O skiffle, que os (pré)Beatles praticaram, era home made music por definição: a música ao alcance de todos, com instrumentos acessíveis - quando não rudimentares - a inspiração na música tradicional americana (simples - ou ilusoriamente simples) de trovadores como Woody Guthrie ou Leadbelly, a urgência de comunicar e divertir ao mesmo tempo.
O equivalente americano, se assim se lhe pode chamar, do skiffle foi a jug band music, uma forma antiga e tradicional de fazer música. Redescoberta (ou readaptada) nos anos 50 a um contexto mais estruturado da música popular, foi parte integrante do revivalismo folk e desse movimento saíram músicos cuja influência e importância ainda hoje se fazem sentir.
Maria Muldaur, veterana das Even Dozen Jug Band e Jim Kweskin Jug Band, teve uma carreira longa e variada, com escolhas nem sempre das mais felizes, que ainda assim lhe rendeu um ou outro êxito, de que "Midnight At The Oasis" terá sido o mais importante. Agora decidiu voltar aos primeiros amores.
Com a colaboração de alguns comparsas da época da inocência (David Grisman, John Sebastian) e de mais meia-dúzia de amigos, como Taj Mahal e o inenarrável Dan Hicks (que há muito merecia um monumento), congeminou recentemente um disco de standards desses - e de outros - tempos. Nada de complicado. Apenas música (ilusoriamente) simples, que se ouve com um sorriso e que dá outra perspectiva a um dia de Inverno. E bem precisamos disso.
Maria Muldaur & Her Garden Of Joy - Good Time Music For Hard TimesStony Plain, 2009
The diplomat - Shake hands and tell me goodbye - Shout you cats - The ghost of the St. Louis blues - Let it simmer - Sweet lovin' ol' soul - Medley: Life's too short / When elephants roost in bamboo trees - Garden of joy - He calls that religion - I ain't gonna marry - Bank failure blues - The panic is on
Colaboração de Queirosiano
O equivalente americano, se assim se lhe pode chamar, do skiffle foi a jug band music, uma forma antiga e tradicional de fazer música. Redescoberta (ou readaptada) nos anos 50 a um contexto mais estruturado da música popular, foi parte integrante do revivalismo folk e desse movimento saíram músicos cuja influência e importância ainda hoje se fazem sentir.
Maria Muldaur, veterana das Even Dozen Jug Band e Jim Kweskin Jug Band, teve uma carreira longa e variada, com escolhas nem sempre das mais felizes, que ainda assim lhe rendeu um ou outro êxito, de que "Midnight At The Oasis" terá sido o mais importante. Agora decidiu voltar aos primeiros amores.
Com a colaboração de alguns comparsas da época da inocência (David Grisman, John Sebastian) e de mais meia-dúzia de amigos, como Taj Mahal e o inenarrável Dan Hicks (que há muito merecia um monumento), congeminou recentemente um disco de standards desses - e de outros - tempos. Nada de complicado. Apenas música (ilusoriamente) simples, que se ouve com um sorriso e que dá outra perspectiva a um dia de Inverno. E bem precisamos disso.
Maria Muldaur & Her Garden Of Joy - Good Time Music For Hard TimesStony Plain, 2009
The diplomat - Shake hands and tell me goodbye - Shout you cats - The ghost of the St. Louis blues - Let it simmer - Sweet lovin' ol' soul - Medley: Life's too short / When elephants roost in bamboo trees - Garden of joy - He calls that religion - I ain't gonna marry - Bank failure blues - The panic is on
Colaboração de Queirosiano
3 comentários:
Este Disco...boa referência, como sempre neste Blog....é de uma simplicidade desarmante, tão desarmante que o comprei à primeira semi-audição. Além de tudo o que foi dito adoro o Medley( Life's Too short, etc...) ontem à tarde a vaguear de Nikon na baixa ( velho hábito...) deparei com um grupo de músicos que me fizeram recordar este disco....tocavam perto da loja Nespresso com um banjo e uma tosca Steel guitar ...Bom um quase Chiado Campfire, mas sem a Michelle
Que pena não ter visto,
banjo steel guitar, faz lembrar bluegrass, appalachian music, gostava de ter visto.
A mulher de Jeof Muldaur e, para além de tudo aquilo que Queirosiano - bem! - diz, uma das inesquecíveis "backing vocals" do primeiro LP a solo de Peter Yarrow.
Não me tinha apercebido da saída deste disco, mas irei comprá-lo, naturalmente...
E isto não me impede de dizer que, em minha opinião pessoal, as "Jug Bands", que surgiram em New Orleans muitas décadas atrás mas proliferaram como cogumelos durante o segundo "Folk Revival" do final dos anos 50/inícios de 60 (até Dave Von Ronk teve a sua propria "Jug Band"...), são uma das manifestações mais fracas da música Folk.
Deveria ter sido encantador assistir a esses espectáculos "ao vivo" mas, em disco, toda essa força se perde um pouco, e, hoje, grupos como os Even Dozen ou o de Jim Kwestin têm um mero interesse histórico, sociológico e, quase me apetece dizê-lo, antropológico...
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