A edição de Agosto da "Record Collector" publica o que considera ser as 100 canções r&b que mudaram o mundo. A lista é arbitrária, pelo que não consigo publicitar as 20 mais.
Deixo os primeiros 10 exemplos, aleatoriamente (bom, para dizer a verdade dos que gosto mais):
I Put A Spell On You - Alan Price Set
Deixo os primeiros 10 exemplos, aleatoriamente (bom, para dizer a verdade dos que gosto mais):
I Put A Spell On You - Alan Price Set
It's All Over Now - Rolling Stones
I Hear You Knockin' - Dave Edmunds
House Of The Rising Sun - Animals
I Can't Stand It - Spencer Davis Group
Go Now! - Moody Blues
Baby, Please Don't Go - Them
Bring It On Home To Me - Sam Cooke
Good Morning Little Schoolgirl - Yardbirds
Green Onions - Booker T and the MGs
18 comentários:
Aí estão os Stones de volta à Record Collector!
Por falar em Stones, já vi a actuação deles no NME de 1964, Filhote, tocaram bem sim senhor, bela banda de.....covers !! Continuo a achar que os Beatles estavam na altura num patamar acima dos outros ;)
Não estava a falar de composição original, Kerouac... rsrsrsr... mas sim, de performance em palco... e nesse particular aspecto, os Beatles não tinham nada que se assemelhasse ao Mick Jagger... verdadeiramente bombástico... e também Brian Jones e Keith Richards... nessa vertente, os Fab Four eram fabulosos, mas não tanto assim!
De qualquer maneira, são duas bandas completamente distintas. Os Beatles, uma brilhante banda POP, os Stones, genuínos apóstolos do Garage-R&B-Rock'n'Roll-Soul!!!!
Concordo, foi mesmo só para te picar. Embora estranhe que em 64 eles não tenham tocado um unico original naquele concerto. Mas sempre tiveram uma maneira de estar em palco, uma atitude, diferente dos Beatles. E esta formação dos Stones, para mim, é a verdadeira. A que tinha...soul! Mas isto sou que não sou um fã de Stones, sou apenas um fã de 50s/60s ;)
eu prefiro manter-me calado... :)
vaquinha, nem um suave mugido para defender os Beatles?
A "rivalidade" Beatles-Stones foi sempre uma criação um bocado artificial, creio que lançada em primeiro lugar, ou pelo menos fortemente alimentada, pela revista francesa "Salut les Copains". Só que comparar coisas que não são comparáveis é sempre delicado.
Cada um dos grupos tem o seu lugar por mérito próprio, mas em termos absolutos basta pensar que durante muito tempo foram os Stones que andaram sempre a posicionar-se em relação aos Beatles, e não o contrário. Os Beatles criavam, os Stones reagiam. Parece-me que isto quer dizer alguma coisa.
O livro de memórias do Andrew Loog Oldham é esclarecedor a este respeito
Não posso estar mais de acordo, Queirosiano! Simples e objectivo!
LT
Exactamente, Queirosiano!
Os Beatles gravaram um disco de Blues, e os Stones copiaram. John Lennon largou a guitarra e desatou a dançar como nunca ninguém tinha feito, e Mick Jagger copiou-o. Os Beatles foram para os estúdios RCA gravar com Dave Hassinger uma canção sobre a insatisfação juvenil, e os Stones copiaram. George Harrison comprou uma sitar em Kings Road e Brian Jones copiou-o. O mesmo Harrison pegou numa panóplia de instrumentos, como Dulcimer, harpa, vibrafone, flauta, e Brian Jones copiou-o novamente. Os Beatles viajaram para o Brasil para conhecer a macumba e as batucadas, gravaram uma canção sobre a simpatia pelo Diabo, e os Stones copiaram...
Enfim, companheiros... há mitos urbanos que não se desfazem mesmo!!!
Para terminar: se estivessem auditivamente mais atentos, reparariam que os Stones na sua fase mais POP, e portanto alegadamente mais "colados" aos Beatles - circa "Between the Buttons" -, estão muito mais próximos do som dos Kinks do que de outra coisa qualquer. Onde é que vocês ouvem os Beatles nos discos dos Stones?
Mesmo em "Their Satanic", as influências chegam muito mais do underground londrino, via Pink Floyd e The Move...
E o que Andrew Loog Oldham diz sobre os Stones não se escreve. Ou por outra, ele escreve... e lê e acredita quem quer! O homem foi escorraçado da maior máquina de fazer dinheiro da História do Rock'n'Roll, e hoje refugia-se nas teorias "cientológicas" de L.Ron Hubbard...
Mas, Queirosiano, claro que concordo que Stones e Beatles são duas coisas não comparáveis.
Para além da referida influência da imprensa, julgo que o mito de os Stones "perseguirem" criativamente os Beatles se deve ao facto de os Fab Four terem sido os primeiros, escancarando portas e inspirando os seus contemporâneos a seguir em frente.
E, claro, colocando as questões criativas de lado, é óbvio que em termos de política de marketing os Stones reagiram sempre ao posicionamento dos Beatles. Basta lembrar como os Stones representavam uma espécie de "black version" dos Beatles.
Agora, ouvir a música dos Fab Four nos discos dos Stones nunca consegui ouvir... a não ser em "I Wanna be Your Man", por motivos óbvios... ehehehehehe!!!!
E já que estamos a falar de geniais "animais do antigamente", deixo aqui uma pista para dois geniais "animais do presente"... Alex Turner e Miles Kane, sob o disfarce "The Last Shadow Puppets"... o LP chama-se "The Age of the Understatement" e é de audição obrigatória... um som algures entre os Love de "Forever Changes" e Scott Walker, mas ao mesmo tempo verdadeiramente original... letras de primeira... oiçam!!!
Filhote, cinco longas tiradas para (não) responder àquilo que eu disse, é um bocado decepcionante. Mas pode acontecer, quando se confunde o essencial com o acessório.
De qualquer modo, em abono da sua posição, falta acrescentar que o Keith Richards inventou a guitarra eléctrica e que o Mick Jagger inventou o microfone para ficar reposta a verdade dos factos.
6 tiradas, para ser mais exacto Queirosiano, e não tão longas assim... isto para me cingir apenas ao acessório...
... embora "The Age of Understatement" seja um acessório essencial!!!
Engraçada esta ficção à volta dos Stones. "Garage-R&B-Rock'n'Roll-Soul", mais nada ? Parece-me que eles próprios não se reveriam nestas deturpações ditirâmbicas. Ou talvez o Jagger, que é megalómano.
Engraçado também o que eles penaram, em vão, à procura de um guitarrista capaz, sobretudo a partir do momento em que o Mick Taylor se fartou de fazer de artista de variedades.
Parafraseando o Jô Soares, tem fã que é cego..
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