sábado, 7 de novembro de 2009

REABILITAÇÃO URBANA


Avenida de Pádua, em Lisboa.

1 comentário:

Anónimo disse...

A União de Transportadores para Importação e Comércio (UTIC) foi fundada em 1944, em Lisboa. A UTIC foi formada pelas principais empresas rodoviárias de transporte de passageiros com o objectivo de obter peças a preços competitivos para os seus autocarros, principalmente pneus, atendendo ao período conturbado que o país e o resto do mundo. Após a Guerra, a UTIC passou a importar chassis directamente aos fabricantes, sendo as carroçarias construídas pelos seus membros. A primeira grande série de chassis importados foram Macks de origem americana, entre 1947 e 1948, seguindo-se 30 Guy Arab III 6LW, em versão de exportação com com volante à direita e que também foi utilizado em grandes quantidades na Holanda e na Bélgica.

De modo a responder às necessidades das empresas rodoviária, a UTIC optou por passar a construir as suas próprias carroçarias. Para tal inaugurou em Lisboa - Cabo Ruivo uma fábrica. Posteriormente construiu uma outra nos arredores do Porto, em Laborim, que com alguma autonomia, construiu os seus próprios modelos.

Com as nacionalizações posteriores ao 25 de Abril o capital da UTIC passou a pertencer ao Estado. Em 1985, como forma de superar dificuldades financeiras, a UTIC dividiu-se em 19 empresas. Duas delas passaram a dedicar-se exclusivamente à construção de autocarros. A fábrica de Cabo Ruivo passou a denominar-se GRAFAL e a de Laborim, Faborim. O capital da UTIC era detido, em 47%, pelo Estado. Esta situação foi de pouca dura, já que em 1992 a UTIC encerrava a sua produção.

Destaca-se no entanto a Martins & Caetano que, apoiando-se em pequenas oficinas e garagens sediadas no concelho de Vila Nova de Gaia, desenha e constrói os seus próprios autocarros. São utilizados essencialmente chassis Volvo, enquanto que a UTIC utilizava maioritariamente chassis e motores AEC. Muitas empresas de camionagem continuavam a reconstruir os seus próprios veículos nas suas oficinas. Apenas a UTIC apresentava uma dimensão razoável, possuindo duas unidades fabris: uma em Laborim, nos arredores do Porto e uma outra em Cabo Ruivo, em Lisboa.
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