quinta-feira, 27 de agosto de 2009

STEALERS WHEEL


A&M - 8E 006-94 797 - edição portuguesa (1973)

Everything Will Turn Out Fine - Johnny's Song

Comprado no mesmo sítio do single anterior, mas no dia seguinte, 08 de Dezembro de 1973.

3 comentários:

josé disse...

Esta dupla- Joe Egan e Gerry Rafferty- compõs uma meia dúzia de cançonetas interessantes. E não conto com Stuck in middle with you.

Mas seria mais interessante saber o que levou um jovem no dealbar dos setenta, a comprar estes discos- este e o anterior, dos Carpenters.

A melodia? A pop edulcorada dos steeler´s? O nome do grupo?

Afinal, o que motivou a compra?

Pode saber-se?

Já li que por aqui que a crítica aos sons tem pouco sentido quando os sons são apenas para sentir. Mas então, que sentido tem comprar discos e não conseguir explicar porque se ouvem?

ié-ié disse...

A minha relação com a música, José, é muito simples: ou gosto ou não gosto! É óbvio que a minha apetência é pela música pop anglo-saxónica, de expressão britânica, mas isso não querer dizer que esteja "quadradamente" fechado a outras expressões culturais.

Se comprei, na altura, Stealers Wheel, Carpenters e outros é porque na verdade gostava. E passados tantos anos ainda tenho apreço por Stealers Wheel. Carpenters... acho mais datado. Mas música é música e ponto final!

LT

josé disse...

Pois e gostos não se discutem. Mas já se podem discutir ( é um modo de dizer porque significa conversar sobre) as circunstâncias dos gostos.

Os Steeler´s Wheel também são grupo do meu goto e até ouvi os discos em mp3 que baixei há muito tempo por ai nos piratas da net.

Mas posso dizer porque gosto: das vozes, das melodias e das composições instrumentais, em tom acústico. Tal como os Bread.

Os Carpenters valem pela voz de Karen e pelas composições impecáveis do duo, com inflexões etéreas na sonoridade pop.

Agora repara: se não fosse a capacidade em poder escrever sobre música, música mesmo, que seria dos críticos musicais, tanto na pop como na erudita?

escrevem sobre o som? Nem tanto nem tão pouco. Escrevem sobre o efeito do som, procurando mostrar na escrita esse efeito que pode ser comum a muitos ouvintes / leitores.

Lembro-me de ler uma crítica ao disco dos Genesis The Lamb lies down on Broadway, na Rock & Folk. Li aquilo e pouco depois ouvi o disco no rádio. Para mim esse disco e essa música ficam ligados a essa crítica e ao papel e página onde a li.

Os Steeler´s Wheel lembram-me uma composição de Joe Egan dos oitenta e outras circunstâncias que aprecio lembrar.
É esse o efeito da música: traz-nos sempre as memórias agradáveis da audição e essas memórias podem ser descritas.
Curiosamente, o cinema, não traz esse fenómeno associado.
O som, mesmo intangível, torna-se poderosamente mais evocativo do que a imagem tamgível.

Não descubro a pólvora com isto, porque outros já o disseram antes.
Foi essa uma das razões para que os magnetoscópios só tenham aparecido nos anos setenta.