A liderança da AA60 estava "à nora" e para que não "desse o berro", o Jaime decidiu agarrar naquilo com a modesta ajuda de alguns carolas onde eu me incluia.
Pensou-se então organizar um grande espectáculo no Olga Cadaval com a presença dos velhotes e as bandas possíveis dos anos 60-70. A cena passou-se em 2003.
Fomos acolhidos com toda a simpatia pela gerência do Olga Cadaval que se colocou totalmente à nossa disposição, o que cumpriram impecávelmente até ao último momento, diga-se de passagem (não me posso esquecer que até o próprio Seara, presidente da Câmara, esteve presente na plateia a dar-nos imensa força - são coisas que caem bem nos tempos que correm!!!) .
Uns meses antes, eu tinha visto em Londres uma peça musical "BUDDY", sobre a vida do Buddy Holly, e achei que eles tinham tido uma ideia absolutamente brilhante ao colocarem no palco uma pseudo-cabina de rádio, onde dois locutores iam relatando os factos e davam entrada aos números musicais.
Falei com o Jaime, e como tinha trazido o VHS do dito show, visionámo-lo, tendo ficado resolvido que era exactamente isso que íamos fazer.
Lembrei-me da "23ª hora" da RR (tinha tudo a ver com a época) e como tinha as melhores relações com o João Martins, apesar de já não o ver há anos, telefonei-lhe e o homem recebeu-nos de braços abertos e lágrimas nos olhos, disponibilizando-se logo e na hora a engatar a Maria José Baião, o que ela aceitou imediatamente, para formar o tal duo de apresentadores.
Teríamos portanto uma reedição ao vivo no palco do Olga Cadaval da velhinha "23ª Hora". Era giro, não era? Fomos à Renascença onde fomos recebidos simpáticamente por um senhor cujo nome não me lembro (talvez o Jaime se lembre!!!), o qual se colocou imediatamente á nossa disposição. O museu da RR estava totalmente á nossa disposição para serem colocadas no palco velhos equipamentos das antigas cabinas de locução para dar aquele look sixties.
FICÁMOS ABSOLUTAMENTE BABADOS, pois os velhotes iriam apresentar uma coisa absolutamente original (para cá claro!!!) e íamos dar um espectáculo que iria dar brado.
Fomos ao Algarve convidar o Vitor Gomes e claro que toda a gente tinha o seu cachet. Cerca de uma semana antes, telefona-me o pobre do Jaime e diz-me "à rasca": "Daniel, a Renascença deu o dito por não dito e afastou-se do projecto".
Então o Jaime teve a ideia brilhante de irmos falar com o Luis Pedro Fonseca (apaga-fogos) pois podia ser que ele tivesse uma ideia para salvar a coisa. E teve!!!!
De parceria com o Paulo Coelho, que escreveu e locutou o guião, substituiu-se a tal cabine de rádio e respectivos locutores por umas projecções de video em ecrã gigante. Lá fui de "monco caido" apresentar as minhas desculpas ao João Martins que foi de uma receptividade total e grande amigo (mal sabia eu que já se encontrava em fase terminal de um cancro.... custou-me muito mais tarde, quando soube, ainda hoje me custa!!!).
Ainda houve outras "cenas giras"de "grandes artistas", mas, de qualquer maneira, aquilo foi um sucesso. O Olga esgotou totalmente, havia gente em pé nas coxias e atrás. Tudo foi feito com todo o amor. O programa foi feito pela Iara, nora do Jaime, criativa em publicidade. Incluimos os nomes do João Martins e da Maria José Baião nas "outras participações" para assim, pelo menos, prestar-lhes uma pequena homenagem.
No meio disto tudo, o pobre do Jaime sofreu à brava como todos nós e perdeu mais alguns cabelos naquela careca.
Mas enfim, foi muito giro, o público delirou e os velhotes não envergonharam, além disso a minha gata Lidia ganhou um lar... mas isso é outra historia!!!!
Colaboração de Daniel Bacelar
No evento participaram Daniel Bacelar, Diamantes Negros, Edmundo Silva & Duarte Mendes, Edmundo Falé, Ekos, Guitarras de Fogo, Luís e Pedro de Freitas Branco (Claves/Like A Rolling Stone), Old Blues Band, Pamela Murphy, Quarteto 1111, Regiophoniaorchestra, Rockfellas e Vítor Gomes.
