terça-feira, 29 de setembro de 2009

CONCHA


EMI - C 006-40 528 - 1980

Bombom - Dr. Frankenstein

As letras são de António Pinho, as músicas de Nuno Rodrigues e os co-arranjos de Shegundo Galarza.

13 comentários:

JT disse...

http://www.cdgo.com/artigoDetalhe.php?idArtigo=4004462

Nasceu em Lisboa no dia 5 de Maio de 1957, Maria da Conceição Santos, mais conhecida por Concha e notabilizada no programa "A Visita da Cornélia" onde apareceu fazendo par com o pianista Rui Guedes.

Assinou em 1978 com a editora Valentim de Carvalho que nesse ano tentava renovar e descobrir novos talentos.

Não é de estranhar que a principal dúpla do mais prestigiado grupo nacional da altura, "Banda do Casaco" tivessem também assinado com a editora num propósito de comum interesses musicais.

É pois com a assinatura de A. Avelar Pinho e Nuno Rodrigues que em Março de 1979 Concha participa no Festival RTP da Canção com o tema "Qualquer Dia, Quem Diria".

No entanto devido a um poema mais malicioso "... visto o teu pijama e vou para a tua cama..." a carreira da artista arranca com polémica que se vai refectir numa menos valia para a editora.

Tentam ainda tirar alguns dividendos com o novo 45rpm "Mais è Demais" editado em Julho desse ano, mas sem grandes resultados comerciais.

Em Julho de 1980 sai o terceiro e derradeiro single de originais de Concha "Bombom" de novo com a assinatura da dúpla da Banda do Casaco e com arranjos de Shegundo Galarza, tentando mostrar uma interprete que seguia no exterior o movimento New Wave.

"Bombom" foi um sucesso radiofónico mas nem tanto em vendas e lamentavelmente ditou o fim da sua carreira.

Quatro anos mais tarde participa pela última vez como cantora no LP da Banda do Casaco Com Ti Chitas.
Concha, uma interprete e uma carreira musical que prometia bem mais...

fdd disse...

Banda do Casaco
António Pinho
Ilustres Cantores ?

Cruz disse...

Concha, Gabriela Schaaf, Lara Li, Dina, ...

A música ligeira portuguesa era mais interessante nos anos 80

josé disse...

A dupla António Pinho e Nuno Rodrigues perdeu-se um pouco nestas variedades, nos anos oitenta. O festival da canção nacional da época ainda era o mostruário de criações musicais lusas.

Mas a criatividade do duo merece ainda outra oportunidade.

Não terão coisas inéditas? Parece que sim. Não haverá grupos musicais com preparação técnica e suficiente grau de criatividade eclética para as musicar em sons gravados?
Suponho que sim.

O que aprecio em António Pinho, acima de tudo e o grão de génio na escrita de letras com conteúdo semiótico.
Para mim, em Portugal, não tem paralelo e é um outro O´Neill com a vantagem de ter escrito coisas que ainda aprecio mais do que as do O´Neill, sempre impregnado de uma tristeza de túmulo.

Pinho é mais caleidoscópico, mais inventivo e de uma coerência caótica.
Uma espécie de compositor de romances em miniatura e formato em estrofe.

Pinho, nas composições que escreveu para a Banda do Casaco conseguiu uma obra de grande relevo cultural.
Não encontro paralelo na música popular portuguesa e o melhor exemplo de alguém que se lhe aproxima é Carlos Tê, evidentemente.

O José Almada naqueles discos seminais que compôs no início dos setenta, é outro que capturou uma essência portuguesa de identidade perdida. É algo tão raro e precioso que deveria ser guardado, do lado esquerdo do peito, dentro do coração, como cantava Milton Nascimento.

António Pinho, um génio da nossa escrita de letras para canções?

No doubt, my friends.

Portanto, à dupla António Pinho/Nuno Rodrigues:

What are they waiting for?

josé disse...

Houve uma aproximação a esta identidade oculta e revelada aos iniciados ( just a joke) nas composições de Pedro Ayres de Magalhães, também nos oitenta, com os Heróis do Mar e principalmente numa colaboração fugaz de Miguel Esteves Cardoso com essa onda.

Mas nada que suplante a genuinidade e genialidade daqueles.

Miguel Esteves Cardoso não é bem português. E Pedro Ayres de Magalhães ( que é feito dele?) não deu tudo o que prometia.

Portanto, resta-nos o passado como nostalgia do que pode ser o futuro.

JC disse...

Tem uma prole de (para aí) sete crianças. Cantaram todos na missa de casamento de um dos meus filhos.

gps disse...

Pedro Ayres Magalhães está nos Madredeus :)

Como é que ele não deu tudo o que prometia ??

Será que o José não associava o Pedro Ayres aos Madredeus ou não terá consideração pelos Madredeus ?

dk disse...

As crianças podem ser adoptados tipo Angelina Jolie. Serão também do falecido Rui Guedes?

JC disse...

Não. São filhos da Concha e do Mário Leite Santos, ex-marido, nenhum deles adoptado.

josé disse...

Pois escapou-me. De facto cumpriu a promessa.

Mas não tenho nenhum disco dos Madredeus e não tenciono ter. Ou sequer ouvir...

isner disse...

A concha foi casada com o Rui Guedes?

http://www.compromissoportugal.pt/docs/ficheiros/cv_Mario_Leite_Santos.pdf

7 filhos

isner disse...

Na net vai aparecendo tudo:

será que a Conha é a Maria da Conceição Batarda da Silva Granate (+Santos) No geneall não tem a data do casamento nem a a data nasc dos dois mais velhos. O a seguir nasceu em 1982. Não sei em que data morreu o Rui Guedes mas penso que foi depois. Será que foram casados?

JC disse...

Sim, é essa mesmo e nunca foi casada c/ o Rui Guedes.