terça-feira, 30 de junho de 2009

FÉRIAS! FÉRIAS! FÉRIAS!


Este blogue entra amanhã em merecido e prolongado período de férias, pelo que a cadência de posts será obviamente menor.

Na rentrée, em Setembro, vai haver pic-nic na Costa de Caparica, organizado pelo casal Gin-Tonic/Aida.

Estejam atentos, se fazem esse favor!

FÉRIAS


O Verão já começou! Com um ligeiro atraso, mas para que não digam que não, desejo boas férias aos viajantes do “Ié-Ié”.

Aida Santos

GENTE DO FESTIVAL RTP DA CANÇÃO


Ary dos Santos, José Calvário, Paulo de Carvalho

Cortesia de Caínhas

CATARINA NO BALLET


A minha sobrinha-neta, ao meio, no seu primeiro espectáculo de ballet.

LADRÕES DE BICICLETAS


Às 21,30 horas do dia 14 de Maio de 1956, no Teatro Avenida, em Coimbra, realizou-se a 67ª Sessão do Clube de Cinema de Coimbra com a exibição de “Ladrões de Bicicletas”, 1948, realização de Vittorio de Sica. Uma adaptação de Cesare Zavattini do romance de Luigi Bartolini.

Vittorio de Sica não encontrou, quer em Itália, quer fora, produtor para o filme, pelo que se viu na necessidade de também assumir esse papel.

No programa transcreve-se um pequeno texto de Cesare Zavattini:

"Um olhar receoso de rapaz interrogador, inquieto sobre a vida que vem, um sorriso feliz para a vida a vida que canta, valem mil vezes mais do que todos os sorrisos reunidos de Hollywood…

"O melhor cinema tem o dever de continuar o seu caminho, aquele que lhe é ditado pela realidade humana e social contemporânea. Ele dá-lhe a sua razão de ser, o seu carácter nacional e o seu valor universal.

"Fá-lo seguir em frente, audaciosamente e lutar contra todos os obstáculos económicos e políticos, contra a desconfiança e a hostilidade que encontra na sua frente. Hoje não temos o direito de usar a nossa câmara, esse maravilhoso e formidável meio de expressão, para banalidades.

O sentido real dos meus filmes, é a procura da solidariedade humana".

Nunca é demais salientar o papel que, antes de 25 de Abril, os Cine-Clubes, um pouco por todo o país, desempenharam na tarefa de furar as trevas em que o ditador de Santa Comba mergulhara o país.

A primeira vez que viu “Ladrões de Bicicletas” foi em 1965 no Cine-Clube do Barreiro e havia sempre o cuidado de os dirigentes programarem os filmes para, quem tivesse ido de Lisboa assistir ao filme, não perdesse o último barco, que saía à meia-noite.

Este documento faz parte do acervo cinematográfico do Luís Mira.

Colaboração de Gin-Tonic

40 ANOS DE SALTY DOG


SALVO RECORDS - SALVOCD020 - 2009

A Salty Dog - The Milk Of Human Kindness - Too Much Between Us - The Devil Came From Kansas - Boredom - Juicy John Pink - Wreck Of The Hesperus - All This And More - Crucifiction Lane - Pilgrim's Progress

BONUS TRACKS

Long Gone Geek - Goin' Down Slow (live in the USA, April 1969) - Juicy John Pink (live in the USA, April 1969) - Crucification Lane (live in the USA, April 1969) - Skip Softly (My Moonbeams)/Also Sprach Zarathustra (live in the USA, April 1969) - The Milk Of Human Kindness (raw track)

O terceiro álbum dos Procol Harum, "A Salty Dog", faz agora em Junho 40 anos de edição.

Ao contrário da indústria portuguesa, dirigida por uma espanhola, que se marimba para os 40 anos de "Epopeia" da Filarmónica Fraude, os ingleses prezam a sua história, a sua cultura. E fazem questão de isso!

Por apenas £ 8 (€ 9 !!!!!), é possível comprar numa HMV de Londres a requintada edição do 40º aniversário de "A Salty Dog".

Trata-se de um digipack extremamente cuidado, com inlay informativo substancial, tendo as respectivas gravações sofrido a habitual operação de remasterização digital. E há traques bonus.

