segunda-feira, 10 de agosto de 2009

FIRST WE TAKE MANHATTAN 01


CBS 7292

Joan of Arc – Diamonds In The Mine

O pai dizia-lhe: se o encontro está marcado para as 10,00 horas, apareces dez minutos antes. Um dia, numa velha crítica de televisão, anos 60, do Mário Castrim, leu: “Só quem chegou à estação um segundo atrasado, sabe como compensa chegar à estação demasiado cedo”.

Chega sempre mais cedo que a hora do encontro. Mas a algumas músicas – e não são poucas… - chegou atrasado. Para atenuar um pouco a amargura, costuma dizer: “mas chegou!”

Assim aconteceu com Leonard Cohen. Estas são as etapas, portas travessas, que percorreu até chegar à montanha. Não tem datas – é aqui que recorda o quanto faz falta ser-se miudinho como Mr. Ié.Ié se apresenta, com tudo datado, etc, etc. – mas as sequências são as que seguem.

Este “single” é o primeiro passo que deu para chegar ao “canadiano errante”.

Leonard Cohen: “Tinha estudado poesia na escola, mas foi só quando, acidentalmente, dei de caras com um livro de Lorca que percebi o que era a poesia. Tocou-me tão fundo, que a partir desse momento, percebi o que queria ser: poeta. Quando a minha filha nasceu resolvi chamar-lhe Lorca. Lorca Sarh Cohen. Ele teve a mais profunda influência na minha vida e na minha carreira".

Ainda Cohen mas, agora, com 67 anos: “Nunca tive demasiada confiança na minha voz depois de ter fumado 50 mil cigarros”. Perguntam-lhe se ainda se imagina a subir a um palco:

“Com a quantidade certa de vinho tinto.”
Colaboração de Gin-Tonic

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