À hora a que coloco este post no ar, decorre no Centro de Recreio Popular do antigo Bairro Marechal Carmona, em Coimbra, uma das mais fantásticas reuniões jamais idealizadas e postas em prática.
Trata-se de um almoço-festa com cerca de 400 antigos residentes do Bairro e que se juntam graças ao esforço de alguns e a eficiência da Internet.
A grande maioria dos convivas não se vê há mais de 40 anos!!!
Decidi, por isso, fechar o blogue durante o fim de semana para festejar, sem stress, a minha infância e a minha juventude.
Abro esta excepção para, na pessoa do Rui Pato, que foi um dos meus compinchas de calções, homenagear todos os que, a esta hora, começam a atacar o leitão (da Bairrada, pois claro!).
Não é muito conhecido que Rui Pato, que acompanhou José Afonso nas suas primeiras gravações, tivesse editado dois EPs em nome próprio nos anos 60. Por isso esta surpresa, também.
RAPSÓDIA EPF 5.241 - 1964
Vampiros/Menino do Bairro Negro/Quadras (José Afonso) - Canção Longe (folclore açoreano) - Pastor do Bem Safrim (José Afonso) - Leanor (José Afonso)
A fotografia da capa, linda, é da autoria de Varela Pécurto, já falecido, e foi tirada em 1964 nos claustros da Igreja de Santa Cruz, em Coimbra.
Na contracapa, escreveu José Afonso:
A viola, como instrumento destinado a acompanhar o cantor, foi perdendo nos nossos dias o papel subalterno que lhe destinavam os tradicionais conjuntos de guitarras.
Quer como factor de execução com a finalidade de indicar ou desenvolver um tema musical adequado às suas características e recursos, quer interpretando, a par da voz humana, o papel de protagonista num diálogo que não admite interferência de outra qualidade expressiva, a sua autonomia exige da parte do ouvinte uma intimidade e uma discreção idêntica à que em tempos prendia o trovador ao seu auditório.
Estas canções, ditas e executadas pela viola de Rui Pato, pretendem restituir-vos a esse clima inicial de silêncio a que a sua sensibilidade, pouco afeita aos ritmos trepidantes da guitarra eléctrica, se foi de há muito habituando.
Pela delicadeza das suas interpretações, valorizadas por uma acertada combinação de acordes, oscilando em cadências sempre variadas num processo de construção melódica que incessantemente se renova - esses solos constituem uma experiência que, creio eu, agora se inicia no nosso panorama musical.
Trata-se de um almoço-festa com cerca de 400 antigos residentes do Bairro e que se juntam graças ao esforço de alguns e a eficiência da Internet.
A grande maioria dos convivas não se vê há mais de 40 anos!!!
Decidi, por isso, fechar o blogue durante o fim de semana para festejar, sem stress, a minha infância e a minha juventude.
Abro esta excepção para, na pessoa do Rui Pato, que foi um dos meus compinchas de calções, homenagear todos os que, a esta hora, começam a atacar o leitão (da Bairrada, pois claro!).
Não é muito conhecido que Rui Pato, que acompanhou José Afonso nas suas primeiras gravações, tivesse editado dois EPs em nome próprio nos anos 60. Por isso esta surpresa, também.
RAPSÓDIA EPF 5.241 - 1964
Vampiros/Menino do Bairro Negro/Quadras (José Afonso) - Canção Longe (folclore açoreano) - Pastor do Bem Safrim (José Afonso) - Leanor (José Afonso)
A fotografia da capa, linda, é da autoria de Varela Pécurto, já falecido, e foi tirada em 1964 nos claustros da Igreja de Santa Cruz, em Coimbra.
Na contracapa, escreveu José Afonso:
A viola, como instrumento destinado a acompanhar o cantor, foi perdendo nos nossos dias o papel subalterno que lhe destinavam os tradicionais conjuntos de guitarras.
Quer como factor de execução com a finalidade de indicar ou desenvolver um tema musical adequado às suas características e recursos, quer interpretando, a par da voz humana, o papel de protagonista num diálogo que não admite interferência de outra qualidade expressiva, a sua autonomia exige da parte do ouvinte uma intimidade e uma discreção idêntica à que em tempos prendia o trovador ao seu auditório.
Estas canções, ditas e executadas pela viola de Rui Pato, pretendem restituir-vos a esse clima inicial de silêncio a que a sua sensibilidade, pouco afeita aos ritmos trepidantes da guitarra eléctrica, se foi de há muito habituando.
Pela delicadeza das suas interpretações, valorizadas por uma acertada combinação de acordes, oscilando em cadências sempre variadas num processo de construção melódica que incessantemente se renova - esses solos constituem uma experiência que, creio eu, agora se inicia no nosso panorama musical.
4 comentários:
Bom apetite.Fico cheio de inveja.É pena a malta da R. António José de Almeida, ou do Luis de Camões, ñ tenham a mesma chance....decomer o leitão, e de rever os putos dessa época fantástica.Divirtam-se
Eh pá! Que giro seria ouvir estas canções!
Ao menos promete-nos que trarás o outro disco aqui ao blogue, prometes?
Abraço.
Na viola, Rui Pato sempre foi o melhor. Deste lado do Atlântico, uma vénia de um admirador!
Foi realmente um dos melhores eventos da minha existência!De repente, estar ali ao lado de toda aquela malta que frequentàvamos quando tinhamos 16-17-18 anos, foi uma sensaçao ESPECTACULAR!!!
Nao imaginas como fiquei FELIZ de vêr "as nossas mulheres" LINDAS COMO SEMPRE!!!Foram 15 dias de pura ficçao e liberdade!!!Quanto à musica, nao me lixem!!Aquilo nao tinha nada mesmo nada a vêr com os anos 60!!!!Mas o Rafael està perdoado!!Foi INCANSAVEL!!!Para a proxima deixem-me ocupar da musica e verao!!!
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