Do “Diário de Lisboa” de 15 de Janeiro de 1973:
“A Direcção-Geral Segurança restituiu à liberdade todas as pessoas que, detidas pela P.S.P., aquando dos incidentes de 31 de Dezembro na capela do Rato, foram posteriormente transferidos para a cadeia de Caxias.
Dos treze detidos que ali deram entrada, os últimos a voltar à liberdade, sob caução, foram Francisco Pereira de Moura, Homero Cardoso, Luis Moita, Manuel Coelho, José Galamba de Oliveira e Nuno Theotónio Pereira”.
Na sessão da Assembleia Nacional de 15 de Janeiro de 1973, o ultra-deputado Francisco Cazal-Ribeiro vociferou:
“Em certas igrejas de Lisboa – o que se passará por esse país fora? – é sem eufemismos, antes pelo contrário às escâncaras, que se combate e critica a política social e económica do Governo e se condena abertamente a luta que em África somos obrigados a manter".
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D’África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.
“A Direcção-Geral Segurança restituiu à liberdade todas as pessoas que, detidas pela P.S.P., aquando dos incidentes de 31 de Dezembro na capela do Rato, foram posteriormente transferidos para a cadeia de Caxias.
Dos treze detidos que ali deram entrada, os últimos a voltar à liberdade, sob caução, foram Francisco Pereira de Moura, Homero Cardoso, Luis Moita, Manuel Coelho, José Galamba de Oliveira e Nuno Theotónio Pereira”.
Na sessão da Assembleia Nacional de 15 de Janeiro de 1973, o ultra-deputado Francisco Cazal-Ribeiro vociferou:
“Em certas igrejas de Lisboa – o que se passará por esse país fora? – é sem eufemismos, antes pelo contrário às escâncaras, que se combate e critica a política social e económica do Governo e se condena abertamente a luta que em África somos obrigados a manter".
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D’África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.
Colaboração de Gin-Tonic
2 comentários:
Um dos participantes aqui não referido era Francisco Louçã, então mtº jovem. O Francisco Pereira de Moura foi meu professor no ISE.
Já agora, aqui vai a lista dos 12 activistas que tinham sido expulsos da Função Pública:
01 - Carlos Eduardo Machado Sangreman Proença, terceiro-oficial contratado além do quadro do Instituto Nacional de Estatística;
02 - Doutor Francisco José Cruz Pereira de Moura, professor auxiliar do Instituto Superior de Economia;
03 - José Augusto Pereira Neto, conselheiro de orientação profissional no Serviço Nacional de Emprego;
04 - Ludovina Augusta de Rodrigo Esteves, auxiliar social na Comissão de Acção Social dos Bairros Municipais, Lisboa;
05 - Luís Manuel Vítor dos Santos Moita, técnico contratado do Ministério da Educação Nacional, exercendo o lugar de secretário permanente da Comissão para o Estudo de Educação e Sexualidade;
06 - Maria Gabriela Figueiredo Ferreira, assistente social, tarefeira dos serviços de saúde escolar no Centro de Saúde Escolar, Instituto de Acção Social Escolar, Ministério da Educação Nacional;
07 - Maria Isabel Rodrigues, enfermeira de saúde pública, colocada no Centro de Saúde de Sintra, Ministério da Saúde e Assistência;
08 - Maria Luísa Pacheco da Silva Vieira Pereira da Silva, visitadora escolar no Centro de Saúde Escolar, Instituto de Acção Social Escolar, Ministério da Educação Nacional;
09 - Maria Regina Líbano dos Santos, segundo-oficial da Câmara Municipal de Lisboa;
10 - Maria do Rosário de Sousa Leal de Oliveira Moita, técnica da Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, Secretaria de Estado da Agricultura;
11 - Maria Teresa Abrantes Pereira, técnica de serviço social da Direcção-Geral de Assistência Social;
12 - Teresa Filomena Sarmento Abrantes Saraiva, professora eventual do Liceu de Sintra.
Resultado:
Homens -4- Mulheres -8-
LT
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