segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

PRAZERES QUE MATAM 08


Nas páginas de “O Independente”, s/d, o cronista Carlos Quevedo chegou a perguntar: “como se pode ser culto sem vícios?".

Eça de Queiroz falava do “pensativo cigarro” e entende-se que o escritor admitia que o cigarro o ajudava a pensar.

O jornalista Torcato Sepúlveda, já falecido, passou quatro anos sem fumar e garantia que, durante esse tempo, tinha “pensado pior”.

Vasco Graça Moura em artigo no “Diário de Notícias”s/d:
O tabaco faz parte de todas as formas da cultura dos últimos quatro séculos. Em livros, em filmes, em peças de teatro, em quadros, em fotografias... Muita gente lhe deve (e lhe devemos todos) inúmeras horas de criação exaltante. O mundo recebeu do tabaco benefícios sem conta. E, nessa medida, o tabaco até faz bem, pelo menos à saúde psíquica. Fumar ou não fumar, desde que o facto não incomode terceiros, diz apenas respeito ao exercício da liberdade individual.

O fundamentalismo odeia os mais simples prazeres da vida. Só pensa a vida em termos de vícios, ghettos e repressão. É ele que polui o mundo.

Contra esta jihad, afirmemos os benefícios do tabaco. Por muito mal que faça, o certo é que a mortalidade infantil nunca foi tão baixa e a duração média da vida humana aumentou tanto que até põe os mais sérios problemas à Segurança Social.

A jornalista Tereza Coelho, já falecida, no suplemento “Mil Folhas” do “Publico” s/d:

Estamos a aproximar-nos dos tempos em que a imagem do fumador vai ser essa. Um marginal expulso de casa e de todos os lugares onde estão os outros, sem ninguém falar com ele a não ser para lhe dizer que aquilo que faz é uma porcaria tão grande como lamber sola do sapato, de dedos amarelos, à chuva, a cheirar a tabaco velho e molhado, tentando nervosamente acender cigarros húmidos, sentado num banquinho. E nessa altura ficaremos a saber que regressámos à Idade Média.

Colaboração de Gin-Tonic

30 comentários:

JC disse...

1. Continua a existir um equívoco: ninguém proibiu ninguém de fumar.
2.Nada tenho contra os vícios; até terei bem mais contra as chamadas virtudes. Pura e simplesmente, o tabaco não faz parte dos meus vícios e acho será um atentado á liberdade individual obrigar terceiros a compartilhá-lo (esse ou qualquer outro)

filhote disse...

JC,

1. Equívoco? "Ninguém proibiu ninguém de fumar"? Errado. É proibido fumar em qualquer local público fechado. Ou não?
( e eu sei o que sofro nos aeroportos...)

2. Estou completamente de acordo que é um atentado obrigar terceiros a suportar o fumo do tabaco. Mas, e se os terceiros não se importarem? E se o local, apesar de público e fechado, permitir a convivência de fumadores e não-fumadores?

Abraço!

filhote disse...

Mais: acham normal ser proibido fumar numa arena em que se celebra a música dos Rolling Stones, e, no palco, Keith e Ronnie devoram cigarros uns atrás dos outros?

Aliás, faz sentido um show de Rock'n'Roll sem fumo (seja ele qual for)?

asd disse...

no tags no vicios

Anónimo disse...

Resolve-se o problema não indo às arenas dos Rolling Stones. Como música, não traz nada de novo. Como circo, há melhor.
Portanto, só lucro.

JC disse...

Caro Filhote: Ninguém proibiu ninguém de fumar desde que não incomode os outros. Princípio básico da liberdade. Podes fumar em casa, na rua, etc.Por exemplo, eu, que gosto de ouvir música alto, a partir das 21h não o faço por respeito para com os vizinhos. Lembro-me bem quando passava a vida em aviões o que era o sacrifício, mesmo viajando em não-fumadores (por vezes, calhava-me apenas uma ou duas filas à frente da secção "fumadores"). Ou o que eram reuniões de trabalho, por vezes longas, c/ gente que fumava. Ou o que uma amiga minha que foi ver o Portugal-Hungria e levou ao lado c/ um fumador compulsivo passou durante o jogo.
Certo: se os 3ºs não se importarem... Mas, que eu saiba, as normas do Direito são gerais e abstratas; nem poderiam ser de outra maneira.
Atenção: há lugares públicos c/ espaço reservado para fumadores e a lei estipula a que condições devem obedecer.
Abraço

gin-tonic disse...