Entre nós, honra à dupla Jorge Mourinha/Miguel Cadete que bem tenta remar contra a maré, mas o mar é incompreensivelmente deveras alteroso.

A PILHA DE YOKO ONO


No concerto que deu no dia 14 de Junho em Londres no Meltdown Festival, Yoko Ono distribuiu à entrada às 3.000 pessoas que esgotaram o Royal Festival Hall um postal (na imagem) e uma pilha.

Para quê?

Ajudada por imagens num ecrã no palco, Yoko Ono, no final do concerto, apontou a pilha para assistência e acendeu-a ao ritmo de "I Love You", como se vê no postal.

A assistência correspondeu utilizando as suas pilhas.

A minha ainda está dentro do plástico...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

LONDRES, ACCORDING TO RATO RECORDS


Cortesia de Rato Records

COIMBRA


ALVORADA - LP-S-04-19 - 1968

Lado 1

Rosas Brancas (António Bernardino) - Maria Se Fores Ao Baile (Fernando Rolim) - Balada do Entardecer (Fernando Machado Soares) - Fado de Anto (Lacerda e Megre) - O Beijo (António Bernardino) - Variações em Lá Menor (António Portugal, António Brojo, A. Reis, M. de Castro)

Lado 2

Recordações (Fernando Rolim) - Carta (Luís Góis) - Fado Alentejano (António Bernardino) - Fado da Noite (Fernando Machado Soares) - Canção das Fogueiras (António Bernardino) - Estudo em Lá Maior (António Portugal, António Brojo, A. Reis e M. de Castro)

THE BEST OF


WARNER BROS. RECORDS - 46051 - edição gaulesa (1971)

FACE 1

Blowin' In The Wind (Bob Dylan) - Too Much Of Nothing (Bob Dylan) - Lemon Tree (Will Holt) - Stewball (Mezzetti/Stookey/Okun/Travers) - Early Mornin' Rain (Gordon Lightfoot) - 500 Miles (Hedy West) - I Dig Rock And Roll Music (Stookey/Mason/Dixon)

FACE 2

Leaving On A Jet Plane (John Denver) - Puff (The Magic Dragon) (Yarrow/Lipton) - For Lovin' Me (Gordon Lightfoot) - Don't Think Twice, It's All Right (Bob Dylan) - If I Had A hammer (The Hammer Song) (Seeger/Hayes) - Day Is Done (Peter Yarrow)

ELA POR ELA


POLYDOR - 2480 586 - 1980

Lado A

Canção de Rosalinda (Joaquim Pessoa/Carlos Mendes) - Menino de Oiro, Menino de Lata (Joaquim Pessoa/Carlos Mendes) - Maria da Conceição (Joaquim Pessoa/Pedro Osório) - Conversa A Dois (Joaquim Pessoa/Carlos Mendes) - Chamar-te Meu Amor (Joaquim Pessoa - Pop.-Arr. Pedro Osório)

Lado B

Canção da Alegria (Joaquim Pessoa/Tózé Brito) - Canção Sem Ti (P de Senneville/O. Toussaint/Arranjo Pedro Osório) - Canção da Coragem (Joaquim Pessoa/Carlos Mendes) - Canção do Amor Perdido (Joaquim Pessoa/Carlos Mendes) - Madalena (Joaquim Pessoa/Carlos Mendes)

Guitarra portuguesa de Pedro Caldeira Cabral, produção de João Viegas.

MAGICAL MYSTERY TOUR


Esta é a maior peça de memorabilia que o Hard Rock Cafe possui, o autocarro que os Beatles utilizaram para as filmagens de "Magical Mystery Tour" (1967).

Não sei onde está, mas em 2007 estava no Hard Rock de Myrtle Beach, nos Estados Unidos.

E AGORA?


ELTON "MUSIC MAGIC" JOHN


Tão exótico como em 1971, Elton John, 62 anos e rechonchudo, encheu domingo à noite o Pavilhão Atlântico, em Lisboa, cantando durante duas horas e meia para umas 11 mil pessoas... sentadas!

