terça-feira, 4 de novembro de 2014

REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 21


Ontem, largou da mão as caixas e os maços de charutos.

Há muitas mais marcas, mas ele só apresenta as que comprou ou lhe foram oferecidas.

Hoje, lá fora vento e chuva passeiam pela cidade, entra no capítulo das cigarrilhas.

E só poderia começar com as "Schimmelpennincks".

As melhores cigarrilhas do mundo.

Mera opinião pessoal, obviamente.

Wayne Wang, de um "Conto de Natal de Auggie Wren", publicado por Paul Auster no "New York Times", realizou, em 1995, o filme "Smoke".

Paul, personagem do filme, é um gostador mor  de "Schimmelpennincks":

Paul: - Viva, Auggie. Como vai isso?
Auggie: - Olá, pá. Prazer em vê-lo. O que é que vai ser hoje?
Duas latas de "Schimmelpennincks". E já agora junte-lhes um isqueiro.

Paul Auster, numa entrevista dada à jornalista Annette Insdorf, perguntado sobre o facto de "Smoke" ser um dos poucos filmes americanos destes últimos anos em que as personagens têm prazer em fumar e não há ninguém que lhes diga para não o fazerem, respondeu:

Bem, a verdade é que as pessoas fumam. Se não estou enganado, há mais de um bilião de pessoas em todo o mundo que acendem um cigarro todos os dias. Sei que o «lobby» antitabaco neste país se tem vindo a tornar cada vez mais forte nestes últimos anos, mas o puritanismo nunca nos abandonou. De uma maneira ou de outra, os abstémios e os fanáticos têm sido uma força importante na vida americana. Não estou a dizer que fumar seja bom, mas comparado com os ultrajes ecológicos, sociais e políticos que são cometidos todos os dias, o tabaco é uma questão menor. As pessoas fumam. Isso é um facto. As pessoas fumam e gostam, mesmo que não seja muito bom para elas.

Colaboração de Gin-Tonic

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