Gente sem vicios e a não gostar de "Rolling Stones"?
Ora aí está algo que não augura na de bom.

gin-tonic disse...

Tendo declarado que não é fumador, permite-se ter a opinião que os fumadores passaram a ser tratados como párias.
Ninguém desconhece que fumar faz mal. Apenas gostaria de ter visto o governo tratar outros problemas, bem mais prioritários, com as listas de espera dos hospitais. Ainda hoje soube que a médica de família vai pedir a reforma antecipada, com ela mais quatro e no mesmo centro de saúde, por terem atingido situações limites de falta de condições de trabalho. Quem as vai substituir perguntou. A solução deverá recair noa tamantar de outros médicos do centro que já têm doentes em excesso.
Alguém que um dia foi ministro da deste páis, que dizia que o ordenado de ministro não lhe chegava para comprar charutos, afirmou que quem quer saúde paga-a! Mas pagá-la como?
Preocupa-se a cidade com os sem-abrigo, com quem já passa fome, sim, fome? Não, precupam-se em trazer um circo de aviões para o Rio Tejo que vai custar balúrdios.
Tudo isto é um pouco demagógico, é verdade, mas todo este processo da lei anti-tabaco, a exemplo de outras leis, foi todo feito em cima do joelho.
Acima de tudo chatei-o que o governo, ou alguém por ele, se permita controlar a vida dos cidadãos.

Anónimo disse...

“And in the end
The love you take
Is equal to the love you make”
Lennon-McCartney
In “The End” a última canção do último álbum (concebido, não u último publicado) dos Beatles, “Abbey Road”

A liberdade de fumar é incontestável.
Na rua, em casa, em recintos fechados onde foram aplicados os requisitos legais, ao pé de não fumadores complacentes, ou mesmo em recintos proibidos se ninguém puder ver o infractor, etc . etc..
O somatório de todos estes lugares deve rondar muito mais que 99% do planeta Terra – esqueci-me do espaço sideral e da Via Láctea.

Pretender fumar em locais públicos e fechados, obrigando os restantes não fumadores à inalação passiva é outro fundamentalismo.

É incontestável que existem casos de patologias graves derivadas da inalação passiva.

Como é possível criticar um pretenso fundamentalismo por antitabágico e, ao mesmo tempo, defender outro fundamentalismo, o do direito inalienável a poluir o terceiro não fumador ?

Which love you make ? And What You take ?
The End
JR

M.Júlia disse...

Concordo em absoluto com o comentá-
rio de Gin-Tonic das 15:24.

Anónimo disse...

Mais uma causa "fracturante" ? A avaliar pela amálgama e pela demagogia que por aqui vão, as coisas estão bem encaminhadas.

Pena o bom-senso do JC ser menos sexy que uma espécie de politicamente correcto ao contrário.

ass) Um fumador a quem a lei não incomoda e que se esforça por não incomodar os outros.

JC disse...

Pois eu discordo em absoluto (desculpa lá, Gin-Tonic). Não é por causa das leis anti-tabaco, do casamento gay, etc, etc, que outros problemas se não resolvem. Não se resolvem por outras razões, que não cabe agora aqui discutir pq envolvem concepções políticas de fundo.
E não se pode misturar a saúde, o tabaco, a Red Bull Air Race e o diabo a sete, tudo no mesmo saco, sem que saia... demagogia. Que raio, meu caro Gin -Tonic, desculpa lá mas não és o "povo da SIC"!

gin-tonic disse...

