MERCURY - 982 847-3 - 2005
CD1
If You Go Away (Jacques Brel/Rod McKuen) - I Will Wait For You (Theme From "Les Parapluies Cherbourg") (Michel Legrand/Jacques Demy/Norman Gimbel) - In My Room (Joaquin Prieto/Lee Julien Pockriss/Paul Vance) - The Sun Ain't Gonna Shine Anymore (mono-alternative vocal) (Bob Crewe/Bob Gaudio) - It's Over (Richard Rodgers) - Joanna (Tony Hatch/Jackie Trent) - Angels Of Ashes - Mathilde (Jacques Brel/Gérard Jouannest/Mort Shuman) - Winter Night - Orpheus - Jackie (Jacques Brel/Gérard Jouannest/Mort Shuman) - The Bridge - It's Raining Today - Once Upon A Summertime (Eddy Marnay/Eddie Barclay/Michel legrand/Johnny Mercer) - Such A Small Love - Rhymes Of Goodbye - Big Louise - Next (Mort Shuman/Jacques Brel) - Til The Band Comes In (Ady Semel/Scott Walker) - Plastic Palace People - Butterfly - Just Say Goodbye (Petula Clark/Pierre Delanoe/Tony Hatch)
CD2
The Me I Never Knew (John Barry/Don Black) - We Could Be Flying (Michel Colombier/Paul H. Williams) - I Have Dreamed (Oscar Hammerstein II/Richard Rodgers) - The Gentle Rain (Luiz Bonfa/Matt Dubey) - I Still See You (Michel Legrand/Hal Shapper) - Loss Of Love (Henry Mancini/George Robert Merrill) - Do I Love You (Paul Anka/Y. Dessca/Alain Legovic/Michel Albert Louis PeLay/Maxime Jean Germa Piolot) - Country Girl (Robert Farnon) - Come Saturday Morning (Fred Karlin/Dory Previn) - When The World Was Young (Johnny Mercer/Gerard Philippe/Angele Vannier) - That Night (Norman Gimbel/Lalo Schifrin) - This Way Mary (John Barry/Don Black) - Someone To Light Up My Life (António Carlos Jobim/Gene Lees/Vinicius de Moraes) - The Impossible Dream (Joseph Darion/Mitch Leigh) - Who (Will Take My Place) (Charles Aznavour/Herbert Kretzmer) - When You Get Right Down To It (Barry Mann) - A Face In The Crowd (Alan Bergman/Michel Legrand/Marilyn Bergman) - Cowboy (Randy Newman) - If She Walked Into My Life (Jerry Herman) - All My Love's Laughter (Jimmy Webb) - Speak Softly Love (Nino Rota/Larry Kusik) - Easy Come, Easy Go (John W. Green/Edward Heyman) - Lost In The Stars (Maxwell Anderson/Kurt Weill)
As canções não assinaladas são da autoria de Scott Walker.
"I Will Wait For You", "In My Room", "The Sun Ain't Gonna Shine Anymore", "Orpheus", "One Upon A Summertime", "Just Say Goodbye" e "The Gentle Rain" são dos Walker Brothers
Em língua inglesa, terá sido Scott Walker, que pertenceu aos Walker Brothers, o intérprete mais expressivo das canções de Jacques Brel, com "If You Go Away" ("Ne Me Quitte Pas") obviamente à cabeça.
Em Portugal, presumo que também não haja dúvidas de que Carlos do Carmo foi o intérprete mais fiel (às vezes até exagerado) do cantor belga.
Mas muitos outros cantaram e cantam Brel: John Denver, Judy Collins, Neil Diamond, Terry Jacks, Barbara Dickson, Tom Jones, Dusty Springfield, Nina Simone, Marc Almond (publicou em 1989 um tributo intitulado "Jacques"), Goodbye Mr. MacKenzie, James Dean Bradfield, Maysa Mataraso, Cyndi Lauper, Mari Trini, Paul Jones, Walkabouts, Olivia Newton-John, Shirley Bassey, Johnnie Ray, Fortunes, Mísia, Julio Iglésias, David Bowie, Alison Moyet, Sting, Marianne Faithfull...
11 comentários:
Tirando algumas, poucas, honrosas excepções, ouvir as canções de Brel traduzidas para a língua de Shakespeare causa-me sempre um grande mal-estar. Prefiro de longe as versões francesas, algumas delas muito bem conseguidas, sobretudo por parte de mulheres. Mesmo que sejam intérpretes anglo-americanos com sotaque. Mas em Francês!
