Não era seu fã (não percebia nada do que dizia nem alinhava nos mesmos gostos musicais), mas curvo-me perante a sua memória.
António Sérgio, 59 anos, morreu hoje de manhã, vítima de problemas cardíacos.
Começou com o Pai em 1968 na Rádio Renascença. Os seus programas mais emblemáticos foram "Rotação" (1977-1980), "Som da Frente" (1982-1993), "Lança Chamas", "Grande Delta" (1993-1997, XFM) e "Hora do Lobo" (1997-2007), no Rádio Clube Português/Rádio Comercial.
A António Sérgio se deve também a descoberta dos Xutos e Pontapés, de quem produziu os dois primeiros singles, "Sémen" (1981) e "Toca e Foge" (1982), e o primeiro LP, "Rotação" (1982).
Os Xutos retribuíram com a gravação do indicativo de "Som da Frente", incluído na colectânea da imagem.
Foi co-fundador do jornal Blitz (1984).
António Sérgio, 59 anos, morreu hoje de manhã, vítima de problemas cardíacos.
Começou com o Pai em 1968 na Rádio Renascença. Os seus programas mais emblemáticos foram "Rotação" (1977-1980), "Som da Frente" (1982-1993), "Lança Chamas", "Grande Delta" (1993-1997, XFM) e "Hora do Lobo" (1997-2007), no Rádio Clube Português/Rádio Comercial.
A António Sérgio se deve também a descoberta dos Xutos e Pontapés, de quem produziu os dois primeiros singles, "Sémen" (1981) e "Toca e Foge" (1982), e o primeiro LP, "Rotação" (1982).
Os Xutos retribuíram com a gravação do indicativo de "Som da Frente", incluído na colectânea da imagem.
Foi co-fundador do jornal Blitz (1984).
9 comentários:
Dedicou quase toda a sua vida à
rádio. Por isso lhe rendo a minha
homenagem. Gravou ontem um programa
(o último). Hoje já não existe. A
brutalidade da morte, que vem assim
tão de repente.
Possivelmente o último representante do que se convencionou chamar "programas de autor".
Até há dois anos mantinha na Rádio Comercial "A Hora do Lobo". Então uns analfabetos mudaram a grelha da estação e bolsaram que o programa de António Sérgio não se inscrevia nas caracteristicas da nova estção.
Esta rarapaziada que se vende às editoras, campeÕes de playlists não sabe o que é a rádio. Para eles a rádio é um gira-discos, um microfone aberto para mandarem piadas foleiras e risinhos idiotas...
António Sérgio era um profissional,
um homem que gostava de músicas, que respeitava os ouvintes, competente em tudo o que fez.
Necessariamente ficámos mais pobres. Todos os que ao longo dos anos fizeram da rádio uma compaheira.
Rádio que há muito já não existe.
O John Peel português
Ou seria o John Peel o António Sérgio inglês
RIP
último representante do que se convencionou chamar "programas de autor ???
Ainda temos Henrique Amaro, Álvaro Costa, ...
O facto de não ouvir rádio com regularidade, e o que ouve resumir-senoites desportivas da "Antena 1", levou-o a escrver "possivelmente", porque não pode falar do que não conhece...
Subscrevo, na totalidade, as palavras do primeiro comentário de Gin-Tonic.
Os meus sentimentos pela partida de António Sérgio.
Do blitz:
O radialista António Sérgio , uma das figuras mais importantes na divulgação de música em Portugal, faleceu este Domingo cerca das sete da manhã, aos 59 anos, de forma inesperada.
Na próxima semana, o programa de António Sérgio na Radar - " Viriato 25" - será emitido como habitualmente, pois já se encontrava gravado.
António Sérgio foi o mais importante divulgador de música "da frente" desde os anos 70 em Portugal. Na Rádio Renascença ou na Rádio Comercial,e posteriormente na XFM, Best Rock e Radar, foi autor de programas, juntamente com Ana Cristina Ferrão, que marcaram gerações e abriram Portugal à música mais aventureira produzida no mundo.
Programas como Rotação (de 1977 a 1980), Rolls Rock, Som da Frente (de 1982 a 1993), Lança-Chamas, O Grande Delta (de 1993 a 1997) e, ultimamente, A Hora do Lobo ou Viriato 25 abriram os ouvidos de milhares de portugueses ao longo das décadas, sobretudo numa época em que o acesso ao "novo" era tarefa dificultada pela não existência de discos à venda em Portugal , ou programas de rádio em consonância com aquilo que se fazia "lá fora".
Trabalhou ainda com as editoras Nébula e Música Alternativa.
Do blitz (parte 2)
António Sérgio colaborou durante vários anos com o jornal BLITZ , onde era responsável pelo suplemento mensal Manifesto. Trabalhou também na indústria discográfica, sendo autor da polémica edição da colectânea Punk Rock 77 , um caso que chegaria aos tribunais. Na editora Nova foi um dos produtores do álbum "Música Moderna", dos Corpo Diplomático, que mais tarde dariam origem aos Heróis do Mar. Dirigiu o selo Rotação da editora Rossil, onde se estrearam uns tais Xutos & Pontapés , com o single Sémen . Sérgio seria aliás creditado como produtor do primeiro álbum da banda. Os Xutos seriam, por sua vez, os autores do genérico do programa de rádio O Som da Frente.
Premiado com um Globo de Ouro da SIC na categoria de Rádio, António Sérgio completara, em 2008, 40 anos dedicados àquele ofício e foi considerado pela BLITZ uma das 50 personalidades mais importantes da música portuguesa. Ainda este mês, participara na eleição dos melhores discos de sempre da música portuguesa, iniciativa que marcou os 25 anos de BLITZ.
Pela sua importância na divulgação musical e pela paixão pelo rock, António Sérgio era conhecido como "O Mestre" ou "o John Peel português".
Extracto de entrevista
http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/14950
Homenagem de Xutos, David Fonseca, António Freitas
http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/53696
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