É óbvio que esta lei anti-tabco é uma história interminável e em que os exageros são pertença das duas partes.
Claro que ninguém proibiu que se fumasse na rua, em casa, (aqui há-de aparecer uma história que aconteceu ao jornalista Rui Baptista,) onde não se incomode segundos ou terceiros.
A questão está em que a lei proibiu que os donos dos cafés, dos restaurantes, dos dancings, dos bares escolhessem a modalidade que queriam oferecer aos seus clientes. Essa de haver espaços reservados para fumar é uma treta. Nem todos os establecimentos têm espaço suficiente para o criar e outros nem sequer capacidade económica para montar os equipamentos especiais, as lcenças, tudo o que a ASAE exige para o efeito.
A lei espanhola permite isso, ou deixou de permitir, segundo informe de (S)Lb, ainda não confirmado...
Chegado aqui apetece-lhe citar a velha máxima do Voltaire, e quando a filosofia entra, o caso muda de figura (risos): "Não concordo com uma única palavra do que diz, mas defenderei até à morte o seu direito a dizê-la"
Trocando por miúdos defende, apenas, o direito que haja estabelcimentos onde os clientes podem fumar e os outros disso estejam devidamente avisados.
Aqui, em Dublin, onde calhar...
Há uns tempos atrás, Francisco José Viegas, participou em reuniões em Nova Iorque que terminaram numa jantarada. Findo o dito, uma grupo começou à procura de uma sala onde pudessem fumar, mas não encontraram nada. Até que um empregado os conduziu a uma sala onde sobre uma mesa havia uns fios de cocaína que se destinavam aos convidados. Recusram e disseram que, apenas, queriam fumar O empregado de imediato: "Ah! fumar é proibido!"

filhote disse...

JC:

1. Mantenho que é PROIBIDO fumar em qualquer local público fechado. Com isto não afirmo se sou a favor ou contra. Apenas constato a realidade. É PROIBIDO! Pelo menos, no Rio de Janeiro, onde resido.

2. Não é PROIBIDO ouvir música alto, às 2h da manhã, em qualquer residência particular. Isso não é verdade. Somente é proibido se a residência for "colada" a outras residências e o som for perturbador para terceiros. Em casa do meu pai, em Portugal, ouve-se música a qualquer horário, a qualquer volume...

3. Chegamos então à mesma questão... por que não fumar num local público fechado se não estiver presente um terceiro, se o fumo não incomodar o terceiro, ou se o terceiro também quiser fumar? E mais: se todos os locais públicos fechados são para não-fumadores, por que não permitir a existência de locais para fumadores (restaurantes, boites, etc, etc).

4. É curioso que em todos os Cabarets de Lisboa ainda se fuma à vontade, e não consta que existam reclamações... enfim, o cigarro passou mesmo a ser clandestino!

Grande abraço!

JC disse...

Tudo certo, caro Filhote, mas já viste a confusão que era determinar se estava um terceiro (ou terceiros) e se este, ou estes, não se importavam? Seria inaplicável.
"E o Rio de Janeiro continua lindo"? Isto apesar de estar longe de ser uma das minhas cidades favoritas...

JC disse...

Já agora: existem uma série de restrições nos recintos desportivos, por exemplo: não se servem bebidas alcoólicas, não se podem usar guarda-chuvas, etc. Tb existem locais que exigem um determinado "dress code", outro exemplo. Ou a proibição total da droga, essa sim, uma proibição efectiva. Porque é que, nestes casos, não vejo tanta gente bradar contra a restrição das liberdades?

Anónimo disse...

Outra coisa é a pertinente questão agora colocada e claramente isolada por Gin-Tonic, a que se cinge aos estabelecimentos aparentemente prejudicados pela lei actual , já que, não se deverá aferir o mérito de uma lei geral e abstracta pelo único interesse de um dos afectados.

De facto, se vestirmos a pele de um investidor de um desses estabelecimentos, sem possibilidade prática de o reconverter em função da lei ,que de um momento para o outro, vê a sua clientela, sobretudo a que fuma, - e o investimento – a esfumar-se, não bastando já os efeitos da actual crise e a menor procura devido às novas tecnologias caseiras, máquinas Nespressos e Delta Qcool - a publicidade não é intencional -.