Elton John até terá sido quem mais se mexeu no Pavilhão com os tradicionais saltos ao piano, pulos no banco e piscinas de uma ponta à outra do palco, para agradecimentos, além de ter exercitado longamente o dedo a dar autógrafos às primeiras filas.

Raramente um concerto começará de uma maneira tão fulgurante e entusiasmante como este, com um "Funeral For A Friend" que convocou todas as forças em presença no palco. Deslumbrante, magnetizante!

Elton John iniciou o concerto 8 minutos antes da hora marcada, exactamente os mesmos 8 minutos de atraso com que terminou a primeira parte de Teddy Thompson. Compensação britânica?

Sozinho com uma viola acústica electrificada, o filho de Richard e Linda Thompson teve a mesma má sorte que normalmente têm as primeiras partes de famosos: indiferença.

Cantando para um pavilhão vazio, com o alinhamento colado na borda da guitarra à Paul McCartney, Teddy Thompson, sempre bem educado, apresentou-se: "Good evening, my name is Teddy Thompson and I'm from London. That's it!". Genial, para quem é filho de quem é.

Com simplicidade, mas talento genuino, cumpriu a missão ingrata com uma dezena de canções que, evidentemente, ninguém conhecia, a não ser a versão de "Super Trouper", dos Abba, o que não o impediu de agradecer.

"Muito obrigado por me terem escutado e obrigado também a Sir Elton John por me ter convidado, foi um prazer" e foi-se embora já com uma razoável dose de aplausos.

Depois de "Funeral For A Friend", com a mestria descrita, e com as contribuições de Davey Johnstone e Nigel Olsson, músicos de sempre de Elton John, foram sucessivamente decorrendo os grandes sucessos do Membro do Império Britânico num palco sem cenário nem parafernália de luzes, onde só a música é rainha.

Em "Rocket Man", Elton John estendeu a canção ao máximo, com elucubrações musicais que correram o risco de entediar, bem como "Take Me To The Pilot", que ficou embrulhada no meio de tanto ataque ao piano.

Elton John dedicou depois "Don't Let The Sun Go Down On Me" a Cristiano Ronaldo, presente na sala, e a quem Paris Hilton já carimbou de mariquinhas.

À falta de isqueiros, funcionaram os ecrãs luminosos dos telemóveis para "Candle In The Wind" e pouco depois algumas dezenas de pessoas lá abandonaram as cadeiras da plateia e abeiraram-se do palco, sem grandes histerias, mas o povo fez desabridamente o coro de "Crocodile Rock".

O concerto terminou com "Your Song", dedicado a cada uma das pessoas presentes no Pavilhão.

Que canções me fizeram pele de galinha?

Eu digo:

"Funeral For A Friend", "Goodbye Yellow Brick Road", "Daniel", "Skyline Pigeon" e "Your Song".

LPA

domingo, 28 de junho de 2009

THE CYPRESSES BELIEVE IN GOD...


É estranho que, andando eu a bombardear-vos há tanto tempo com"histórias" e "fotografias" da America, ainda não me tenha lembrado de vos falar de Richard Harris e do seu "Slides", nome de música e idêntico nome de album publicado em 1972.

Da voz de Richard Harris, nem vale a pena falar. Uma das mais belas vozes masculinas que me foi dado ouvir, tanto no Cinema como na Música, que ele tocou, de forma brilhante, os dois instrumentos... E mais ainda, mas do seu Teatro não conheço nada...

"Slides" é, todo ele, um disco magnífico, apesar de me parecer, hoje, relativamente esquecido, talvez por só ter tido uma muito tardia e fugidia edição em CD.

Mas é a música do mesmo nome, última do lado 2, que me traz aqui hoje.

Música curiosissíma, nos seus perto de sete minutos de duração, que mistura canto e texto declamado. Eu explico melhor, para quem não faça a mais pequena ideia do que estou a falar (e, muito provavelmente, só o Hugo o saberá...): Richard Harris começa a cantar ("Morning chaps, I'd like to welcome you back to the third form of your years...." e por aí fora...) e depois interrompe para começar a comentar diversos slides tirados em diferentes lugares, nos Estados Unidos e no Canadá.

