Ai, ai, não vamos recomeçar a polémica Rui Veloso, pois não?
O meu pai, verdadeiro filho dos anos 60, também não percebe o estatuto alcançado pelos Rolling Stones...
... e apesar disso, foi ver os meus queridos "animais do antigamente" a Alvalade (2007) e confessou-se positivamente impressionado... o que não sentiria se os pudesse ter visto ao vivo em 1965?!?
Filhote: Tb vi o Veloso como 1ª parte de Paul Simon. Mas não só não fiquei impressionado como confirmei a opinião negativa. Costumava chamar-lhe, para irritar os admiradores, o António Calvário do cavaquismo, assim uma espécie de cantor de regime! Abraço
Meus queridos amigos Acho que os temas se fizeram para serem discutidos e o tema Rui Veloso é subeijamente interessante para que se deixe de falar nele. A minha opinião,vale o que vale mas continuo a achar que no meio de muita coisa má que apareceu no chamado novo Rock dod anos 80,apareceu muita coisa bôa que como de costume desapareceu (as pessoas têm de ganhar a sua vida por outros lados)e também apareceu o excepcional. Incluo o Rui nesta última classe,pois acho-o um artista completo,(extraordinário guitarrista,uma voz expressiva e rica,e um compositor cheio de talento), Não sei o que é que tem andado a fazer últimamente,o que lamento é a nossa capacidade tão portuguesa de destruir aquilo que é bom (a nossa inveja é uma doença que nos consome até á destruição total que aí vem em passo acelerado)em vêz de acarinhar e divulgar o que há de bom nesta terra apesar de ter a perfeita noção que é quase impossivel encontra-lo,a prova está nestes últimos 33 anos,para já não falar no resto. Apesar da dificuldade em encontrar o BOM e a nossa tendência para acarinhar o MAU e o PIROSO,(que é para depois nos podermos evidenciar nas criticas doutorais)acho que não deviamos ter dúvidas em acarinhar o RARO BOM e neste caso o nosso RUI. Ê Segundo ouvi dizer,ele e o TÉ chatearam-se!!! ASNEIRA!!!! o TÊ sempre foi o seu braço direito na composição e a prova está nas maravilhosas canções que ambos compuseram no passado. Bem sei que "CASA ONDE NÃO HÁ PÃO TODOS RALHAM E NINGUÉM TEM RAZÃO" e isto aplica-se exactamente em sentido figurado ao RUI,a tanta gente com talento que se anda a perder "nesta coisa",e á situação em geral que toca a todos!!!! SOLUÇAÕ???? Confesso que não vejo,e parafraseando o Saramago (de quem confesso não sou grande fan) VEM AÍ O APOCALIPSE!!!! Culpados???? TODOS NÓS!!!! Nunca aprendemos a gostar uns dos outros. Já lá dizia um saudoso amigo meu com imensa piada mas sentido critico: OS PORTUGUESES SÃO UNS GAJOS PORREIROS,....NO ENTANTO UM BOCADINHO FILHOS DA P... E eu acrescentava sempre!!!! UM BOCADINHO???? XICO,se me estás a ver lá de cima,um grande abraço!!!
O Rui Veloso foi marcante na história da musica Portuguesa, apareceu na altura certa, e tem talento. Só não é o Pai do Rock Português, esse estatuto é que está mal atribuído. De resto acho que ele ganhou a importância que mereceu, e aqui discordo em parte do meu amigo Daniel, o Rui Veloso não foi destruído por ninguén, ele próprio é que entrou num processo auto-destrutivo. O Rui até é dos artistas que normalmente é bem recebido pela crítica e pelo público, atingiu já o o patamar de instituição. Penso eu de que...ev.
1980-inicio do "boom" 1985-álbum Rui Veloso - a música portuguesa volta a ter o seu espaço 1990-o álbum "Mingo e Samurais" é dos discos portugueses mais vendidos de sempre e com dois primeiros singles muito marcantes.
Penso que são os três grandes marcos para o estatuto que alcançou.
--
A partir daí tem sabido gerir a carreira mais ou menos bem. A ligação de sempre com o Carlos Tê é uma coisa bonita de se ver.