Escalado este problema a uma dimensão nacional e ao dramatismo do desemprego tecnológico temos a insolvência generalizada do ramo, e UM GRANDE PROBLEMA, naturalmente objecto de interesse público, tão relevante quanto os interesse sanitários que informam a lei do tabaco.

Como conciliar o interesse sanitário e da economia , salvaguardando ainda as liberdades dos fumadores e não fumadores. ?
Uma solução, já que as leis devem ser flexíveis permitindo o seu aperfeiçoamento, é a atenção ao Direito Comparado. Se o modelo espanhol, ou outro, se revelar mais ajustado a estes interesses conflituantes, dever-se-ia proceder aos respectivos ajustes.
Haja flexibilidade para tal, uma qualidade tão apreciável quanto o rigor.
Quanto ao resto, liberdade para o fumador e também para o não fumador que - tentando imitar o exercício hiperbólico das citações do post - o mais remetido ao “guetto” de ter que inspirar o inspirado e expirado de outrem.
JR

JC disse...

Vamos lá ver uma coisa: em teoria o JR tem razão. Mas já ouvi da própria ARESP uma declaração frisando que a lei do tabaco não tinha prejudicado significativamente a hotelaria. E isso da crise, que só existe para quem não está no desemprego ou em "lay off" (os restantes ganharam poder de compra e é ver o valor record das transações multibanco no Natal), tb tem as costas largas. Vamos pois lá deixar dos choradinhos de Calimero do costume e andar para a frente.
Quanto a trabalhadores despedidos por causa do tabaco, admito exista um ou outro empresário idiota que o faça, e o caso da Impala, citado no "post" do Kart é um exemplo: só quem não souber quem é o "dito cujo" se espantará: se não fosse por isso seria por outra coisa, pois a Impala é o mau exemplo de uma empresa caracteristicamente "hire and fire"! Mas um ou outro caso não fazem regra e não me consta nem nunca ouvi a sindicatos o problema, de facto, exista. Além de tudo o mais, convém sempre saber ao certo, ouvindo ambas as partes, das verdadeiras razões. Conheço suficientemente bem empresas, empresários e sindicatos e já tenho o rabo mtº pelado... Os fumadores façam pois o favor de se deixar de fundamentalismos.

filhote disse...

JC, o Rio de Janeiro permanece deslumbrante. E então nesta época... ainda hoje, dei um belo mergulho no mar quente e transparente de Ipanema... paraíso na Terra!

Jack Kerouac disse...

Oh Cristo !! Em que país é que aumentou o poder de compra ???? em Portugal ? JC tu és o Luís Delgado do Sócrates, consegues ver coisas que mais ninguém vê :)

JC disse...

JK: globalmente claro que o PIB diminuiu. Mas eu disse "para quem não está no desemprego ou em lay off". Como sabes, para a FP o aumento salarial foi bem superior à inflação e as taxas de juro caíram abruptamente. Ora quase todas as famílias têm pelo menos um empréstimo. O que se passou genericamente é que, com medo da incerteza futura, mesmo quem aumentou de rendimento disponível (todos os que não estão no desemprego ou em lay off, repito, já que mesmo os que não receberam aumento viram o seu rendimento disponível subir por via de uma inflação negativa) preferiu poupar (excepto no Natal em que a transações aumentaram). E não, não sou o Luís Delgado do José Sócrates: isto é um dado estatístico incontornável e nada tem a ver c/ o JS. 1º Se ele tivesse previsto uma inflação negativa os aumentos salariais teriam sido + baixos, apesar de sempre superiores à inflação como medida para combater a crise e pq era ano de eleições. 2º a baixa das taxas de juro, para combater a crise, é uma medida da responsabilidade do BCE. O JS nada tem a ver c/ tal assunto. Certo, JK? Que raio, o homem (JS) não é Deus nem o Diabo!

Jack Kerouac disse...

Ou seja, tirando todos aqueles que perderam poder de compra, os outros estão melhor. Entendo :)

JC disse...

Como queiras...

ié-ié disse...

É sabido, é público e notório! Basta ver os recordes do Multibanco no Natal. Nunca se gastou tanto dinheiro. Quem tem a sorte de não estar desempregado viu de facto aumentar o seu poder de compra: a inflação foi negativa, aumentos salariais, baixa considerável no crédito à habitação...

