domingo, 14 de fevereiro de 2010

VALE DO VOUGA


O que há de comum entre o ex-secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, e Raul Marques e os Amigos da Salsa, o médico e antigo jogador da Académica, José Figueirinhas, e o presidente de São Tomé e Príncipe, Fradique Menezes, os pastéis de Vouzela e o ex-vereador da Câmara Municipal de Lisboa e ex-candidato à Presidência da República, António Abreu, o dramaturgo Jaime Gralheiro e a cantora Isabel Silvestre?

Entre D. Duarte de Almeida, o Decepado, e o fotógrafo Homem Cardoso, o "geógrafo humano" Aristides Amorim Girão e o ex-jogador de futebol, Luís Vouzela, o poeta António Correia de Oliveira e o ministro das Comunicações do Estado Novo e director da Ponte Sobre o Tejo, Canto Moniz, as águas do Caramulo e o advogado Celso Cruzeiro, a vitela de Lafões (arouquesa) e o escritor medieval Frei Gil, a banda pop Eye e o vinho de Lafões?

É tudo do Vale do Vouga ou em Lafões teve a sua origem.

A região de Lafões, no vale do Vouga, entre o Caramulo e o maciço da Gralheira, é uma das mais belas do País, com a sua floresta verdejante à base do pinheiro bravo e do carvalho.

Os vales são graníticos, favoráveis à circulação da água, produzindo numerosas nascentes.

"Tudo nestas paragens são grandezas", escreveu um dia José Saramago.

Bem no coração de Portugal, a região de Lafões ocupa os concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul, no distrito de Viseu.

A sua gastronomia é das mais apetecidas, sobretudo a famosa vitela de Lafões (arouquesa), tenra e saborosa como não há, a que se pode juntar o arroz de carqueja, um arbusto cheiroso do mato.

O vinho de Lafões também é especial e único no Mundo. Só existe aqui e um, parecido, na Bulgária. É um vinho próximo do vinho verde, mas menos pronunciado. A acidez própria dos vinhos verdes mistura-se com um intenso e delicioso saber a fruto.

PS - A Cooperativa Agrícola de Lafões faliu e não mais há vinho de Lafões, agora transformado em malhete.

Adaptado de NetParque (2001)

7 comentários:

Anónimo disse...

Bela panorâmica esta de uma ponte (romana ?), o único elemento não natural da paisagem que parece estar ali apenas para permitir à fauna local a passagem à outra verde e luxuriante encosta de um vale retalhado por um serpenteante Vouga.

O vinho de Lafões virou malhete ou será gralha a corrigir para "palhete" ?
Sempre seria preferível a gralha, pois assim ainda podíamos dar algum contributo para "secar" a Cooperativa Agrícola de Lafões, já que, pelos enunciados atributos do néctar, ficámos,e sem desagravo, a salivar como um lúbrico cão de Pavlov.

JR

ié-ié disse...

E hoje estou encerrado em casa, tal a neve que se apossou da região. Nunca vi coisa assim!

LT

Jack Kerouac disse...

Não levaste os esquis ?

ié-ié disse...

Galochas! Galochas!

LT

JC disse...

Se o vinho era assim tão bom, pq faliu a cooperativa?

Fernando Correia de Oliveira disse...

já por aí andei, com bons anfitriões, e a vitela ficou-me indelevelmente na memória

Anónimo disse...

O que é que aconteceu à menina dos Eye depois do dueto com o Abrunhosa ?

Poderia ter falado dos Fingertrips (que inclui pelo menos um dos músicos dos Eye)