ORA AÍ ESTÁ!!!! Assim é que é giro,opiniões diferentes sobre o mesmo tema. Meu caro Paulo (jack) Na realidade o nosso Rui segundo consta,deu alguns pontapés na sorte,momentos de desorientação,talvêz más companhias (esta vida de rock,n roll e vinho tinto é uma chatice)mas artisticamente não sofreu uma beliscadura ,só tenho pena do corte com o Carlos Tê (att amigo agst- isto dos pseudónimos é uma chatice)segundo consta motivado pelos direitos do personagem "chico fininho". É a tal coisa,uma parceria e amizade de tantos anos ser beliscada trágicamente pelo vil metal!!! Se calhar estou a ficar velho,mas para mim a amizade é algo sagrado,e á laia de desabafo,dêvo-lhes dizer que foi neste refúgio de "pensamentos livres" que são os blogs onde vim a encontrar bons amigos e algumas surpresas que me tocaram profundamente. Claro que chamarem ao Rui "o pai do rock português" é mais um resultado do marketing da editora,tal e qual quando chamavam ao Vitor Gomes "o rei do rock" e ao Nelo "o rei do twist". São as nossas acostumadas piroseiras e não termos a noção das nossas limitações Nunca me posso jamais esquecer de duas frases que me marcaram para toda a vida e que para mim serviram de lição. Uma foi dita por um conhecido produtor discográfico (á época ,claro)e que já não está entre nós: Meu amigo,já não há circo nem dinheiro para palhaços!!!! A outra foi dita pelo meu pai e uma única vez quando tinha 18 anos e em referência a uma "brilhantissima"???? carreira de Rocker que se me afigurava: Olha Pá!!Trata mas é de estudar pois não és nenhum Pavarotti!!!! Fôram duas frases marcantes!!! Portanto há que ter a noção das realidades,não sonhar demasiado,olhar para trás e ver a situação (infelizmente!!!)aflitiva em que muita dessa gente vive.
Meus caros: Disse que não sabia das razões do estatuto de Rui Veloso na música portuguesa. Pensando melhor, não é nada difícil. Rui Veloso beneficiou de um conjunto de factores mtº favorável, dos quais três são talvez a base. Apareceu numa altura de boom económico, cultural, social do Porto-cidade e foi por ele promovido. Dos intérpretes do chamado novo rock português é aquele que mais se aproxima daquilo que poderíamos chamar "música ligeira". Por último, as letras do Carlos Tê deram-lhe uma certa caução "intectual", que o tornou aceitável por sectores muito diversos. Estão aqui algumas razões. Claro que concordo é um razoável guitarrista de blues, mas isso foi marginal na sua carreira.
O Rui Veloso acomodou-se tal como outros artistas da sua geração (Luís Represas, por ex.), mas tem algumas excelentes canções que falam por si
Exemplos: "A Gente não Lê", "A Ilha", "Logo que passe a Monção", "Saiu para a Rua", etc.
Curiosamente ele neste último até arriscou, apostando em novas sonoridades com maior influência africana, o que terá estranhado os fãs mais fieis e se traduzido num álbum com vendas abaixo da média da sua carreira
---
O disco aqui postado era um "double A-side" single
Um Café e Um Bagaço/Cinefelicidade (Single, EMI, 1981).
O Represas acomodou-se? Para mim, sempre esteve acomodado!Mas o paralelismo com o Veloso não deixa de ser sintomático, embora ao pé do Represas Veloso até faça razoável figura.
