quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PARKER 51


Contrariamente ao que o nome sugere, a Parker 51 não foi criada em 1951, mas sim 12 anos antes, em 1939.

De acordo com a lenda, a caneta foi concebia por Lászlo Moholy-Nagy, mas, de facto, foi o resultado da imaginação de Kenneth Parker, o dinâmico presidente da Parker Pen Corporation, do engenheiro de investigação Marlin Baker e do advogado especialista em patentes Ivan Teft.

A criação também teve a ajuda do químico Galen Sayler que inventou a tinta com auto-limpreza Super Quink a que associou o novo plático da DuPont, chamado Lucite.

A Parker 51 foi a primeira caneta de tinta permanente de Lucite com tinta Super Quink.

O nome "51" foi escolhido porque era a idade de Parker em 1939 e porque era facilmente traduzível para outras líguas com vista à sua comercialização no estrangeiro.

Uma explicação alternativa é a de que Kenneth Parker terá visto um sinal de auto-estrada que referia "US 51", ao lado da primeira fábrica de Parker.

in "Design, 1000 Objectos de Culto", volume cinco, Phaidon, 2009

11 comentários:

JC disse...

Nos meus tempos de instrução primária, havia a 21 e a 51. A minha primeira foi uma 45, já nos 1ºs anos de liceu, comprada pelo meu pai numa visita aos Açores, na base americana das Lajes. Ainda hoje escrevo (pouco ou nada escrevo s/ teclado, no entanto) com uma Parker lacada de tinta permanente.
O P51 Mustang foi talvez o "caça" americano mais famoso da WWII, pois acho terá sido o primeiro c/ autonomia suficiente para acompanhar os bombardeiros aliados Lancaster (inglês) e B17 (americano, o B é de Boeing)nos bombardeamentos em território alemão.

josé disse...

O que a gente aprende! A minha primeira de tinta permanente e que me borrava sempre os dedos, foi uma Waterman.

Simples, das baratas mas que foi uma descoberta porque símbolo de escrita cuidada, aos dez, onze anos. Perdi-a, estraguei-a, não sei o que lhe sucedeu. Tenho pena.

Sei que há verdadeiros maníacos destas máquinas de escrever portáteis, do tempo em que a escrita manual era uma arte.

E lá pelos anos noventa, cheguei a comprar uma Duofold ( Parker) para oferecer em nome de vários a um dos nossos que partia para outro lado, trabalhar e que apreciava essa escrita.

Ainda haverá disso?

Jack Kerouac disse...

Embora o B-17 seja de facto da Boeing, a letra B associada a aviões militares aliados, ou posteriormente da Nato, significa que se trata de um Bomber, bombardeiro, assim como a F significa que se trata de um Fighter ou a P que se trata de um avião de Patrulha Marítima ou os C que são os aviões de carga ou transporte. Não é verdade camarada Litó ?? :)

JC disse...

Admito que tenhas razão, JK, mas não estou certo. O P51 Mustang era um "caça" (disso não tenho dúvidas), o mesmo acontecendo com o P40 Kittyhawk (aquele com os dentes de tubarão) ou Warhawk, por exemplo. Por outro lado, dando-te razão, o B25 Mitchell era da North American Aviation e não da Boeing. Já depois, na Coreia, c/ os jactos, o "Sabre" era, de facto, F86 e o Super Sabre F100. Quem quiser esclarecer...

Rato disse...

Também tive uma Parker 45. Julgo até que era muito mais popular do que a 51. Ou pelo menos mais conhecida e/ou baratucha

JC disse...

Era um pouco mais barata e apareceu posteriormente à 51, se não estou em erro. Mas penso nunca foi tão popular ou, pelo menos, tão simbólica.

já agora, JK, a terminologia seria apenas para os aviões americanos, e não aliados, já que não se aplicava aos britãnicos, que não têm letra antes da designação. Ex. Supermarine Spitfire, Hawker Hurricane, Avro Lancaster, mais mtºs etcs.

Jack Kerouac disse...

Sim JC, até 1962 isso é possível, pois ainda não estava uniformizada a designação entre a Navy a USAF e Army, o caso do P51 por exemplo, era um avião utilizado pela marinha, daí haver P para patrulhas marítimas mas também para designar aviões de combate. Mas já havia alguma regra, mas de facto só a partir de 1962 a coisa ficou uniformizada. Como só entrei para a FAP em 1986, referi-me ao que aprendi nessa altura :)

JC disse...

Tá explicado, JK. E eu a partir do final da WWII não sou grande coisa no que toca a aviões de combate. Mtº obrigado. Já agora, devias gostar, se ainda o não fizeste, de visitar o Museu do Ar e do Espaço, em Washington, ou da da RAF e da Battle of Britain, em Hendon, arredores de Londres. Ambos, cada um no seu género, excepcionais.

ié-ié disse...

Já agora, ó Santiago Bernabéu, é a minha vez de ser teimoso: "caça americano" de onde? Canadá? México? Brasil? Estados Unidos? Argentina? Cuba? Colômbia? whatever...

LT

JC disse...

Que eu saiba, México, Cuba, Colômbia e Argentina não entraram na WWII. O Brasil apenas levou uns regimentos do exército para apanharem na cabeça em Monte Cassino e o Canadá fazia parte das forças britânicas, da CW. Portanto, americano da América, e não americano do c......
Vai-te lixar, pq dizer edição castelhana ou restringir americano aos USA não é bem a mesma coisa. Digo eu...
Abraço

ié-ié disse...

Tenho duas Duofold, José, modernas, relativamente recentes. Uma é grossa, azul, parece madrepérola. Não a acho bonita. Quem fez publicidade a ela foi Gorbachov. A outra é toda preta, mais maneirinha, mais bonita. Não as uso há muito! A Parker de que mais gosto é uma fininha com aparo que parece um Concorde. Comprei-a numa loja de catálogo em Nova Iorque nos anos 70. Que coisa bem estranha. Entrava-se na loja, consultava-se o catálogo, escolhia-se o produto e ele aparecia depois numa passageira rolante. Nunca mais me esqueci pelo estranho que era.

LT