quarta-feira, 19 de março de 2008

AIMABLE, SON ACORDÉON ET SON ORGUE


DISQUES VOGUE - EPS. 1330 - 1962- edição francesa

Acreditem que é verdade: nos bailes das tardes de domingo, era ao som destas músicas que a malta da rua, e outras à volta, dançava.

Sim, os bailes eram ao domingo, porque ao sábado havia aulas de manhã, e os que trabalhavam, como marçanos, em mercearias e retrosarias, outros como aprendizes de ofícios vários, algumas das raparigas como aprendizes de modista, tinham o sábado todo ocupado.

Estudantes e trabalhadores, rapaziada do meu tempo, nos bailes de domingo. Que não eram todos os domingos, apenas de quando em vez, ou como se dizia então, quando o rei fazia anos.

Hei-de voltar a estas músicas, a estes bailes para lhes contar, em poucas palavras, como aquilo era. Um tremendo gozo, digo-vos.

Mas, por hoje, fiquemo-nos pelo Sr. Aimable a panóplia de acordéons, a sua camisinha espampanante, o seu relógio, no braço direito, para aparecer na fotografia.

Aimable, sorridente, tem entre dentes um charuteco. Hoje, a rapaziada da ASAE mandaria retocar a fotografia para lhe retirar a beata, a bem dos costumes…

Aimable toca três slows: “Quando Calienta el Sol”, “Chariot”, “J’Entends Siffler le Train” e um twist, pois então: “Les Comédiens”, uma velha canção de Charles Aznavour.

Colaboração de Gin-Tonic

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