O que eu realmente acho inexplicável é a veleidade com que se critica certos artistas. Dizer-se mal de advogados, políticos, banqueiros, polícias ou eclesiásticos eu até compreendo, pois tratam-se de classes sociais que constantemente nos reprimem ou pelo menos nos tiram sempre qualquer coisa. Não é esse o caso da classe artística que, para mim, representa sempre o que de melhor existe em cada sociedade. Um País define-se essencialmente pela sua Cultura, seja em que campo for. O artista dá-nos aquilo que melhor sabe fazer, não nos tira nada nem muito menos nos reprime. Aceitarmos ou gostarmos dessa dávida já é outra história, mas isso não nos dá o direito ao insulto, ainda mais usando colegas de profissão. Chamar ao Rui Veloso o “António Calvário do cavaquismo ou uma espécie de cantor do regime” é, no mínimo, um sintoma de ignorância da obra do visado. Se o não for, então é pior ainda, é uma confissão pública de analfabetismo musical ou pura maledicência provocatória (como aliás o próprio maltês reconhece). Obviamente que não me considero advogado de defesa do Rui Veloso, mas felizmente não padeço de surdez crónica ou simulada - o que me leva a considerar o Rui veloso, a par do Sérgio Godinho, os melhores intérpretes-compositores portugueses depois do desaparecimento do José Afonso. Em relação ao Sérgio o Rui terá a desvantagem de necessitar muitas vezes de uma muleta chamada Carlos Tê. Mas isso é compensado com o seu grande poder interpretativo. Rui Veloso seria sempre Rui Veloso, quer tivesse aparecido nos anos 60 ou nos anos 90. Não precisaria nunca de conjunturas favoráveis para se impôr. Bastar-lhe-ia, sempre e só, apenas a sua natural qualidade. Em mais de 20 anos en(cantou-nos) com muitas dezenas de canções, seguindo o exemplo do autor do “Primeiro Dia”. É por isso que tenciono, muito em breve, pôr à disposição no blog do Rato uma dupla coletânea dessas mesmas canções que se tornaram património nacional. Apenas para testemunhar algo que há muitos anos não precisa de ser provado.
O Rui Veloso seria sempre o mesmo, agora que a conjuntura em que apareceu foi determinante, isso é indiscutível. Para ele e para todos, se ele tivesse aparecido nos anos 60, teria certamente tido algum impacto, e a seguir tinha arranjado um emprego e hoje seria lembrado como alguém que noutro contexto teria feito carreira na música. Exemplos de artistas com tanta ou mais qualidade que ele, e que por terem surgido numa altura em que a música não permitia viver-se dela, são muitos. Acham por exemplo que os "Sheiks" tinham menos qualidade musical, á época, do que os Xutos ou os GNR ? Ou será que a conjuntura era outra ?
Só me dás razão, Paulo, os temas dos Sheiks continuam a ouvir-se tão bem hoje como na altura em que foram editados. Se não houvesse qualidade hoje estavam completamente esquecidos. "Produtos de marketing", tipo Tony Carreira, nem sempre dão frutos...
O Rato esqueceu-se de acrescentar os licenciados em economia, executivos, gestores, etc, como elementos repressores e que tiram algo á sociedade. Agradeço o esquecimento. Mas tb fiquei a saber que os artistas estão acima da crítica, algo que até hoje desconhecia. Resta que o Rato me explique o que entende por "verdadeiros artistas", qual lista de obras autorizadas, para eu me abster de críticas a esses ditos-cujos e enviar os outros para o index ou para a fogueira. Fiquei tb a saber, por isso, que os artistas estão incluídos na mesma categoria de Maomé, Hitler, Stalin,Jesus Cristo e assim sucessivamente, cuja crítica é considerada traição à pátria ou pecado com todas as suas consequências. Por mim, espero não sejam mtº gravosas. Mas que tal censurarem-me os comentários ou o "blog"? E se chamar ao Veloso "cantor de regime" ou António Calvário do cavaquismo é insulto, então o João Paulo Guerra nunca deveria ter inventado a expressão "nacional-cançonetismo", que tão bem definiu, de modo genérico (havia no dito "nacional-cançonetismo" algumas coisas aceitáveis), a