Bécaud, Peggy March, Barbara, Françoise Hardy... Será que isto ainda existe nos arquivos da RTP? Entre tantas relíquias que foram jogadas fora, esta foi provavelmente mais uma. Por curiosidade fui verificar o dia da semana em que o programa foi transmitido: uma segunda-feira. Hoje em dia dão-nos prós e contras para começar a semana. Naquele tempo davam-nos música, e da boa...
Por amor de Deus, Rato, você já viu bem o que era o canal único da ditadura? Viu mesmo?, com "Meditação" e tudo? Aquilo era um pesadelo. Só falta o "Fecho" e Hino Nacional... Para além disso,hoje as pessoas ouvem música em casa e fora dela, nos seus leitores de CD, DVD e i Pods, e têm canais de TV dedicados excluisivamente à música. Não defendo a actual programação, limito-me a raramente ver um canal generalista, mas que sentido faria? JC
Eu sempre ouvi música em casa e fora dela desde que me lembro. Só que preferia o som do vinil (e ainda prefiro) e dava-me muito mais gozo gravar as minhas músicas preferidas em cassete e sobretudo em fita magnétioa. Quanto ao software actual, digital, é muito bom para jogar no lixo, com o ipod à cabeça. A única coisa boa foi mesmo a invenção do DVD, para além do computador e da internet, é claro. Televisão hoje? Não vejo quase nunca, porque não vale mesmo a pena, é tudo igual em todas centenas de canais disponíveis: as mesmas (más) notícias, os mesmos (maus) programas de estupidificação. Abro só uma excepção para ver os jogos do Benfica (hoje há mais um), mas isso é a minha costela masoquista a fazer-se ouvir. Da rádio nem é bom falar, esses dias já acabaram há muitos, muitos anos. Hoje, tal como a TV, está tudo perfeitamente homogenizado, sem qualquer lugar para a liberdade e criatividade individual. Dantes tínhamos locutores que nos faziam descobrir as suas preferências musicais em programas de personalidades distintas. Hoje não há "programação" sem "play-lists" que a tudo obrigam e a todos escravizam, e por isso é tudo per-fei-ta-men-te igual em todo o lado. Onde está o gozo, jc? Quer mesmo comparar? Dantes podia haver muita coisa merdosa (havia mesmo!), mas o que existia de bom dava para compensar. Hoje a fossa é contínua, a única alternativa é mesmo pular fora. Ah, é verdade, e também tenho saudades do "fecho" da emissão com o hino a acompanhar...
Caro Rato: Em algumas coisas não posso deixar de estar de acordo consigo; noutras nem tanto. Assim sendo, só me resta enviar-lhe o meu abraço de solidariedade benfiquista nesta hora difícil. Às oito lá estarei a sofrer. Triste sina!!!
5 comentários:
Bécaud, Peggy March, Barbara, Françoise Hardy...
Será que isto ainda existe nos arquivos da RTP? Entre tantas relíquias que foram jogadas fora, esta foi provavelmente mais uma.
Por curiosidade fui verificar o dia da semana em que o programa foi transmitido: uma segunda-feira. Hoje em dia dão-nos prós e contras para começar a semana. Naquele tempo davam-nos música, e da boa...
Por amor de Deus, Rato, você já viu bem o que era o canal único da ditadura? Viu mesmo?, com "Meditação" e tudo? Aquilo era um pesadelo. Só falta o "Fecho" e Hino Nacional...
Para além disso,hoje as pessoas ouvem música em casa e fora dela, nos seus leitores de CD, DVD e i Pods, e têm canais de TV dedicados excluisivamente à música. Não defendo a actual programação, limito-me a raramente ver um canal generalista, mas que sentido faria?
JC
Eu sempre ouvi música em casa e fora dela desde que me lembro. Só que preferia o som do vinil (e ainda prefiro) e dava-me muito mais gozo gravar as minhas músicas preferidas em cassete e sobretudo em fita magnétioa. Quanto ao software actual, digital, é muito bom para jogar no lixo, com o ipod à cabeça. A única coisa boa foi mesmo a invenção do DVD, para além do computador e da internet, é claro.
Televisão hoje? Não vejo quase nunca, porque não vale mesmo a pena, é tudo igual em todas centenas de canais disponíveis: as mesmas (más) notícias, os mesmos (maus) programas de estupidificação. Abro só uma excepção para ver os jogos do Benfica (hoje há mais um), mas isso é a minha costela masoquista a fazer-se ouvir. Da rádio nem é bom falar, esses dias já acabaram há muitos, muitos anos. Hoje, tal como a TV, está tudo perfeitamente homogenizado, sem qualquer lugar para a liberdade e criatividade individual. Dantes tínhamos locutores que nos faziam descobrir as suas preferências musicais em programas de personalidades distintas. Hoje não há "programação" sem "play-lists" que a tudo obrigam e a todos escravizam, e por isso é tudo per-fei-ta-men-te igual em todo o lado.
Onde está o gozo, jc? Quer mesmo comparar? Dantes podia haver muita coisa merdosa (havia mesmo!), mas o que existia de bom dava para compensar. Hoje a fossa é contínua, a única alternativa é mesmo pular fora. Ah, é verdade, e também tenho saudades do "fecho" da emissão com o hino a acompanhar...
"57 Channels (And Nothin' On)" - e tanto dá para a televisão como para a rádio.
LT
Caro Rato:
Em algumas coisas não posso deixar de estar de acordo consigo; noutras nem tanto. Assim sendo, só me resta enviar-lhe o meu abraço de solidariedade benfiquista nesta hora difícil. Às oito lá estarei a sofrer. Triste sina!!!
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