terça-feira, 25 de novembro de 2014

REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 42


Finou-se, ontem, o capítulo das caixas de cigarrilhas. Como aconteceu com os charutos, não houve recurso a marcas espalhadas pela internet.

Entende lembrar que as caixas e maços que aqui têm surgido, foram comprados ou oferecidos.

Os charutos, por serem mais baratos, comprava-os em Badajoz.

Não é bem como a história que o avô lhe contava que era mais barato ir cortar o cabelo a Cacilhas. O cabelo não era para ali chamado, o importante, naqueles domingos de antigamente, era a petisqueira, maior fora o dia, maior a romaria.

Óbvio que se tivesse em conta o preço da gasolina e das portagens, os charutos ficavam bem mais caros do que comprados em Lisboa.

Acontece que por motivos, que não vêm à colação, esses custos corriam por conta de terceiros.

Dias de vinhos e rosas.

Para entrar no tabaco para cachimbo, montou este cenário.

Não lhe foi possível digitalizar as caixas de tabaco.

Tentou fotografá-las, mas não saiu nada de jeito.

Para o cenário, para além das caixas, colocou uns cachimbos e uns LPs de jazz e "crooners"

Achou catita.

Vagamente recorda-se que, quando os cachimbos eram acessíveis, antes de se tornarem um culto de idiotice saloia – como os vinhos, os charutos…etc…, etc… -   comprou um cachimbo na "Caravela", ali ao Rossio – já não existe, é uma loja de trapos – subiu depois ao 1º andar, que funcionava como Discoteca, e comprou um LP do Tony Bennett.

 Há-de colocar a capa em post à parte, pois trata-se de um rapaz que muito aprecia.

Uma vaga ideia, disse ele, e apenas isso, ou a formulação para chegar a um qualquer lugar sem saber qual.

As latas que se podem ver são marca «Revelation», «Clan» e «Captain Black».

As primeiras marcas de tabaco de cachimbo que fumou, foram o incontornável «Mayflower», o «Clan», e quando os tostões não chegavam, nem para mandar cantar um cego, o portuguesíssimo «Gama».

Mais tarde fixou-se no «Revelation», uma agradável «Smoking Mixture» da «Philip » e que nos pacotes, em lugar do estúpido «Fumar Mata», dos dias de hoje, tinha «it’s mild and mellow».

Nos finais dos anos 70 deixaram de o comercializar e, mais tarde, descobriu o «Captain Black».

Conheceu-o através de um agente de navegação em Ponta Delgada.

Na primeira vez que apareceu no escritório, aqui em Lisboa, deixou um inebriante perfume, que mais tarde o Paulo Rodrigues definiu como sabor a caramelo.

Na altura não se vendia em Lisboa, mas o Nascimento lembrou-se que tinha um cunhado a trabalhar da Base Aérea das Lajes e passou a receber latas de meio quilo de «Captain Black», a um preço mais que “five Stars”.

Saudades, diz ele.

Colaboração de Gin-Tonic

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