música da ditadura, contra a qual lutávamos (alguns). Claro que estas expressões, pretendendo definir um conceito numa frase, são sempre um pouco redutoras, com um ou outro laivo de injustiça, mas quem é inteligente compreende perfeitamente o seu alcance. Bom, passo por cima das comparações entre Veloso e Sérgio Godinho - embora isso me incomode são opiniões - bem como por essa história de um artista não ser influenciado pela conjuntura social e pela sua época: claro que o romantismo nada tem que ver com as revoluções burguesas do séc. XIX, o neo-realismo com o apogeu da URSS e a música dos anos 60 com a revolução social e de costumes da época!!! recomendo ao Rato umas leituras de História da arte e da cultura europeias, e espero ele não me leve a mal. No hard feelings JC aka analfabeto musical ou provocador (à fogueira, á fogueira o infiel) Abraço
Não misturemos "alhos com bogalhos", jc. É evidente que criticar é salutar e uma forma de nos sentirmos vivos. Se não fui muito claro no comentário acima ("Aceitarmos ou gostarmos dessa dávida já é outra história,"), então peço desculpa. Mas há críticas e há "críticas". Dois bons exemplos aqui, neste mesmo blog - leia-se o que o José Forte escreveu no post do "Bota-Fora" e compare-se com o que foi dito neste sobre o Rui Veloso. Só um cego é que não vê diferenças nas respectivas intenções... E quando afirmei que o Rui Veloso teria sempre qualidade em qualquer época, nem sequer falei em "influências". É claro que somos todos influenciados, social ou politicamente. O que eu quis dizer é que a qualidade vem sempre ao de cima, independentemente das circunstâncias. Muitas vezes é apenas reconhecida tarde demais. Mas isso é outra história e felizmente não é o caso aqui. Um abraço, também. E, claro, no hard feelings!
MALTA ISTO ASSIM É QUE É GIRO!!!!! A MALTA TÒDA Á BULHA E O RUI SE LER ISTO, A REBOLAR-SE A RIR. Não é todos os dias que vemos o Maomé,Stalin,o Jota Cristo metidos á mistura, tendo faltado incluir o GOOBLES ministro da guerra do Adolfo,esse sim o seu verdadeiro Antonio Calvario que enquanto cantava a Oração (em alemão!!!..claro)mandava mais meia dúzia de judeus para a fogueira. (eu também tenho cultura e conhecimentos!!que diabo!!) Por isso agora vou-me dedicar a defender as causas do Marante,Duo Ele e Ela,e o grande ...ENORME Nel Monteiro ,o qual dedicou á minha "partenaire" há tempos a canção "Fernandita onde está tua cabecita"(claro que corri á Feira do Relógio onde conprei a Mini Cassete a preço Mini,para lhe oferecer)tudo isto anterior ao seu enorme sucesso "Salta-me p'ra cima"apresentado o mês passado no programa da manhã da SIC. O mesmo onde o Duo Ele e Ela nos maravilhou com "O meu marido é côrno". Meus amigos,isto é cultura,que se lixe o RUI O SÉRGIO os SHEIKS e quem mais vier!!!! Tenho dito!!!
Daniel, por favor, põe-me já essa mini cassete de parte, para quando eu voltar a tua casa. Ou então leva-me para o próximo almoço (a propósito, Luís, desta vez, e salvo erro, és tu a marcar, não és?), pois não quero perder isso por nada deste mundo. Só de ler o título, "Fernandita onde está tua cabecita" fiquei comovido. Ainda estou a limpar a lágrimazita ao canto do olho...
Daniel: Já me fartei de rir c/ o teu post. Sentido de humor é coisa bem rara no mundo. Muito bem. Apenas um reparo: o Goebells era ministro da propaganda. Mas isso nada altera. abraço
Caro JC É um prazer ver que não "afinaste" com a minha brincadeira. Assim é que é "porreiro"os intervenientes neste Blog terem a liberdade de brincar e ninguém se ofender. Tens toda a razão,a"pasta" do rapaz era a propaganda,as minhas desculpas,de qualquer maneira era tudo malta "porreirissima"!!!????
23 comentários:
Algo que sempre me transcendeu e para mim inexplicável, o estatuto alcançado por Rui Veloso.
Já somos dois!
LT
Ai, ai, não vamos recomeçar a polémica Rui Veloso, pois não?
O meu pai, verdadeiro filho dos anos 60, também não percebe o estatuto alcançado pelos Rolling Stones...
