sábado, 2 de fevereiro de 2008

JÁ QUE TANTO FALAM DELA


Oferta do meu filhote caçula.

10 comentários:

filhote disse...

É um belo livro. Também tenho.

josé disse...

Não tenho. Abrange todo o período de vida da revista, incluindo os anos setenta?
Tem ilustrações das capas e dos artigos publicados?

ié-ié disse...

Não sou especialista em "Crawdaddy" (aliás, não sou especialista em nada), mas esta publicação abrange só da 1ª à 19ª edição, ou seja, de 1966 a 1968. Sim, há ilustrações, ou melhor, fotografias, mas nada de cair o queixo. Por acaso vi umas de Eastman, de Jimi Hendrix, de que já não me lembrava.

LT

josé disse...

Obrigado. Tenho alguns números, todos da década de setenta ( 74,75, 76 e 77). Alguns ( anteriores a 76), já os comprei no ebay. Valem a pena pelo aspecto geral da revista, em si.

Lembro-me que o primeiro número que comprei, foi na Bertrand de Coimbra, onde estava uma empregada que ainda há poucas semanas lá estava. A livraria, aliás, está quase na mesma, com o cheiro característico. A arrumação mudou um pouco, mas o espírito é o mesmo e os livros mais do que dantes.

Quem chegava ao fundo da loja, encontrava o escaparate com as novidades. E entre elas, lá estava a Crawdaddy de Fevereiro de 1976. Devia estar juntamente com o número da Rolling Stone que nessa altura era procurado com afã de vício. Nem me lembro no entanto, se em Fevereiro de 76, estaria mesmo porque a revista era muito escusa. Por vezes desaparecia durante meses, o que me levava ao desespero de um minuto e à frustração de muitos meses.
Nessa altura, ainda fumava ( Kart) e era um prazer folhear a RS, lendo os artigos, vendo as imagens e apreciando a composição gráfica.

O estudo, nessa altura tornava-se sedundaríssimo

A RS, para mim, é uma história de amor à vista.

Ora, em Fevereiro de 1976, vendo agora os meus arquivos, chego à conclusão que era um desses períodos negros em que a revista faltava nos escaparates. Por isso, a capa da Crawdaddy, com Paul Simon, e a promessa de uma entrevista ao tempo de Still Crazy, servia como a metadona para a minha dependência da RS. Só em Julho desse ano voltei à dose habitual. E por pouco tempo. E em Setembro retomei o consumo, até ao mês de Julho do ano seguinte.

Nessa altura, como andava apaixonado até ao limite do senso, esse estado extraordinário de suprema felicidade que então passei, deu para atenuar a falta da RS, o que durou até ao mês de Abril de 1978. Desde essa altura, foi uma aventura de mais de dez anos. Deixei de a comprar quando a música rock morreu para mim. Algures nos noventa.

Neste momento em que escrevo isto, vejo um dvd com os The Band, Janis Joplin, Grateful Dead, num comboio numa digressão pelo Canadá, em 1970 - Festival Express.
Richard Manuel, numa jam session, numa das carruagens parece bêbado. Ao lado, Joplin, com aqueles óculos violeta, com uma alegria bem expansiva, nem imaginava que dali a três meses, partiria para o infinito...

josé disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
josé disse...

E não é o pobre do Richard Manuel quem aparece, mas sim o Rick Danko.

josé disse...

O RM está agora mesmo a cantar o I Shall be released e a seguir Janis Joplin e o blues branco próprio para espectáculos ao vivo.

Os setenta em todo o esplendor musical, nesta amostra filmada.

filhote disse...

Belas recordações, José.

E será que o Rock'n'Roll morreu mesmo?... hum... enquanto os Stones existirem e o Boss gravar discos como este último "Magic", não acredito... aliás, grande entrevista que o Springsteen deu à Rolling Stone!!!

josé disse...

O Rock Is gone... but not forgotten, como cantava Neil Young no Rust never sleeps.

O Rock tem várias formas, mas todas elas desaguam na música e na arte de tocar instrumentos.

Há por aí um vídeo no YouTube, com Steve Miller, a tocar The Joker, numa guitarra acústica, num estúdio qualquer. Basta ir ao sítio e buscar pelas palavras indicadas. Além dele, tem depois vários imitadores que fazem a "cover version".
Mas a diferença é abismal.

O Rock, para mim, é desse estofo que se faz. E desse modo, consegue a intemporalidade.

Já escrevi aí em baixo, a dizer que o José Almada para mim é um génio da nossa música. Tem a ver com isso, com essa alma.

Queirosiano disse...

Mas os Stones ainda existem...?