A desgraça, infelizmente há sempre uma desgraça, é o aumento recorde do desemprego.

LT

JC disse...

De acordo, LT. Mas, já agora, gostava que alguém me explicasse como se altera o modelo de desenvolvimento de um país - da produção de bens de baixo valor acrescentado graças a baixos salários para uma economia com maior incidência do conhecimento e da informação e, portanto, capaz de pagar salários mais elevados - sem aumentar o desemprego e,em grande parte, sacrificar uma geração, principalmente se a tal se junta a maior crise mundial desde a WWII.

Jack Kerouac disse...

Curioso, aumento de poder de compra notório pelos movimentos de MB, belo indicador. Até porque ninguém ouviu aqui falar em crédito ao consumo, e no endividammento das famílias, com prestações acima dos rendimentos.
Quanto ao último comentário do JC, só me ocorre uma frase que o meu Pai usa muito "Pimenta no cu dos outros é refresco!".

JC disse...

JK: o movimento do MB é apenas um indicador, de acordo que pouco relevante e sujeito aos erros que mencionas, embora ninguém conceda crédito a quem está no desemprego ou sujeito a "lay off" - ou em risco disso. O essencial - e eu disse-o - é fazer contas mtº simples, comparando o aumento dos salários c/ a inflação e a taxa de juro. Matemática!
Pois claro que "malagueta no cú dos outros não arde" (é o original português), mas preferia me explicasses como farias a reconversão s/ desemprego. Ganhas o Nobel da Economia, garanto-te. Bom, onde os cigarros foram chegar!

Jack Kerouac disse...

Sim, mas explica-me primeiro como é que essa conversa da tanga, que já é usada desde o tempo da revolução Industrial, nos vai agora sim levar ao sucesso. É que o modelo de desenvolvimento que tu apregoas como sendo o mais adequado, é o mesmo que nos trouxe aqui. É o mesmo que nos tem ciclicamente conduzido ás crises e aos sucessivos sacrifícios de gerãções, ou parte delas, porque há sempre a minoria que gere isto, e que passa bem com as crises ou não crises. Os aumentos brutais que tu falas, na FP, são realmente acima da inflação, mas no bruto a grande maioria situam-se entre os 20 e os 40 eur, é uma brutalidade a mais que dá um poder de compra acrescido extraordinário. Não entendo como é que depois de mais de cem anos, tanto génio da gestão e da finança nos continue sempre a levar para o mesmo sítio. Afinal a crise foi gerada por qual modelo ? Eu sei que para um beber Barca Velha, há 10 que têm que beber carrascão e mais 20 que têm que beber água da chuva, segundo este modelo claro.
Mas eu dou-te um indicativo mais preciso do tal poder de compra, cada vez acontecem mais cortes de fornecimento de serviços básicos, no caso concreto do Gás Natural, por facturas não pagas, e diariamente aparecem pessoas a pedir acordos de pagamento da dívida vencida, além dos que têm que esperar até receber para serem religados, por não conseguirem pagar. Será tudo por má gestão doméstica ? parte sim.
Acesso ao crédito a quem não pode pagar ? Hoje em dia o que há mais é empresas a dar crédito quase sem pedir garantias, o juro que cobram é tão alto, que cobre a dívida não cobrada. Além de qualquer pessoa ter conta ordenado, cartão de crédito para lá dos cartões para consumo das gasolineiras, hipermercados e grandes cadeias. Isto são realidades.

JC disse...

JK: Não estou, como sabes, a furtar-me à discussão. Mas acho é melhor a "dita" passar para próximos tremoços. Caso contrário, não faço mais nada na vida. Torno-me um parasita e mandas-me logo para "el paredón". E por acaso não tenho actualmente nenhuma garrafa de "Barca Velha", caso contrário, e com ela à nossa frente, a discussão política teria ainda melhor sabor!
Abraço

Jezebel disse...

É o modelo de desenvolvimento da Ónião Soviética, ihihihi...

Jezebel