... e apesar disso, foi ver os meus queridos "animais do antigamente" a Alvalade (2007) e confessou-se positivamente impressionado... o que não sentiria se os pudesse ter visto ao vivo em 1965?!?
Filhote:
Tb vi o Veloso como 1ª parte de Paul Simon. Mas não só não fiquei impressionado como confirmei a opinião negativa. Costumava chamar-lhe, para irritar os admiradores, o António Calvário do cavaquismo, assim uma espécie de cantor de regime!
Abraço
O Rui Veloso já foi tema de aceso debate neste blogue. Por isso, quem quiser saber mais sobre a "nossa" opinião, que consulte os arquivos.
Outro abraço, JC.
Meus queridos amigos
Acho que os temas se fizeram para serem discutidos e o tema Rui Veloso é subeijamente interessante para que se deixe de falar nele.
A minha opinião,vale o que vale mas continuo a achar que no meio de muita coisa má que apareceu no chamado novo Rock dod anos 80,apareceu muita coisa bôa que como de costume desapareceu (as pessoas têm de ganhar a sua vida por outros lados)e também apareceu o excepcional.
Incluo o Rui nesta última classe,pois acho-o um artista completo,(extraordinário guitarrista,uma voz expressiva e rica,e um compositor cheio de talento),
Não sei o que é que tem andado a fazer últimamente,o que lamento é a nossa capacidade tão portuguesa de destruir aquilo que é bom (a nossa inveja é uma doença que nos consome até á destruição total que aí vem em passo acelerado)em vêz de acarinhar e divulgar o que há de bom nesta terra apesar de ter a perfeita noção que é quase impossivel encontra-lo,a prova está nestes últimos 33 anos,para já não falar no resto.
Apesar da dificuldade em encontrar o BOM e a nossa tendência para acarinhar o MAU e o PIROSO,(que é para depois nos podermos evidenciar nas criticas doutorais)acho que não deviamos ter dúvidas em acarinhar o RARO BOM e neste caso o nosso RUI.
Ê Segundo ouvi dizer,ele e o TÉ chatearam-se!!!
ASNEIRA!!!!
o TÊ sempre foi o seu braço direito na composição e a prova está nas maravilhosas canções que ambos compuseram no passado.
Bem sei que "CASA ONDE NÃO HÁ PÃO TODOS RALHAM E NINGUÉM TEM RAZÃO" e isto aplica-se exactamente em sentido figurado ao RUI,a tanta gente com talento que se anda a perder "nesta coisa",e á situação em geral que toca a todos!!!!
SOLUÇAÕ????
Confesso que não vejo,e parafraseando o Saramago (de quem confesso não sou grande fan)
VEM AÍ O APOCALIPSE!!!!
Culpados????
TODOS NÓS!!!!
Nunca aprendemos a gostar uns dos outros.
Já lá dizia um saudoso amigo meu com imensa piada mas sentido critico:
OS PORTUGUESES SÃO UNS GAJOS PORREIROS,....NO ENTANTO UM BOCADINHO FILHOS DA P...
E eu acrescentava sempre!!!!
UM BOCADINHO????
XICO,se me estás a ver lá de cima,um grande abraço!!!
O Rui Veloso foi marcante na história da musica Portuguesa, apareceu na altura certa, e tem talento. Só não é o Pai do Rock Português, esse estatuto é que está mal atribuído. De resto acho que ele ganhou a importância que mereceu, e aqui discordo em parte do meu amigo Daniel, o Rui Veloso não foi destruído por ninguén, ele próprio é que entrou num processo auto-destrutivo. O Rui até é dos artistas que normalmente é bem recebido pela crítica e pelo público, atingiu já o o patamar de instituição. Penso eu de que...ev.
1980-inicio do "boom"
1985-álbum Rui Veloso - a música portuguesa volta a ter o seu espaço
1990-o álbum "Mingo e Samurais" é dos discos portugueses mais vendidos de sempre e com dois primeiros singles muito marcantes.
Penso que são os três grandes marcos para o estatuto que alcançou.
--
A partir daí tem sabido gerir a carreira mais ou menos bem. A ligação de sempre com o Carlos Tê é uma coisa bonita de se ver.
