E há 40 anos, em 1968, com 28 anos o canastrão galês passou férias no Algarve, na sua resideência de Albufeira.
O "Diário Popular" da época legendou esta foto: o popular trovador fez questão de se deixar fotografar com o pessoal feminino da sua casa algarvia.
A praia da Baleeira era a sua preferida.
Seis meses antes, Tom Jones tinha actuado na RTP.
O "Diário Popular" da época legendou esta foto: o popular trovador fez questão de se deixar fotografar com o pessoal feminino da sua casa algarvia.
A praia da Baleeira era a sua preferida.
Seis meses antes, Tom Jones tinha actuado na RTP.
17 comentários:
O Tom Jones sempre foi uma das melhores vozes do Blues britânico, a par de Van Morrison, Eric Burdon, e poucos mais... quem não acreditar que veja o documentário dedicado aos Blues britânicos na série dirigida por Martin Scorcese.
Infelizmente, ou talvez não, Tom Jones foi "desviado" para caminhos mais Pop.
Falta Long John Baldry, Filhote, que começou com Alexis Korner.
Abraço
E Chris Farlowe, my friends
O Martin Scorsese percebe tanto de Blues como eu de baseball!!Nao é por ter cantado 1 ou 2 blues nos anos 60 que se vai dizêr que o TOM JONES era uma voz representativa do British Blues!!!Alexis Korner sim e, sobretudo JOHN MAYALL!!
O John Mayall seria (e foi) muitas coisas no blues inglês, mas uma "voz" só em sentido figurado.
O Farlowe - de quem até gosto bastante - pouco andou pelos blues, Queirosiano, e até vem do skiffle. De acordo quanto ao John Mayall. E se começarmos a "estender" ainda falta o Cyril Davies.
É certo que o Farlowe começou no John Henry Skiffle Group, salvo erro, mas os discos dele com os Thunderbirds (Albert Lee incluído) foram das primeiras coisas boas que se fizeram no British Blues. O Stormy Monday Blues dele foi aliás das primeiras referências do género. Depois teve um "buraco negro" mais pop, no período em que gravou para a Immediate, mas acabou por voltar aos blues, até hoje. Portanto, penso que tem aí lugar por mérito próprio.
Quanto ao Cyril Davies, já não estamos propriamente a falar de vozes, mas de importância objectiva. Aí poder-se-ia incluir também o Graham Bond.
A série foi dirigida por Martin Scorsese, é verdade, mas o filme "Red, White & Blues", foi realizado por Mike Figgis.
LT
Antes de falarmos de Farlowe, falemos então de Mick Jagger.
E dos Rolling Stones.
Segundo John Mayall, o LP de estreia dos Rolling Stones (1964) foi a pedrada no charco do R&B britânico!
Antes do LP "The Rolling Stones", Alexis Korner e Cyril Davies eram as referências nos clubes - Jagger, Watts, Richards e Jones andaram por lá -, mas assumiam uma tendência mais Jazzística.
Depois desse LP, os Stones espalharam o som de Chicago e foram a referência de muitas bandas da época. Já repararam como a voz de Van Morrison em "Gloria" e "Baby Please Don't Go" se parece com a de Jagger?
Basta ouvir "I'm a King Bee" ou "Little Red Rooster" (single), na versão Stones, para confirmar a importância da banda na cena Blues britânica.
Bill Wyman afirma que "The Rolling Stones" é o primeiro LP inglês inteiramente de Blues... será mesmo?
Referi Tom Jones apenas como intérprete, como cantor no sentido literal. Não como catalizador de qualquer movimento Blues britânico.
Ou seja, quis apenas realçar o facto de que quando o charmoso galês abre as goelas para interpretar um Blues - muito raramente, de facto -, pouca gente lhe chega aos calcanhares...
Aliás, o mesmo pode ser dito a respeito de um velho amigo de Tom Jones: Elvis Presley!
De facto, tiveram o seu papel na cena blues. Mais R&B, diria. Não foram pioneiros, mas contribuíram fortemente. E cansaram-se depressa.
E então o que dizer dos Them em "Here Comes The Night"?
LT
Os Them são posteriores aos Stones. Na época, um mês ou ano de distância significava uma eternidade. E, ainda por cima, enquanto os Stones estavam em Londres, os Them vinham de Belfast, local bem mais remoto para a cena musical sessentista...
De acordo, Queirosiano, embora os Stones tenham sido pioneiros em pequenos detalhes...
Segundo John Mayall, Brian Jones foi o primeiro guitarrista a usar bottleneck nos clubes londrinos, seguindo as pisadas do ídolo Elmore James. Daí, a alcunha de Elmore Jones - isto, por volta de 1961/62. Dizem alguns, como Clapton, que Brian Jones era dos maiores entendidos e puristas quando o assunto era Blues.
Conversei por uma boa hora com John Mayall sobre estas questões aquando da visita dele ao Canecão. Há menos de um mês. Foi uma emoção, embora o show propriamente dito não tenha sido especialmente brilhante...
Não esquecer que os Stones são os primeiros a interpretar o Blues de Chicago na cena lodrina e que foram os primeiros ingleses a gravar nos Chess Studios. Sublinho que Cyril Davies, John Mayall e Alexis Korner eram de tal forma elitistas que negavam os méritos do Blues eléctrico de Chicago, e ignoravam artistas R&B como Chuck Berry.
Enfim, pioneiros para os ingleses, e para os adolescentes americanos de Nova York que nunca tinham ouvido a música da sua própria terra. Afinal, em matéria de Blues, os ingleses e seus derivados nada têm de pioneiros!!!
Quando falei de "Here Comes The Night", dos Them, de 1965, foi unica e exclusivamente por causa da imitação que Van Morrison faz da forma de cantar de Mick Jagger, como fizeste notar noutras canções.
LT
Peço desculpa, Ié-Ié, não tinha percebido...
Fui ouvir "Here Comes the Night" - já não ouvia há muito tempo -, e confirmei as semelhanças da voz de Morrison com a de Jagger. De facto!
Ainda sobre a canção, maravilhosa aquela "middle part", bastante Pop, quando o tempo dobra... sempre adorei os Them e toda a carreira posterior de Van "The Man"!!!
oh Malta!!!!
Tanta sapiência confunde-me!!!
Eu cá por mim,quanto a Blues fico-me pelo Alfredo Marceneiro um verdsdeiro homem dos "azuis".
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