"Histórias Perdidas do Rock Brasileiro, Vol. I", Nélio Rodrigues, NITPRESS, Niterói/RJ, 2009, 128 págs
É comum se pensar no rock brasileiro apenas a partir dos anos 1980, com o surgimento e a afirmação de bandas como Blitz, Paralamas, Legião, Titãs e tantas outras. Quando se olha um pouco mais para trás, fala-se de Jovem Guarda, Mutantes, Secos e Molhados e pouco, muito pouco mais. Tudo certo, os citados são todos expressões de sucesso do rock nacional.
Mas paralelamente à Jovem Guarda e mesmo antes, como escreve Nelio Rodrigues, os bravos guerreiros do rock já empunhavam suas guitarras. Nos anos 1960, eles eram combatidos à esquerda e à direita. Os primeiros viam os cabeludos apenas como um grupo de alienados a serviço do imperialismo americano, mesmo que sem se dar conta. Os outros, como potenciais subversivos que ameaçavam a sagrada família. Aliavam-se a uns e outros a precariedade do equipamento nacional, o desinteresse das gravadoras e as dificuldades de arranjar um palco. Mas eles estavam ali, furando os bloqueios, trazendo sons e comportamentos que se espalhavam pelo outro lado do Atlântico.
Histórias Perdidas, como o próprio título diz, trata desses bravos guerreiros e das táticas, frequentemente guerrilheiras, que eles usavam para mostrar que para além de amar os Beatles e os Rolling Stones, o importante era fazer um som. Não era fácil, mas como prova esse que é o primeiro livro de uma série, eles sempre davam um jeito de anunciar: aumenta que isso aí é Rock’n’Roll.
Fábio Rodrigues
Livro instigante. Estudo sério e responsável sobre os primórdios do Rock carioca. Neste primeiro volume, para além de entrevistas com músicos/protagonistas da época, contam-se as Histórias Perdidas de bandas como Os Selvagens, The Cougars, Analfabitles, The Red Snakes, All Stars, Sound Factory, Faia, Karma e Lodo. O livro ainda inclui discografia das bandas citadas, e ilustrações.
Pedro de Freitas Branco
É comum se pensar no rock brasileiro apenas a partir dos anos 1980, com o surgimento e a afirmação de bandas como Blitz, Paralamas, Legião, Titãs e tantas outras. Quando se olha um pouco mais para trás, fala-se de Jovem Guarda, Mutantes, Secos e Molhados e pouco, muito pouco mais. Tudo certo, os citados são todos expressões de sucesso do rock nacional.
Mas paralelamente à Jovem Guarda e mesmo antes, como escreve Nelio Rodrigues, os bravos guerreiros do rock já empunhavam suas guitarras. Nos anos 1960, eles eram combatidos à esquerda e à direita. Os primeiros viam os cabeludos apenas como um grupo de alienados a serviço do imperialismo americano, mesmo que sem se dar conta. Os outros, como potenciais subversivos que ameaçavam a sagrada família. Aliavam-se a uns e outros a precariedade do equipamento nacional, o desinteresse das gravadoras e as dificuldades de arranjar um palco. Mas eles estavam ali, furando os bloqueios, trazendo sons e comportamentos que se espalhavam pelo outro lado do Atlântico.
Histórias Perdidas, como o próprio título diz, trata desses bravos guerreiros e das táticas, frequentemente guerrilheiras, que eles usavam para mostrar que para além de amar os Beatles e os Rolling Stones, o importante era fazer um som. Não era fácil, mas como prova esse que é o primeiro livro de uma série, eles sempre davam um jeito de anunciar: aumenta que isso aí é Rock’n’Roll.
Fábio Rodrigues
Livro instigante. Estudo sério e responsável sobre os primórdios do Rock carioca. Neste primeiro volume, para além de entrevistas com músicos/protagonistas da época, contam-se as Histórias Perdidas de bandas como Os Selvagens, The Cougars, Analfabitles, The Red Snakes, All Stars, Sound Factory, Faia, Karma e Lodo. O livro ainda inclui discografia das bandas citadas, e ilustrações.
Pedro de Freitas Branco
4 comentários:
Li num fôlego.
As histórias contadas são retratos fiéis de uma época fascinante. E estão muito bem contadas. Da narrativa, sobressai a paixão do autor pelo assunto abordado e o rigor histórico.
Livro importante para quem se interessa por estas matérias, e não só...
Pedro, além de um grande amigo, é muito generoso.
Nelio
OK!
Tou na área!
Xuta prá baliza e pontapeia o defesa!
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