ORA AÍ ESTÁ!!!!
Assim é que é giro,opiniões diferentes sobre o mesmo tema.
Meu caro Paulo (jack)
Na realidade o nosso Rui segundo consta,deu alguns pontapés na sorte,momentos de desorientação,talvêz más companhias (esta vida de rock,n roll e vinho tinto é uma chatice)mas artisticamente não sofreu uma beliscadura ,só tenho pena do corte com o Carlos Tê (att amigo agst- isto dos pseudónimos é uma chatice)segundo consta motivado pelos direitos do personagem "chico fininho".
É a tal coisa,uma parceria e amizade de tantos anos ser beliscada trágicamente pelo vil metal!!!
Se calhar estou a ficar velho,mas para mim a amizade é algo sagrado,e á laia de desabafo,dêvo-lhes dizer que foi neste refúgio de "pensamentos livres" que são os blogs onde vim a encontrar bons amigos e algumas surpresas que me tocaram profundamente.
Claro que chamarem ao Rui "o pai do rock português" é mais um resultado do marketing da editora,tal e qual quando chamavam ao Vitor Gomes "o rei do rock" e ao Nelo "o rei do twist".
São as nossas acostumadas piroseiras e não termos a noção das nossas limitações
Nunca me posso jamais esquecer de duas frases que me marcaram para toda a vida e que para mim serviram de lição.
Uma foi dita por um conhecido produtor discográfico (á época ,claro)e que já não está entre nós:
Meu amigo,já não há circo nem dinheiro para palhaços!!!!
A outra foi dita pelo meu pai e uma única vez quando tinha 18 anos e em referência a uma "brilhantissima"???? carreira de Rocker que se me afigurava:
Olha Pá!!Trata mas é de estudar pois não és nenhum Pavarotti!!!!
Fôram duas frases marcantes!!!
Portanto há que ter a noção das realidades,não sonhar demasiado,olhar para trás e ver a situação (infelizmente!!!)aflitiva em que muita dessa gente vive.
Meus caros:
Disse que não sabia das razões do estatuto de Rui Veloso na música portuguesa. Pensando melhor, não é nada difícil. Rui Veloso beneficiou de um conjunto de factores mtº favorável, dos quais três são talvez a base. Apareceu numa altura de boom económico, cultural, social do Porto-cidade e foi por ele promovido. Dos intérpretes do chamado novo rock português é aquele que mais se aproxima daquilo que poderíamos chamar "música ligeira". Por último, as letras do Carlos Tê deram-lhe uma certa caução "intectual", que o tornou aceitável por sectores muito diversos. Estão aqui algumas razões. Claro que concordo é um razoável guitarrista de blues, mas isso foi marginal na sua carreira.
O Rui Veloso acomodou-se tal como outros artistas da sua geração (Luís Represas, por ex.), mas tem algumas excelentes canções que falam por si
Exemplos: "A Gente não Lê", "A Ilha", "Logo que passe a Monção", "Saiu para a Rua", etc.
Curiosamente ele neste último até arriscou, apostando em novas sonoridades com maior influência africana, o que terá estranhado os fãs mais fieis e se traduzido num álbum com vendas abaixo da média da sua carreira
---
O disco aqui postado era um "double A-side" single
Um Café e Um Bagaço/Cinefelicidade (Single, EMI, 1981).
para quem são saiba, o Carlos Tê chama-se Carlos Monteiro e a abreviatua Tê corresponde a "Tarado Musical"
Errata:
Para quem não saiba, o Carlos Tê chama-se Carlos Monteiro e a abreviatura corresponde a "Tarado Musical"
O Represas acomodou-se? Para mim, sempre esteve acomodado!Mas o paralelismo com o Veloso não deixa de ser sintomático, embora ao pé do Represas Veloso até faça razoável figura.
