Fernando Conde, J. Dores (pai de Zeca, escritor), Arlindo Conde (pai de Fernando) e Zeca do Rock
Ninguém mais se lembra do Arlindo Conde, nem mesmo para dizer que era o pai do Fernando Conde, por isso, quero prestar-lhe uma devida homenagem.
Arlindo Conde fez muito pela música portuguesa no início dos anos 60. O seu passatempo PAC (Produções Arlindo Conde), que acontecia no Eden Teatro aos domingos de manhã, foi o mais importante acontecimento musical lisboeta (quiçá nacional) durante muito tempo.
Fala-se muito dos concursos de rock do Teatro Monumental e outras iniciativas semelhantes promovidas por outros empresários. Só o que ninguém diz é que esses outros empresários não pagavam aos artistas, ficavam-lhes a dever eternamente os escassos cachets que se praticavam na época.
Por isso, era-lhes muito prático promover esses "concursos", que não lhes custavam um centavo de qualquer maneira, porque a rapaziada queria era dar-se a conhecer ao público.
Assim, sempre com lotações esgotadas, enchiam os bolsos à custa dos inocentes candidatos a roqueiros que lhes caíam nas garras. Devo dizer que nunca participei de nenhum desses "concursos" e que, nas poucas vezes que apareci em espectáculos promovidos por esses empresários, exigia o pagamento antes de entrar no palco - ou não entrava. Isto após ter sido atingido por diversos calotes, é claro.
Arlindo Conde era a excepção. Correctíssimo nas suas contas, não atrasava um dia os pagamentos aos artistas. É preciso que a verdade seja conhecida. Pela minha parte, nunca hesitei em dizê-la, tanto na época como agora, por isso a minha fama de "enfant terrible".
Numa terra de vigaristas, Arlindo Conde destoava pela honestidade.
Parabéns Arlindo!
Colaboração de Zeca do Rock
Ninguém mais se lembra do Arlindo Conde, nem mesmo para dizer que era o pai do Fernando Conde, por isso, quero prestar-lhe uma devida homenagem.
Arlindo Conde fez muito pela música portuguesa no início dos anos 60. O seu passatempo PAC (Produções Arlindo Conde), que acontecia no Eden Teatro aos domingos de manhã, foi o mais importante acontecimento musical lisboeta (quiçá nacional) durante muito tempo.
Fala-se muito dos concursos de rock do Teatro Monumental e outras iniciativas semelhantes promovidas por outros empresários. Só o que ninguém diz é que esses outros empresários não pagavam aos artistas, ficavam-lhes a dever eternamente os escassos cachets que se praticavam na época.
Por isso, era-lhes muito prático promover esses "concursos", que não lhes custavam um centavo de qualquer maneira, porque a rapaziada queria era dar-se a conhecer ao público.
Assim, sempre com lotações esgotadas, enchiam os bolsos à custa dos inocentes candidatos a roqueiros que lhes caíam nas garras. Devo dizer que nunca participei de nenhum desses "concursos" e que, nas poucas vezes que apareci em espectáculos promovidos por esses empresários, exigia o pagamento antes de entrar no palco - ou não entrava. Isto após ter sido atingido por diversos calotes, é claro.
Arlindo Conde era a excepção. Correctíssimo nas suas contas, não atrasava um dia os pagamentos aos artistas. É preciso que a verdade seja conhecida. Pela minha parte, nunca hesitei em dizê-la, tanto na época como agora, por isso a minha fama de "enfant terrible".
Numa terra de vigaristas, Arlindo Conde destoava pela honestidade.
Parabéns Arlindo!
Colaboração de Zeca do Rock
9 comentários:
Belo texto e testemunho, Zeca, por todas as razões! Será que alguém aqui tem o contacto de Arlindo Conde?
Felicito pela iniciativa de homenagear alguém que é merecedor de ser recordado ...
Mas não será pesada a acusação de sermos uma "Terra de Vigaristas"
Há vigaristas em todo o lado
Generalizar é sempre perigoso :)
Bravo, Zeca!!!
È claro que existem vigaristas em todo o lado, mas - como sou português - preocupam-me sobremaneira os da minha terra.
Há algum tempo, recebi uma mensagem de Paulo Correia, que se diz filho do Fernando e neto do Arlindo Conde, que me passou as seguintes informações telefónicas, para quem quiser entrar em contacto:
Fernando Conde: 91 3000 851
Arlindo Conde: 91 991 79 36
Abraços,
Zeca
OBRIGADO ZECA PELO TM. DO FERNNDO CONDE. VOU ADORAR FALAR COM ELE.
BELOS PASSATEMPOS PAC QUE TODOS NÓS FIZEMOS NO EDEN E DEPOIS NO CAPITÓLIO.
CAROCHA
ELECTRÓNICOS
É sempre bom lembrar quem merece. Recordar Arlindo Conde é da mais elementar justiça. Já o referi no blog de José das Dores, faço-o, aqui. Por outro lado fiquei a saber do contacto do Fernando Conde, velho amigo para quem escrevi algumas letras e versões.
OLÁ ZECA
LIGUEI HOJE PARA O FERNANDO CONDE. NÃO ATENDEU,ENVIEI SMS E PEDI PARA ELE ATENDER O TM. SERÁ QUE ESSE TM. É O DELE???
FICAMOS A AGUARDAR
Os Electrónicos devem tudo a Arlindo Conde.
É pena que alguns cantores da nossa praça (que à época mal sabiam cantar e até desafinavam nos ensaios para os espectáculos da "PAC" e o maestro Victor Bonjour ficava em brasa)não reconheçam tudo aquilo que devem ao meu amigo Arlindo. Ele até tinha uma escola de canto na sede da "PAC" na Rua do Conde Redondo para ensinar a cantar esses ditos artistas, e estou a lembrar me de 2 ou 3. Memória curta??? bastante memória curta.
Dentro de uns dias vou estar com ele em Cascais. Depois conto.
Até lá, aqui fica a minha homenagem a esse grande homem do espectáculo.
abraço Arlindo
Carocha
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