"Padre Alberto - Testemunhos De Uma Voz Incómoda, Capela Do Rato (68-73)", coordenação de padre Peter Stilwell, Texto Editora, 1989, 160 págs.
Já por aqui se falou da capela do Rato e do padre Alberto. Já encontrei finalmente o livro, para o qual colaborei indirectamente, que resume uma boa parte das suas homilías.
Foi publicado exactamente há 20 anos!
Coordenado pelo padre Peter Stilwell, inclui depoimentos de Feliciana Valente, que foi responsável pela manutenção da capela, Vítor Damas, que foi guarda-redes do Sporting, José Carlos Cantante, que foi compositor de cânticos da capela, Jorge Wemans, director da RTP2, Nuno Teotónio Pereira, José António Feu (Pepe), Leonor Ravara, entre outros.
Foi publicado exactamente há 20 anos!
Coordenado pelo padre Peter Stilwell, inclui depoimentos de Feliciana Valente, que foi responsável pela manutenção da capela, Vítor Damas, que foi guarda-redes do Sporting, José Carlos Cantante, que foi compositor de cânticos da capela, Jorge Wemans, director da RTP2, Nuno Teotónio Pereira, José António Feu (Pepe), Leonor Ravara, entre outros.
13 comentários:
Foi meu professor de R&M no D. João de Castro. Sobre a sua morte tudo se encontra ainda por esclarecer. Violência ligada a homossexualidade? Silêncio...
Jc
Mas que coincidência engraçada.o Padre Alberto também foi meu professor de R&M no D.João de Castro e diga-se de passagem que apesar de ser uma disciplina que por razões óbvias não me interessava absolutamente nada,sempre o ouvi com a máxima atenção.
Era um padre diferente,sabia escutar,não nos vinha com aquelas historias da treta e era um bom amigo.
Era homossexual????
É extraordinário,nunca dei por isso,mas tal como aconteceu com um antigo e historico produtor e locutor de rádio,só vim a saber dessa sua preferência depois da sua morte.
Foi um dos meus maiores amigos e recordo-o com imensa saudade tal como o Padre Alberto.
Coma a fauna que hoje há por aí,que não tem qualquer "pingo de dignidade",já estou como um amigo meu que diz:
PORRA!!!!Já não há maricas como antigamente!!!!
Daniel:
Só posso confirmar o que dizes do Pª Alberto. Como teremos uma diferença de idades de 5 ou 6 anos (acho), devo tê-lo apanhado uns anos mais tarde, até pq só andei no D. João de Castro nos 5º, 6º e 7º anos.
Mas não sei se o homem era ou não homossexual. Só fiquei c/ essa suspeita (atenção: apenas suspeita), que não é só minha, em virtude das circunstâncias estranhas e nunca inteiramente esclarecidas da sua morte por homicídio, a tiro, quando vinha de carro do Algarve para Lisboa. Eu, que sou totalmente avesso a teorias da conspiração, suspeito que as circunstâncias da sua morte nunca terão sido inteiramente apuradas pois isso poderia levar a essa conclusão, de homossexualidade. E, convenhamos, um padre gay é capaz de não dar mtº jeito à Stº Madre Igreja.
Caro JC
Se reparares com atenção,eu não estou afirmando que o homem era gay,até achei bastante estranho,pois nunca notei absolutamente nada no seu comportamento,tão sómente quando perguntas:
Violência ligada á homosexualidade??
Eu limitei-me a perguntar:
Era homosexual?
De qualquer aneira,mesmo que fôsse,sempre foi um HOMEM digno,foi meu professor no antigo 6ºano,e não tenho absolutamente nada a apontar.
Eram outros tempos,havia dignidade e não era preciso andar por aí a "abanar".
Como te disse, tb tinha a melhor impressão dele. As aulas de R&M eram um espaço de liberdade e de debate.
JC
Era isso mesmo,uma lufada de ar fresco,e uma pessoa que nos sabia ouvir .
Nunca esquecerei aquele seu sorriso tão bem representado na capa do livro.
Daniel,
O Padre Alberto, Baptizou, na Rinchoa, a minha filha Rafaela, mãe das minhas duas netas.
Na altura, eu tinha a minha residência em Luanda.
E, (como era habitual) nem sequer foi necessária qualquer reunião.
Conversei muito com ele.
Achei-o sempre um HOMEM excepcional, cheio de ideias e voltado para o futuro.
Nada de mesquinhez doutrinária.
Como eu fui da "J.O.C." e também um irreverente, não foi difícil o nosso trato.
«-Quando volta para Luanda? -à minha resposta:
-Então temos que fazer o baptismo o mais depressa possível!!!»
Que repouse em paz!!!
...
(Já escrevi num comentário anterior, aqui no "IÉ-IÉ", informando que a (referida) Igreja da Rinchoa já não se encontra no mesmo sítio).
O Padre Alberto era um grande homem e na paróquia de Rio de Mouro/Rinchoa levou muita gente à igreja. As suas homilias eram fantásticas. Foi ele que fez a minha 1ª comunhão há 22 anos atrás.
Acrescento: penso que a escola secundária local tem o seu nome.
o luis e eu habituámo-nos (por via dos nossos Pais) a ir à Capela do Rato, onde as missas eram tão concorridas que havia pessoas na rua, a tentar ouvir.
bem como muitos pides.
nao fui aluno dele no D. Joao de Castro, mas fui aluno do padre janela, que era do mesmo grupo do pe alberto, grande amigo dele
e cheguei a tocar (percussão) nalgumas das missas, com o Pepe (josé António feu) e o meu Pai
Meus amigos!!!!
É um prazer ver o Padre Alberto ser recordado com tanto carinho!!!
HOMENS como ele,fazem muita falta "nesta coisa",e de vêz em quando é bom recordar estas PESSOAS para pelo menos por breves momentos termos a noção que vivemos num sitio civilizado
já agora. Lembro-me de nas aulas do Pª Alberto se discutir, em dado momento, se era ou não correcto o Papa (Paulo VI, salvo erro) ter recebido os representantes dos movimentos de libertação das colónias. Para o tempo, isto era quase subversivo, o que dá bem ideia da personalidade do Pª Alberto e da liberdade que se respirava nas suas aulas.
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