazer tal como comigo,este pequeno documento de alguém que possivelmente já é avô, vos trouxe uma série de recordações,de tempos dificeis,mas que apesar disso nos deixm imensas sudsdes,pois nós pelo menos tinhamos a noção das realidades,éramos comedidos nos nossos pedidos ao Pai Natal,personagem que hoje em dia,alguns teóricos tentam destruir com a desculpa de não criar nas crianças falsas ilusões.
Hoje em dia,é só dar uma saltada ás grandes superficies "supermercados" ,e ver as crianças agarradas a Playstations,sufisticadissimos brinquedos,e outras coisa que custam um "balúrdio" e os pobres pais com ar de quem ganha por mês o ordenado mínimo de €500 (quando o recebem)a fazerem das tripas coração e individarem-se para dar um prazer a seus filhos,os mesmos que daqui a uns tempos devido a exigirem cada vêz~mais,quando atingem uma certa idade se transformam nuns revoltados,pois percebem então,que tudo aquilo foi um conto de fadas.
Eu sei que os tempos mudaram,mas acho deliciosa esta carta de miudinho que se limita a pedir uma caixa de lápis de dois andares (eu tive uma,e que saudades!!!)e alguns livros do Tonecas.
Hoje em dia,já não há cartas destas, mas sim LISTAS!!!!e o PAI NATAL é olhado como um atrasado mental que passou á historia quando se esquecem que atrasados mentais (para não lhes chamar outra coisa)são aqueles que apesar de só pagarem há não sei quanto tempo os tais €500 por mês aos pais destas crianças,ainda vêm no dia de Natal e Ano Novo com mensagens de esperança e amizade na TV.(pelo que me foi dado observar ontem.....nem isso!!!)
De repente,veio-me esta imagem talvêz doentia mas acho que ilustra perfeitamente a situação.
Imaginem-se "de quatro" frente ao nosso "PRIMEIRO" e ele dizer-lhe com aquele ar de victima das circunstâncias:
MEU CARO AMIGO,DESCULPE LÁ, MAS VOU-LHE AO......MAIS UMA VÊZ,COMO ESTAMOS EM CRISE,ESQUEÇA A VAZELINA!!!!
Desculpem a ordinarice,mas confessem lá que não sentiram um arrepio na espinha!!
Se ficaram na mesma, isso já é mais grave pois portanto já estão por tudo.
A criança que escreveu a carta acima publicada,apesar de tudo,era bem mais feliz,pois tinha a noção da limitação dos seus sonhos e dos seus familiares preparando-se assim para uma vida cheia de dificuldades e injustiças que mal ela sonhava vinha por aí,apesar das grandes promessas que lhe fôram feitas......!!!
Não estou a fazer comparações,sómente esta é a triste realidade.
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