domingo, 16 de novembro de 2014

SEM RUMO


Gosto de me passear pelos lugares onde há barcos ancorados.

Não propriamente nas  grandes marinas, onde se pavoneiam aqueles que servem de lazer e ostentação, para as madamas se estenderem ao comprido a  apanhar os seus banhos de sol.

Antes naqueles portos mais simples, onde se encontram as embarcações modestas que servem de ganha-pão, de instrumento de trabalho.

Gosto de bisbilhotar, de lhes ver os nomes, os objectos que têm pendurados, os dizeres que escondem, a maneira como se encontram arrumados.

De lhes imaginar as histórias e as histórias dos proprietários.

Aprende-se sempre qualquer coisinha.

E fazem-se curiosas associações…

Colaboração de Luís Mira