À tarde terminei de ler a Autobiografia de Pattie Boyd e à noite fui ver Rita Lee no Coliseu, em Lisboa.
What?
Modelo, fotógrafa, musa de dois dos principais guitarristas britânicos, George Harrison e Eric Clapton, Pattie Boyd é uma das ícones dos anos 60, rainha da swinging London.
Música, cantora, compositora, ex-Mutante, Rita Lee é também uma figura incontornável dos anos 60 no Brasil, rainha do psicodelismo.
Duas mulheres combativas que não precisaram de um Congresso Feminista para afirmar a sua autonomia e independência, a sua condição de mulher cidadã do Mundo, detentora dos mesmos direitos e deveres do Homem.
Dos monstros sagrados brasileiros que me interessam, acho que Rita Lee era a única que não tinha ainda visto ao vivo. Não tinha grandes expectativas. Só com a minha presença queria prestar a minha homenagem à ex-Beatle brasileira.
O concerto valeu pelo público brasileiro que entoou em uníssono as canções de Rita Lee, algumas das quais, confesso, nunca tinha ouvido. Foi bonito de ouvir. Rita deve ter ficado feliz, ficou, porque o expressou.
A primeira parte é uma espécie de music-hall, com um bom naipe de músicos, onde despontam o marido, Roberto de Carvalho, e o filho, Beto Lee.
A segunda parte - o encore - foi mais interessante, mais rock, com Rita Lee também ela a envergar uma guitarra e a discorrer um mini-best of da sua carreira.
Algumas canções que detectei: "Flagra", "Romântica", "Ovelha Negra", "Amor e Sexo", "Roll Over Beethoven" (numa homenagem a Chuck Berry - fez o passo de ganso e tudo) - "I Want To Hold Your Hand", dos Beatles, na versão forró de Renato e seus Blue Caps, "Tão" (canção nova dedicada às "pessoas boas demais"), "Doce Vampiro", "Mania de Você" (transformada em "Maria Lisboa"), "Poison Ivy", "Papai, Me Empresta O Carro", "Banho de Espuma", "Lança Perfume".
Pattye Boys confessou que uma das viagens que mais a maravilhou foi ao Brasil com Eric Clapton.
Depois de Pattie Boyd e de Rita Lee, fiquei mais tranquilo.
6 comentários:
Ele há coincidências... O último Uncut é dedicado ao George Harrison, CD incluído.
Pattie Boyd que terá sido inspiração para, pelo menos, dois dos grandes êxitos de Clapton, Layla (e, já agora, todo o "Layla and Other Assorted Love Songs", 1970, sob o nome Derek and the Dominoes) e Wonderful Tonight.
Clapton, que a terá "roubado" de Harrison, segundo conta o maravilhoso pagão do rock n' roll, depois de um duelo de guitarras entre as duas deidades musicais...
A Rita Lee tem um disco de versões de temas dos Beatles.
Há quem tenha detestado o resultado.
Qual é a vossa opinião (Vedeta ou marreta ?)
Coincidência, ao iniciar o computador abro o iTunes e das minhas atuais 334 canções nele começo por "Layla" vou a Internet ler o seu blog e o que vejo?
Esse post sobre Pattie Boyd e Rita Lee.
A questão George-Boyd-Eric não é tão simplista como as pessoas a tomam e não tem a ver com um duelo de guitarras que houve, é certo, mas noutro contexto.
Confesso que também nunca tinha encaixado muito bem esta história. É preciso ler os livros de Eric e de Pattie para a perceber. Também neste aspecto me sinto agora mais tranquilo. Ah! Não houve qualquer "roubo".
PS - eu gosto do disco de versões da Rita Lee.
LT
Oi, que coisa boa descobrir esse blog.
Sou Norma Lima, me dedico, no Brasil, a divulgar a obra de Rita Lee, de quem sou fã desde 1975,
Te convido a visitar meu blog sobre ela:
http://ritalee.blog.terra.com.br
O site dedicado a ela:
www.fcfrutoproibido.mus.br
Sou professora universitária, adoro a Literatura de Cabo Verde!
Abraços! Visite-me.
Meu e-mail: limaescrita@yahoo.com.br
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