Meter aqui o Carlos do Carmo - que como fadista será bom intérprete de música ligeira e como intérprete de música ligeira será bom fadista - até me causa dores de estômago. Sim, mas eu, que gosto muito de fado - o verdadeiro e não os ersatz que agora por aí abundam - admito o parti pris.
sempre gostei muito de scott walker, mas este whisky tem de ser bebido (ouvido) em pequenas doses de cada vez.... jackie, montague terrace, além das já citadas versoes de brel, sao fabulosas....
jpa
Pois é, jc, o Carlos do Carmo pertence a um grande grupo de bem intencionados (na listagem aqui de cima estão presentes muitos deles) mas cujas "homenagens" a Brel se decveriam limitar a colocar o disquinho original a rodar na aparelhagem lá de casa e a ouvir..., com atenção. Talvez assim se deixassem de veleidades.
Não me digam que esta música é boa, uma vez ofereceram-me 2 cds deste artista, e só porque eu disse que não o conhecia, fiquei sem eles. Há dias de azar... :)
Rato: até a Nina Simone canta o "Ne me Quitte Pas" em francês e não em inglês e o francês em que ela o canta soa arrepiantemente bem... Uma versão "five stars", opinião minha, calro...
Noutro contexto, gosto muito das versões de Brel pelo Bowie-Ziggy... enfim, de qualquer forma, Brel era um génio insuperável no seu estilo - e um notável actor.
Quanto a Scott Walker, de que gosto bastante, aconselho vivamente a audição do LP de estreia dos The Last Shadow Puppets (a tal banda a meias com o Arctic Monkey, Alex Turner).
Tanto se falou de Brel, que o pobre do Scott Walker ficou esquecido. Como sempre, aliás...
Por mera coincidência, tenho vindo a ouvir por estes dias, no carro, um CD dos "Walker Brothers" que se chama "If You Could Hear Me Now" e que comprei no passado Sábado numa loja de usados. Sempre vi Scott e os "brothers that never were" serem desprezados pelo que fizeram durante os anos 70, e por isso a audição deste disco está a ser uma excelente surpresa para mim. O disco é uma espécie de compilação dos três LP's realizados nessa década ("No Regrets", de 75, "Lines", de 76 e "Nite Flights", de 78) e inclui também uma série de inéditos. Mais em conformidade com a obra a solo de Scott, isto é, mais sóbrio e introspectivo e menos invadido pela exuberância instrumental dos WB, tem excelentes interpretações de músicas de Tom Rush, Janis Ian, Kris Kristofferson, Stevie Wonder, Jimmy Webb, Randy Newman e Jesse Winchester. Para já, para mim é a grande descoberta do Outono e recomendo-o vivamente a quem goste de Scott Walker.
Quanto a Jacques Brel, e para além das canções do SW, conheço uma parte ínfima das versões americanas, mas talvez que "Old Folks", do John Denver (LP "Whose Garden Was This") seja a que mais me comove.
No que respeita a Portugal, e para além das vocalizações (e confesso que o Carlos do Carmo a cantar em francês sempre me assustou um bocadinho. Prefiro a Amália em inglês...!), julgo que muita influência deve ser também encontrada nas orquestrações. Pensem em algumas músicas do Fernando Tordo ou, para não ir mais longe, no disco do Carlos Mendres recentemente aqui trazido pela mão do Hugo Santos, onde a influência do Brel é patente em muitas das músicas.
Finalmente, o texto do Hugo Santos, como todos os excelentes textos "apaixonados", tem um condão: saimos a gostar mais do Brel do que gostávamos há cinco minuto atrás, antes de o ler...
Disseram-me 3! E contaram-me a escandaleira.
LT
Na afirmação que o Luís Mira faz sobre o disco do Carlos Mendfes("Canções de Ex-cravo e Mal-viver") cabe referir que ele não foi apresentado aqui mas sim no blog do Rato (ratorecordsblog.blogspot.com) e a excelente apresentação do disco é feita pelo próprio Rato e não pelo Hugo Santos
As minhas desculpas ao Rato! Como recebo esses textos via "e.mail" (cortesia do Hugo), não me apercebo da sua origem...
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