O que eu realmente acho inexplicável é a veleidade com que se critica certos artistas. Dizer-se mal de advogados, políticos, banqueiros, polícias ou eclesiásticos eu até compreendo, pois tratam-se de classes sociais que constantemente nos reprimem ou pelo menos nos tiram sempre qualquer coisa. Não é esse o caso da classe artística que, para mim, representa sempre o que de melhor existe em cada sociedade. Um País define-se essencialmente pela sua Cultura, seja em que campo for. O artista dá-nos aquilo que melhor sabe fazer, não nos tira nada nem muito menos nos reprime. Aceitarmos ou gostarmos dessa dávida já é outra história, mas isso não nos dá o direito ao insulto, ainda mais usando colegas de profissão. Chamar ao Rui Veloso o “António Calvário do cavaquismo ou uma espécie de cantor do regime” é, no mínimo, um sintoma de ignorância da obra do visado. Se o não for, então é pior ainda, é uma confissão pública de analfabetismo musical ou pura maledicência provocatória (como aliás o próprio maltês reconhece).
Obviamente que não me considero advogado de defesa do Rui Veloso, mas felizmente não padeço de surdez crónica ou simulada - o que me leva a considerar o Rui veloso, a par do Sérgio Godinho, os melhores intérpretes-compositores portugueses depois do desaparecimento do José Afonso. Em relação ao Sérgio o Rui terá a desvantagem de necessitar muitas vezes de uma muleta chamada Carlos Tê. Mas isso é compensado com o seu grande poder interpretativo. Rui Veloso seria sempre Rui Veloso, quer tivesse aparecido nos anos 60 ou nos anos 90. Não precisaria nunca de conjunturas favoráveis para se impôr. Bastar-lhe-ia, sempre e só, apenas a sua natural qualidade. Em mais de 20 anos en(cantou-nos) com muitas dezenas de canções, seguindo o exemplo do autor do “Primeiro Dia”. É por isso que tenciono, muito em breve, pôr à disposição no blog do Rato uma dupla coletânea dessas mesmas canções que se tornaram património nacional. Apenas para testemunhar algo que há muitos anos não precisa de ser provado.
O Rui Veloso seria sempre o mesmo, agora que a conjuntura em que apareceu foi determinante, isso é indiscutível. Para ele e para todos, se ele tivesse aparecido nos anos 60, teria certamente tido algum impacto, e a seguir tinha arranjado um emprego e hoje seria lembrado como alguém que noutro contexto teria feito carreira na música. Exemplos de artistas com tanta ou mais qualidade que ele, e que por terem surgido numa altura em que a música não permitia viver-se dela, são muitos. Acham por exemplo que os "Sheiks" tinham menos qualidade musical, á época, do que os Xutos ou os GNR ? Ou será que a conjuntura era outra ?
Só me dás razão, Paulo, os temas dos Sheiks continuam a ouvir-se tão bem hoje como na altura em que foram editados. Se não houvesse qualidade hoje estavam completamente esquecidos.
"Produtos de marketing", tipo Tony Carreira, nem sempre dão frutos...
O Rato esqueceu-se de acrescentar os licenciados em economia, executivos, gestores, etc, como elementos repressores e que tiram algo á sociedade. Agradeço o esquecimento. Mas tb fiquei a saber que os artistas estão acima da crítica, algo que até hoje desconhecia. Resta que o Rato me explique o que entende por "verdadeiros artistas", qual lista de obras autorizadas, para eu me abster de críticas a esses ditos-cujos e enviar os outros para o index ou para a fogueira. Fiquei tb a saber, por isso, que os artistas estão incluídos na mesma categoria de Maomé, Hitler, Stalin,Jesus Cristo e assim sucessivamente, cuja crítica é considerada traição à pátria ou pecado com todas as suas consequências. Por mim, espero não sejam mtº gravosas. Mas que tal censurarem-me os comentários ou o "blog"? E se chamar ao Veloso "cantor de regime" ou António Calvário do cavaquismo é insulto, então o João Paulo Guerra nunca deveria ter inventado a expressão "nacional-cançonetismo", que tão bem definiu, de modo genérico (havia no dito "nacional-cançonetismo" algumas coisas aceitáveis), a música da ditadura, contra a qual lutávamos (alguns). Claro que estas expressões, pretendendo definir um conceito numa frase, são sempre um pouco redutoras, com um ou outro laivo de injustiça, mas quem é inteligente compreende perfeitamente o seu alcance.
