O realizador Luis Buñuel disse:
Se o álcool é o rei, o tabaco é o seu consorte. É um companheiro dedicado para todas as ocasiões, um amigo fiel nos bons e nos maus momentos. As pessoas fumam para celebrar um momento feliz ou para esconder uma dor amarga. Esteja sozinho ou com amigos, é uma alegria para todos os sentidos. Que visão mais encantadora existe do que a daquela dupla fila de cigarros brancos alinhados como soldados em parada e envolvidos em papel de prata.
Segundo a revista “Sábado”, de 15 de Outubro de 2009, os telejornais, emitidos há 50 anos, tinham como cenário um enorme mapa-mundo e, na secretária onde se sentava o apresentador, estava um telefone cinzento e dois maços de tabaco das marcas “Porto” e “20 20 20”, os patrocinadoras do telejornal.
Ao tempo, a pose das figuras de televisão integrava o cigarro “como sinal de requinte e sintoma de segurança".
Se viram o filme de George Clooney, “Good Night and Good Luck”, que acompanha a luta de uma equipa de televisão da CBS contra o McCarthysmo, recordar-se-ão que o filme, a preto e branco, decorre, na sua maior parte, em estúdios de televisão e todo ele está envolvido em grandes fumaradas de cigarros.
Na década de 60, um pouco pelo mundo, a publicidade ao tabaco tinha, em jornais e revistas, anúncios de página inteira. Sempre a dar a ideia de que fumar transmitia classe e estatuto social, e era um prazer ao alcance de todos. Gente das mais diversas profissões apareciam a promover o consumo do tabaco. Certamente se lembrarão de um anúncio, aos cigarros “Porto,” em que um médico lembrava o prazer de os fumar.
Hoje ficamos com este anúncio da “Intar” do ano de 1968:
Um verdadeiro amigo. O convite para aquele jantar de aniversário era inesperado. O seu presente foi um verdadeiro achado. V. não lhe quis dar mais uma dessas coisas complicadas que nunca se usam. V. deu-lhe uma prenda prática e original. Ofereceu-lhe os seus cigarros extra-longos nas novas caixas de dez maços da INTAR.
Colaboração de Gin-Tonic
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9 comentários:
Os cigarros "Porto", com o mesmo "design", também se apresentavam na sua versão "Gigante". Custavam 9$50.
Estes pequenos textos, "Prazeres que Matam", formam das séries mais inspiradas da história deste blogue.
Parabéns Gin-Tonic!
este era um dos meus.
e nos tempos antigos nós traduzíamos PORTO por Portugueses Oprimidos Resolveram Tomar O Barco
numa referência ao assalto ao Santa Maria....
Caramba Filhote! Não deves consentir que a "Brahma" te suba desta maneira à cabeça...
Um abraço
Sempre ouvi dizer que INTAR era a sigla de Instituto Nacional dos Tesos Armados em Ricos
Não bebo Brahma, Gin-Tonic...
o que o filhote queria escrever era:
Não bebo Gin-Tonic, Brahma, ...
Ahahahah, bem apanhada, Muleta!
Belos tempos em que eu comia cigarros de chocolate "Porto"!
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