Mais uma capa deliciosa. Já fazia todo o sentido uma coletânea em condições do Conjunto de Mário Simões. Mas pelos vistos as nossas editoras continuam a dormir na parada.
Não direi só do Mário Simões... Mas um CD de "conceito", dos chamados "conjuntos de boite" (Mário Simões, Eugénio Pepe, Jorge Machado, Galarza, etc), faria todo o sentido. O problema é que o mercado não está mtº para produtos de "nicho".
Há uma coisa que não entendo lá muito bem. Apesar da "crise", quem é que ainda assim tem algum poder de compra neste País? Não seremos nós, as gerações mais velhas? Os jovens, hoje em dia, não têm qualquer noção do valor que continuamos a atribuir aos nossos discos de coleção. Para eles a música significa ipod e downloads e o vinil continua provavelmente a ser sinónimo de rap e só serve para o Disc Jockey andar para ali a riscá-lo, de trás para a frente e da frente para trás. Então, se esta premissa é verdadeira (e eu julgo que é), porque é que as editoras não editam as "velharias" que a grande maioria de nós compraria sem hesitar? Ele há coisas inexplicáveis...
Sobre o comentário de JC, eu acrescentaria mais uns nomes, que tiveram preponderância nesta área musical: Hélder Martins, um excelente pianista, um entretainer por excelência, que devido a uma lei estranha no tempo da outra senhora, ordenava; - Para trabalhar como pianista tinha que ter carteira profissional e fazer exame, (sendo ele um bom pianista, falhou e não passou, não era um quintanista do conservatório), teve que ir para Moçambique sei por amigos e ex colegas da música que deu brado em Lourenço Marques. Talhado para a profissão era multifacetado, tocava também acordeão, cantava (bem).Muito branquinho, bem disposto (careca) conforme as músicas especialmente num chá chá chá"nicolassa"colocava várias cabeleiras, e fazia rir a assistência. Vi várias actuações deste homem, no BAILE das CAMÉLIAS, em Sintra uma das vezes com CARLOS MENEZES na guitarra e THILLO KRASSMAN, no baixo, acordeão, e vibrafone, não me lembro bem se era o RUEDA na bateria, e tinha também um saxofonista.Quase me apetecia dizer como o RUI VELOSO; já não há canções de amor como havia antigamente! Outros bons pianistas, da época: -Hélder Reis, José Mesquita, Júlio Carvalho,este último mais novo,(mas também andou por onde se fazia boa música), ainda no activo felizmente, e com quem toquei muitos e bons anos, se o quiserem ver vão ao hotel Palácio no Estoril. Falando de Orquestras, Jorge Costa Pinto, tendo-se destacado como baterista, era também maestro e pianista dirigiu muitas vezes em programas de televisão o seu OCTETO com muito bons trabalhos. No final da década de 50 inícios de 60 ainda haviam orquestras de bom valor que tinham trabalho, a Orquestra do Maestro Fernando de Carvalho, Tavares Belo, Ferrer Trindade, este último terminou a carreira no Casino Estoril, ficou lá até à reforma, e ainda outro grande músico FREDERICO VALÉRIO, que foi o único maestro português que esteve na Brodoway, e como bom Portuga deu com os burros na água com saudades veio-se embora. Parece que sou um dinossauro para falar destes nomes, mas tenho memória e acho que devem ser falados e respeitados.
Carlos Santos: assino por baixo, principalmente no que diz respeito a Rueda e Menezes. Rato: de acordo, mas penso somos - nós, os da música de colecção - um mercado demasiado pequeno para as principais editoras, as que têm esses nomes nos catálogos.
6 comentários:
E quem será a "dita-cuja"?
Mais uma capa deliciosa. Já fazia todo o sentido uma coletânea em condições do Conjunto de Mário Simões. Mas pelos vistos as nossas editoras continuam a dormir na parada.
Não direi só do Mário Simões... Mas um CD de "conceito", dos chamados "conjuntos de boite" (Mário Simões, Eugénio Pepe, Jorge Machado, Galarza, etc), faria todo o sentido. O problema é que o mercado não está mtº para produtos de "nicho".
Há uma coisa que não entendo lá muito bem. Apesar da "crise", quem é que ainda assim tem algum poder de compra neste País? Não seremos nós, as gerações mais velhas?
Os jovens, hoje em dia, não têm qualquer noção do valor que continuamos a atribuir aos nossos discos de coleção. Para eles a música significa ipod e downloads e o vinil continua provavelmente a ser sinónimo de rap e só serve para o Disc Jockey andar para ali a riscá-lo, de trás para a frente e da frente para trás.
Então, se esta premissa é verdadeira (e eu julgo que é), porque é que as editoras não editam as "velharias" que a grande maioria de nós compraria sem hesitar?
Ele há coisas inexplicáveis...
Sobre o comentário de JC, eu acrescentaria mais uns nomes, que tiveram preponderância nesta área musical:
Hélder Martins, um excelente pianista, um entretainer por excelência, que devido a uma lei estranha no tempo da outra senhora, ordenava; - Para trabalhar como pianista tinha que ter carteira profissional e fazer exame, (sendo ele um bom pianista, falhou e não passou, não era um quintanista do conservatório), teve que ir para Moçambique sei por amigos e ex colegas da música que deu brado em Lourenço Marques. Talhado para a profissão era multifacetado, tocava também acordeão, cantava (bem).Muito branquinho, bem disposto (careca) conforme as músicas especialmente num chá chá chá"nicolassa"colocava várias cabeleiras, e fazia rir a assistência.
Vi várias actuações deste homem, no BAILE das CAMÉLIAS, em Sintra uma das vezes com CARLOS MENEZES na guitarra e THILLO KRASSMAN, no baixo, acordeão, e vibrafone, não me lembro bem se era o RUEDA na bateria, e tinha também um saxofonista.Quase me apetecia dizer como o RUI VELOSO; já não há canções de amor como havia antigamente!
Outros bons pianistas, da época:
-Hélder Reis, José Mesquita, Júlio Carvalho,este último mais novo,(mas também andou por onde se fazia boa música), ainda no activo felizmente, e com quem toquei muitos e bons anos, se o quiserem ver vão ao hotel Palácio no Estoril.
Falando de Orquestras, Jorge Costa Pinto, tendo-se destacado como baterista, era também maestro e pianista dirigiu muitas vezes em programas de televisão o seu OCTETO com muito bons trabalhos.
No final da década de 50 inícios de 60 ainda haviam orquestras de bom valor que tinham trabalho, a Orquestra do Maestro Fernando de Carvalho, Tavares Belo, Ferrer Trindade, este último terminou a carreira no Casino Estoril, ficou lá até à reforma, e ainda outro grande músico FREDERICO VALÉRIO, que foi o único maestro português que esteve na Brodoway, e como bom Portuga deu com os burros na água com saudades veio-se embora.
Parece que sou um dinossauro para falar destes nomes, mas tenho memória e acho que devem ser falados e respeitados.
Carlos Santos: assino por baixo, principalmente no que diz respeito a Rueda e Menezes.
Rato: de acordo, mas penso somos - nós, os da música de colecção - um mercado demasiado pequeno para as principais editoras, as que têm esses nomes nos catálogos.
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