Bom, passo por cima das comparações entre Veloso e Sérgio Godinho - embora isso me incomode são opiniões - bem como por essa história de um artista não ser influenciado pela conjuntura social e pela sua época: claro que o romantismo nada tem que ver com as revoluções burguesas do séc. XIX, o neo-realismo com o apogeu da URSS e a música dos anos 60 com a revolução social e de costumes da época!!! recomendo ao Rato umas leituras de História da arte e da cultura europeias, e espero ele não me leve a mal.
No hard feelings
JC aka analfabeto musical ou provocador (à fogueira, á fogueira o infiel)
Abraço
Não misturemos "alhos com bogalhos", jc. É evidente que criticar é salutar e uma forma de nos sentirmos vivos. Se não fui muito claro no comentário acima ("Aceitarmos ou gostarmos dessa dávida já é outra história,"), então peço desculpa. Mas há críticas e há "críticas". Dois bons exemplos aqui, neste mesmo blog - leia-se o que o José Forte escreveu no post do "Bota-Fora" e compare-se com o que foi dito neste sobre o Rui Veloso. Só um cego é que não vê diferenças nas respectivas intenções...
E quando afirmei que o Rui Veloso teria sempre qualidade em qualquer época, nem sequer falei em "influências". É claro que somos todos influenciados, social ou politicamente. O que eu quis dizer é que a qualidade vem sempre ao de cima, independentemente das circunstâncias. Muitas vezes é apenas reconhecida tarde demais. Mas isso é outra história e felizmente não é o caso aqui.
Um abraço, também.
E, claro, no hard feelings!
MALTA
ISTO ASSIM É QUE É GIRO!!!!!
A MALTA TÒDA Á BULHA E O RUI SE LER ISTO, A REBOLAR-SE A RIR.
Não é todos os dias que vemos o Maomé,Stalin,o Jota Cristo metidos á mistura, tendo faltado incluir o GOOBLES ministro da guerra do Adolfo,esse sim o seu verdadeiro Antonio Calvario que enquanto cantava a Oração (em alemão!!!..claro)mandava mais meia dúzia de judeus para a fogueira.
(eu também tenho cultura e conhecimentos!!que diabo!!)
Por isso agora vou-me dedicar a defender as causas do Marante,Duo Ele e Ela,e o grande ...ENORME Nel Monteiro ,o qual dedicou á minha "partenaire" há tempos a canção "Fernandita onde está tua cabecita"(claro que corri á Feira do Relógio onde conprei a Mini Cassete a preço Mini,para lhe oferecer)tudo isto anterior ao seu enorme sucesso "Salta-me p'ra cima"apresentado o mês passado no programa da manhã da SIC.
O mesmo onde o Duo Ele e Ela nos maravilhou com "O meu marido é côrno".
Meus amigos,isto é cultura,que se lixe o RUI O SÉRGIO os SHEIKS e quem mais vier!!!!
Tenho dito!!!
Daniel Bacelar
Daniel, por favor, põe-me já essa mini cassete de parte, para quando eu voltar a tua casa. Ou então leva-me para o próximo almoço (a propósito, Luís, desta vez, e salvo erro, és tu a marcar, não és?), pois não quero perder isso por nada deste mundo. Só de ler o título, "Fernandita onde está tua cabecita" fiquei comovido. Ainda estou a limpar a lágrimazita ao canto do olho...
Daniel:
Já me fartei de rir c/ o teu post. Sentido de humor é coisa bem rara no mundo. Muito bem. Apenas um reparo: o Goebells era ministro da propaganda. Mas isso nada altera.
abraço
Caro JC
É um prazer ver que não "afinaste" com a minha brincadeira.
Assim é que é "porreiro"os intervenientes neste Blog terem a liberdade de brincar e ninguém se ofender.
Tens toda a razão,a"pasta" do rapaz era a propaganda,as minhas desculpas,de qualquer maneira era tudo malta "porreirissima"!!!????
daniel bacelar
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