Edmundo Silva faz hoje 70 anos e passa obrigatoriamente à peluda, ou seja, abandona o seu lugar na Câmara Municipal de Palmela, tendo agora todo o tempo deste Mundo para a recomposição do Conjunto Mistério.
Natural de Aljustrel, Edmundo Manuel de Brito Silva. engenheiro técnico, começou a tocar guitarra aos 22 anos, em 1961, numa viola desenhada e construída por ele próprio.
Integrou o conjunto Nova Onda, com Gonçalo Lucena (voz, mais tarde viria fazer sucesso no concurso televisivo "A Visita da Cornélia"), Luís Waddington (guitarra-solo, pai de Jamiroquai), Manuel Lucena (bateria) e Francisco Deslandes (guitarra-ritmo).
Foi dos primeiros conjuntos portugueses ao estilo dos Shadows.
Em 1963, o conjunto edita um único EP - Alvorada AEP 60-576 - com uma versão pop de "Vendaval", de Tony de Matos.
O conjunto Nova Onda esgota-se pouco depois e nascem os Mascarilhas, com Edmundo Silva e Luís Waddington, da Nova Onda, mais Miguel Artur da Silveira (Michel), bateria, e António Moniz Pereira, guitarra-ritmo.
Com uma formação diferente - João Martins, António Moniz Pereira, Edmundo Silva, Fernando Mendes e Fernando Concha (vocalista ocasional) - os Mascarilhas participam no Concurso Tipo Shadows que se realizou em Setembro/Outubro de 1963, no cinema Roma, em Lisboa, a propósito da estreia do filme "Mocidade Em Férias", com Cliff Richard e os Shadows.
Vencem o concurso já com a designação de Conjunto Mistério, nome que foi encontrado na sequência de concurso de ideias realizado pela "23ª Hora", da Rádio Renascença. O prémio foi uma deslocação a Londres para conhecer os Shadows.
O Conjunto Mistério especializou-se na tradução eléctrica instrumental de canções populares portuguesas, como "Chapéu Preto", "Pauliteiros do Douro", "Coimbra Menina e Moça", "Alecrim", "Os Olhos da Marianita".
Mas a pressão dos Beatles leva o grupo a chamar os préstimos vocais de Fernando Gaspar (ex-Conchas), aka Fernando Concha, e o conjunto começa a perder a sua identidade original, passando a grupo de acompanhamento do Duo Ouro Negro.
No início de 1965, Edmundo Silva passa-se para os Sheiks onde permanece até ao fim da banda, provavelmente a mais conhecida do yé-yé português, em 1970, altura em que substitui José João Parracho (que fugiu à guerra colonial para a Holanda) na Filarmónica Fraude, durante a má-amada residência no Casino Estoril.
Com Luís Waddington, tocou no primeiro e raro LP de Fausto, "Fausto".
Após o yé-yé, Edmundo Silva andou pelo fado, onde tocou com Pedro Caldeira Cabral, Fernando Alvim, António Luís Gomes, entre outros, reaparecendo na ribalta em 1977 no Festival RTP da Canção com os Amigos.
Não gosta de gravatas e o seu prato preferido são bifes com batatas fritas. A bebida que mais toma assiduamente é o leite e as cores preferidas são o azul e o vermelho. Em matéria de automóveis, prefere o "Giullieta Sprint".
Isto... em 1966!
Edmundo Silva morreu no dia 20 de Novembro de 2021, vítima de cancro prolongado, a 6 dias de fazer 82 anos.
Natural de Aljustrel, Edmundo Manuel de Brito Silva. engenheiro técnico, começou a tocar guitarra aos 22 anos, em 1961, numa viola desenhada e construída por ele próprio.
Integrou o conjunto Nova Onda, com Gonçalo Lucena (voz, mais tarde viria fazer sucesso no concurso televisivo "A Visita da Cornélia"), Luís Waddington (guitarra-solo, pai de Jamiroquai), Manuel Lucena (bateria) e Francisco Deslandes (guitarra-ritmo).