Pensou-se então organizar um grande espectáculo no Olga Cadaval com a presença dos velhotes e as bandas possíveis dos anos 60-70. A cena passou-se em 2003.
Fomos acolhidos com toda a simpatia pela gerência do Olga Cadaval que se colocou totalmente à nossa disposição, o que cumpriram impecávelmente até ao último momento, diga-se de passagem (não me posso esquecer que até o próprio Seara, presidente da Câmara, esteve presente na plateia a dar-nos imensa força - são coisas que caem bem nos tempos que correm!!!) .
Uns meses antes, eu tinha visto em Londres uma peça musical "BUDDY", sobre a vida do Buddy Holly, e achei que eles tinham tido uma ideia absolutamente brilhante ao colocarem no palco uma pseudo-cabina de rádio, onde dois locutores iam relatando os factos e davam entrada aos números musicais.
Falei com o Jaime, e como tinha trazido o VHS do dito show, visionámo-lo, tendo ficado resolvido que era exactamente isso que íamos fazer.
Lembrei-me da "23ª hora" da RR (tinha tudo a ver com a época) e como tinha as melhores relações com o João Martins, apesar de já não o ver há anos, telefonei-lhe e o homem recebeu-nos de braços abertos e lágrimas nos olhos, disponibilizando-se logo e na hora a engatar a Maria José Baião, o que ela aceitou imediatamente, para formar o tal duo de apresentadores.
Teríamos portanto uma reedição ao vivo no palco do Olga Cadaval da velhinha "23ª Hora". Era giro, não era? Fomos à Renascença onde fomos recebidos simpáticamente por um senhor cujo nome não me lembro (talvez o Jaime se lembre!!!), o qual se colocou imediatamente á nossa disposição. O museu da RR estava totalmente á nossa disposição para serem colocadas no palco velhos equipamentos das antigas cabinas de locução para dar aquele look sixties.
FICÁMOS ABSOLUTAMENTE BABADOS, pois os velhotes iriam apresentar uma coisa absolutamente original (para cá claro!!!) e íamos dar um espectáculo que iria dar brado.
Fomos ao Algarve convidar o Vitor Gomes e claro que toda a gente tinha o seu cachet. Cerca de uma semana antes, telefona-me o pobre do Jaime e diz-me "à rasca": "Daniel, a Renascença deu o dito por não dito e afastou-se do projecto".
Então o Jaime teve a ideia brilhante de irmos falar com o Luis Pedro Fonseca (apaga-fogos) pois podia ser que ele tivesse uma ideia para salvar a coisa. E teve!!!!
De parceria com o Paulo Coelho, que escreveu e locutou o guião, substituiu-se a tal cabine de rádio e respectivos locutores por umas projecções de video em ecrã gigante. Lá fui de "monco caido" apresentar as minhas desculpas ao João Martins que foi de uma receptividade total e grande amigo (mal sabia eu que já se encontrava em fase terminal de um cancro.... custou-me muito mais tarde, quando soube, ainda hoje me custa!!!).
Ainda houve outras "cenas giras"de "grandes artistas", mas, de qualquer maneira, aquilo foi um sucesso. O Olga esgotou totalmente, havia gente em pé nas coxias e atrás. Tudo foi feito com todo o amor. O programa foi feito pela Iara, nora do Jaime, criativa em publicidade. Incluimos os nomes do João Martins e da Maria José Baião nas "outras participações" para assim, pelo menos, prestar-lhes uma pequena homenagem.
No meio disto tudo, o pobre do Jaime sofreu à brava como todos nós e perdeu mais alguns cabelos naquela careca.
Mas enfim, foi muito giro, o público delirou e os velhotes não envergonharam, além disso a minha gata Lidia ganhou um lar... mas isso é outra historia!!!!
Colaboração de Daniel Bacelar
No evento participaram Daniel Bacelar, Diamantes Negros, Edmundo Silva & Duarte Mendes, Edmundo Falé, Ekos, Guitarras de Fogo, Luís e Pedro de Freitas Branco (Claves/Like A Rolling Stone), Old Blues Band, Pamela Murphy, Quarteto 1111, Regiophoniaorchestra, Rockfellas e Vítor Gomes.