WB RECORDS - BR 36.090 - edição brasileira (1978)
Lado A
Judas - As Profecias - Tá Na Hora - Planos De Papel - Conserve Seu Medo
Lado B
Negócio É - Mata Virgem - Pagando Brabo - Magia De Amor - Todo Mundo Explica
Um amigo deste blogue - (S)LB - ficou de escrever um obituário à Cutileiro. Cá ficamos à espera...
Lado A
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Negócio É - Mata Virgem - Pagando Brabo - Magia De Amor - Todo Mundo Explica
Um amigo deste blogue - (S)LB - ficou de escrever um obituário à Cutileiro. Cá ficamos à espera...
6 comentários:
Viva a Sociedade Alternativa!
Não fiquei com nenhum compromisso, V.Exa. é que me "nomeou"! Contudo, mt brevem/, ñ queria deixar passar a oportunidade de escrever que o baiano de nascimento, mas paulista de adopção "Maluco Beleza", apesar dos seu excessos na sua vida privada, de maconha, álcool, exílio, relacionamentos afectivos, foi (é) a figura mais relevante do rock brasileiro e que mais candidatos a músicos inspirou, desde os tempos da Jovem Guarda!
A "Metamorfose Ambulante" (incluída na trilha sonora do excelente filme de Eduardo Salles -"A cidade de Deus") é a "cara dele", retratando e resumindo bem a sua vida!
E tu, ou os músicos teus conhecidos aí do RJ, que impressão teê, amigo filhote?
Raul Seixas poderia ter inspirado os músicos portugueses pós-Filarmónica Frade/ Banda do Casaco e prè-Rui Veloso/UHF, a cantarem em português.
os discos de Raul Seixas, com destaque para o de 1973 Krigh-Ha -Bandolo, contém os clichés do rock clássico de raiz anglo-saxónica, mas têm um acrescento de vulto: a dicção do português brasileiro e as letras delirantemente controladas.
Faltou em Portugal, nessa altura ( anos setenta) um grupo do género.
Em 1973, o rádio ( até a Onda Média) passavam a Mosca na Sopa e o Ouro de Tolo. Mas a discografia extensa de Raul Seixas ( toda disponível em mp3 nos locais seleccionados na net) vale a pena ouvir integralmente.
O Raulzito é o cara!
É esta a reverência dos músicos brasileiros diante do mais importante rocker da História da música local - a par de Erasmo Carlos.
E o tempo presente na expressão "é o cara" não é acidental. Por aqui, deste lado do Atlântico, Raúl Seixas nunca nos deixou. Um pouco como Elvis Presley nunca abandonou os Estados Unidos - he have just left the building.
Por todo o Brasil, abundam bandas cover de Raúl Seixas, e reencarnações físicas do "cara".
A última edição da Rolling Stone brasileira reservou a capa para o "Maluco Beleza". E, logicamente, o mais emocionante testemunho escrito é da autoria do escritor Paulo Coelho, letrista de grande parte das canções de Seixas.
"Raul me ensinou que a cultura popular não é, necessariamente, uma coisa negativa; que a capacidade de se comunicar é muito positiva."
(Paulo Coelho in Rolling Stone, Agosto 2009)
Resta-me acrescentar, para os interessados, que a Universal Music pretende lançar uma edição especial, dupla, de "Krig-há, Bandolo!" (1973), e "30 Anos de Rock" (1985), incluindo raridades e um DVD documentário.
PS- caro José, infelizmente não foi apenas um Raúl Seixas que fez falta à Música Popular Portuguesa... não é por acaso que Caetano Veloso escreveu, em "Verdade Tropical", que a MPB se transformou na mais importante expressão da língua portuguesa no mundo.
Abraço!
Não sabia dessa ideia expressa por Catano Veloso, mas o que eu acho é que o Brasil, apesar de ser o local onde mais se maltrata a Língua Portuguesa, por outro lado, é onde ela mais se reinventa, se recicla e se cria e é onde mais se faz pela Língua: basta pensar no encontro anual de escritores e de literatura de Paraty e no facto do único Museu da Língua Portuguesa ser sediado em ... S.Paulo!
Totalmente de acordo, (S)LB.
Todavia, a ideia expressa pelo Caetano não deseja ir tão fundo. Ele apenas quis frisar que oralmente, através do canto, nenhuma outra música popular, para além da brasileira, levou tão longe a língua portuguesa.
É um facto. Basta pensar que artistas como Sérgio Mendes, Tom Jobim, Jorge Ben, Carmen Miranda, Milton Nascimento, Mutantes, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, João Gilberto, entre alguns outros, conquistaram o mundo. De Tóquio a Nova York.
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