Foi dos primeiros conjuntos portugueses ao estilo dos Shadows.
Em 1963, o conjunto edita um único EP - Alvorada AEP 60-576 - com uma versão pop de "Vendaval", de Tony de Matos.
O conjunto Nova Onda esgota-se pouco depois e nascem os Mascarilhas, com Edmundo Silva e Luís Waddington, da Nova Onda, mais Miguel Artur da Silveira (Michel), bateria, e António Moniz Pereira, guitarra-ritmo.
Com uma formação diferente - João Martins, António Moniz Pereira, Edmundo Silva, Fernando Mendes e Fernando Concha (vocalista ocasional) - os Mascarilhas participam no Concurso Tipo Shadows que se realizou em Setembro/Outubro de 1963, no cinema Roma, em Lisboa, a propósito da estreia do filme "Mocidade Em Férias", com Cliff Richard e os Shadows.
Vencem o concurso já com a designação de Conjunto Mistério, nome que foi encontrado na sequência de concurso de ideias realizado pela "23ª Hora", da Rádio Renascença. O prémio foi uma deslocação a Londres para conhecer os Shadows.
O Conjunto Mistério especializou-se na tradução eléctrica instrumental de canções populares portuguesas, como "Chapéu Preto", "Pauliteiros do Douro", "Coimbra Menina e Moça", "Alecrim", "Os Olhos da Marianita".
Mas a pressão dos Beatles leva o grupo a chamar os préstimos vocais de Fernando Gaspar (ex-Conchas), aka Fernando Concha, e o conjunto começa a perder a sua identidade original, passando a grupo de acompanhamento do Duo Ouro Negro.
No início de 1965, Edmundo Silva passa-se para os Sheiks onde permanece até ao fim da banda, provavelmente a mais conhecida do yé-yé português, em 1970, altura em que substitui José João Parracho (que fugiu à guerra colonial para a Holanda) na Filarmónica Fraude, durante a má-amada residência no Casino Estoril.
Com Luís Waddington, tocou no primeiro e raro LP de Fausto, "Fausto".
Após o yé-yé, Edmundo Silva andou pelo fado, onde tocou com Pedro Caldeira Cabral, Fernando Alvim, António Luís Gomes, entre outros, reaparecendo na ribalta em 1977 no Festival RTP da Canção com os Amigos.
Não gosta de gravatas e o seu prato preferido são bifes com batatas fritas. A bebida que mais toma assiduamente é o leite e as cores preferidas são o azul e o vermelho. Em matéria de automóveis, prefere o "Giullieta Sprint".
Isto... em 1966!
Edmundo Silva morreu no dia 20 de Novembro de 2021, vítima de cancro prolongado, a 6 dias de fazer 82 anos.
4 comentários:
Apesar de particularmente já ter enviado via Internet o meu postal de felicitações ao meu irmão Edmundo não quero deixar de por este meio voltar a desejar muitas felicidades e que agora este jóvem de 70 anos e agora que entraste na "peluda" te juntes a outros jóvens pela mesma idade (já te juntaste....eu sei!!!)para animar "esta coisa" nem que seja os velhotes e doentinhos do Alcoitão.Estamos nessa!!!!
O Edmundo é daqueles amigos para toda uma vida,e tenho o prazer de o considerar como tal.
A propósito!!!!!!
Não queres alinhar no nosso almocinho de Natal no dia 13 de Dezembro??
É TUDO UMA CAMBADA DE "GINJAS",MAS ESTAMOS VIVOS ...isso é que interessa!!!!
Um grande abraço meu e da Fernanda
Ora aqui me junto aos parabéns a esse grande músico os 60s, e de hoje, não o conheço pessoalmente, mas sou fã de quase tudo o que fez. Parabéns Edmundo.
Parabéns ao grande mestre!!!
parabens ED
beijocas
anna
Enviar um comentário