Caro José, o Nick Drake nada tem a ver com os artistas que mencionou. Todavia, e isto vai surpreendê-lo, José Almada lembra-me Nick Drake...
Resumindo, Drake é de audição obrigatória. Especialmente, para você. Gravou apenas 3 LPs. Magistrais. "Five Leaves Left" (Island, 1969); "Bryter Byter" (Island, 1970); "Pink Moon" (Island, 1972).
O meu favorito é "Pink Moon", mas o melhor talvez seja o primeiro, "Five Leaves Left". Na primeira canção desse LP, a soberba "Time As Told Me", Richard Thompson brilha na guitarra.
E, Karocha, esse almoço promete (ou prometeu-já passou). E o novo PC também... rsrsrsrsr...
À completa explicação do "Filhote", permito-me, apenas, acrescentar o CD de inéditos publicado há uns meses atrás. É constituido por gravações caseiras e artesanais, mas abre novas vias para a compreensão das influências originais de Nick Drake, sobretudo no que respeita à música "Folk" americana...
Um dia destes vou ouvir, mas julgo que será tarde demais. estas coisas tem o seu tempo e na juventude adquire-se a capacidade de sonho com mundos exteriores que vivem cá dentro. Uma espécie de ficção científica do imaginário.
Nick Drake não foi personagem dessas lendas e agora será tarde, penso eu de que.
Quanto ao Almada é precisamente isso que acabei de escrever.
Como ele nem sequer imagina ( e já lho disse pessoalmente porque me tornei amigo dele, com muita honra e consideração que tenho), a música e as letras que ele musicou e algumas são de poetas conterrâneos, é qualquer coisa de extraordinário, porque preenche esse imaginário de juventude de uma ficção que a mim anda próxima de uma realidade bem portuguesa. O mais portuguesa que pode existir e que anda por aí nos livros da época: José Régio, Pascoaes, etc etc.
José Régio, aliás, era visita da casa do poeta Fausto José, em Armamar e que era junto à casa da família do José Almada. Um local lindíssimo que guarda recordações desvanecidas pelo tempo, mas conservadas pelas pessoas que ainda vivem.
A família do José Almada é extraordinariamente portuguesa. É um prazer conviver com pessoas assim.
E o curioso é que não conhecia nada do José Almada a não ser a primeira canção do LP Homenagem.
Mas essa canção encerra em si mesma, na letra e música, tudo o que disse.
E repito: tenho a ideia que o José Almada nem se dá conta disto, porque lhe é exterior e ele é um veículo disso mesmo, como artista que é. Um dos maiores discos de sempre da MPP, repito mais uma vez, para quem andar distraído.
É pena que os responsáveis pela editora que têm agora os direitos não se dêem conta disso, porque a nossa identidade como povo, merecia essa reedição e divulgação.
9 comentários:
Nick Drake, para mim o mais iluminado de todos os singer-songwriters britânicos. Genial mesmo.
Vou já a correr, e a saltar, em busca do meu exemplar Mojo!
Pois e eu não conheço Nick Drake. Não reconheço a sua música se a ouvir.
Devo ter perdido algo, certamente, mas fiquei-me com Roy Harper, Peter Hammill, Kevin Ayers e poucos mais.
Filhote
Tive o dia todo off, o meu Pc novo é um ferrari eheheh
Vim do blog do Rato e no almoço, vamos por o Daniel Bacelar a cantar!!!
Caro José, o Nick Drake nada tem a ver com os artistas que mencionou. Todavia, e isto vai surpreendê-lo, José Almada lembra-me Nick Drake...
Resumindo, Drake é de audição obrigatória. Especialmente, para você. Gravou apenas 3 LPs. Magistrais. "Five Leaves Left" (Island, 1969); "Bryter Byter" (Island, 1970); "Pink Moon" (Island, 1972).
O meu favorito é "Pink Moon", mas o melhor talvez seja o primeiro, "Five Leaves Left". Na primeira canção desse LP, a soberba "Time As Told Me", Richard Thompson brilha na guitarra.
E, Karocha, esse almoço promete (ou prometeu-já passou). E o novo PC também... rsrsrsrsr...
À completa explicação do "Filhote", permito-me, apenas, acrescentar o CD de inéditos publicado há uns meses atrás. É constituido por gravações caseiras e artesanais, mas abre novas vias para a compreensão das influências originais de Nick Drake, sobretudo no que respeita à música "Folk" americana...
Nick Drake também foi uma "descoberta" tardia minha. Mas valeu a pena.
Um dia destes vou ouvir, mas julgo que será tarde demais. estas coisas tem o seu tempo e na juventude adquire-se a capacidade de sonho com mundos exteriores que vivem cá dentro. Uma espécie de ficção científica do imaginário.
Nick Drake não foi personagem dessas lendas e agora será tarde, penso eu de que.
Quanto ao Almada é precisamente isso que acabei de escrever.
Como ele nem sequer imagina ( e já lho disse pessoalmente porque me tornei amigo dele, com muita honra e consideração que tenho), a música e as letras que ele musicou e algumas são de poetas conterrâneos, é qualquer coisa de extraordinário, porque preenche esse imaginário de juventude de uma ficção que a mim anda próxima de uma realidade bem portuguesa. O mais portuguesa que pode existir e que anda por aí nos livros da época: José Régio, Pascoaes, etc etc.
José Régio, aliás, era visita da casa do poeta Fausto José, em Armamar e que era junto à casa da família do José Almada. Um local lindíssimo que guarda recordações desvanecidas pelo tempo, mas conservadas pelas pessoas que ainda vivem.
A família do José Almada é extraordinariamente portuguesa. É um prazer conviver com pessoas assim.
E o curioso é que não conhecia nada do José Almada a não ser a primeira canção do LP Homenagem.
Mas essa canção encerra em si mesma, na letra e música, tudo o que disse.
E repito: tenho a ideia que o José Almada nem se dá conta disto, porque lhe é exterior e ele é um veículo disso mesmo, como artista que é.
Um dos maiores discos de sempre da MPP, repito mais uma vez, para quem andar distraído.
É pena que os responsáveis pela editora que têm agora os direitos não se dêem conta disso, porque a nossa identidade como povo, merecia essa reedição e divulgação.
Obrigado pelo complemento, Luís Mira.
Foi o meu amigo Zé Manel Lopes que me "vendeu" o Nick Drake há já umas duas décadas atrás...
Mas, para vos dizer a verdade, não percebo por que razão a intelectualidade tanto gosta dele.
Provavelmente pelas condições da morte... é quase como o caso de Jeff Buckley...
OK, atirem lá os côcos!
LT
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