Nós próprios ouvimos o barulho dos slides a entrar, um após outro. No final, a música inicial é retomada ("I've got my slides, I will endure. Living well is my best revenge, you can be sure. Yes, in times of doubt, in times of sickness, they're my cure. Living well is my best revenge, you can be sure").

Richard Harris não é um compositor, mas essencialmente um intérprete. O autor de "Slides", bem como da maioria das restantes músicas do album é Tony Romeo.

Não foi "Slides" quem me levou pela primeira vez aos Estados Unidos, tal como já vos expliquei. Mas mentir-vos-ia se não vos dissesse que cada vez que ouvia aqueles "slides" a passar eu imaginava tudo aquilo: as paisagens, os lugares, as pessoas e até aquele magnífico pôr-do-sol "undistinguishable from the last"...

E muitas vezes me vieram à memória Richard Harris e os seus "Slides" ao fazer as minhas fotografias... No fundo, aquilo que eu procuro fazer convosco não é mais do que aquilo que ele faz no "Slides", embora ele o faça com mais "estilo". Mostrar-vos fotografias a pretexto de outras coisas, ou falar de outras coisas a pretexto das fotografias...

E se eu agora, à guisa de homenagem, vos propusesse fazer aqui uma brincadeira e juntar às minhas fotografias o texto de Richard Harris...? Um pequeno trecho, já se vê, porque eu não teria fotografias para todos os lugares que são evocados na música. A coisa até nem vem muito a despropósito, pois eu, últimamente, tenho andado por aqui à volta desta região.....

Daria qualquer coisa assim (têm de imaginar o barulho dos slides a entrar...):

"- Big Sur, California.

- An old spanish mission

- Carmel, California. Those trees seemed frozen against the landscape. They remind me of a book I once heard of called "The Cypresses Believe in God"..."

Aquele cipreste muito bonitinho que se vê bem no meio de uma rocha é uma das árvores mais bem protegidas da California. Tem direito a nome e tudo.... Chama-se "Lone Cypress" e é um ícone desta região, um dos seus objectos mais fotografados.

Fica em "Peeble Beach", mesmo ao lado do sítio onde Hithcock filmou aquele magnífico beijo entre Scottie e Madeleine no Vertigo, com a onda a explodir como pano de fundo...

Palpita-me que não me irei daqui embora sem voltar a "Slides", um destes dias...

Colaboração de Luis Mira

ELTON JOHN EM VILAR DE MOUROS


Elton John tocou (e cantou) pela primeira vez em Portugal no dia 08 de Agosto de 1971 no Festival de Vilar de Mouros.

Escreveu então o "O Século Ilustrado" em reportagem não assinada:

Elton John levantaria os ânimos logo à entrada. Depois do viola-baixo e do baterista, aparecia um Elton John de calções e botas com asas amarelas. Um Elton John onde predominavam o laranja, o vermelho e o lilás e o andar do Raul Solnado, quando fez de "menino" no Zip-Zip.

Começou assim a vivacidade provocada pelo compositor, que, segundo constava, já trazia a sua boa pinga.

Um hora do grupo Elton John. Um final com Elton John a esbracejar e a pular com o piano. Se estes 60 minutos foram a verdadeira música do fim-de-semana "pop" de Vilar de Mouros, foram também o maior índice de incapacidade de comunicação que ali reinou.

Vilar de Mouros e a música foram o válido pretexto para os jovens se reunirem, mas mostrou-se também que não basta estar-se junto para que o diálogo se estabeleça.

Fernando Zamith, no seu belo livro, "Vilar de Mouros: 35 Anos de Festivais", relembra que a vinda de Elton John a Portugal custou "à volta de 600 contos".

A CABINA MUDOU DE CÔR!


A famosa cabina telefónica na não menos famosa Praça Alexandre Herculano, em Constância, mudou de côr.

Pintaram-na, ó Mr. Gin-Tonic.

PRIMEIRA CONTRATAÇÃO DO PIC-NIC


Inscrições para Gin-Tonic ou Aida.

ATENÇÃO AO PIC-NIC


Mr. Gin-Tonic está a organizar o pic-nic da rentrée para o mês de Setembro. Vai ser na Costa de Caparica, num sítio que só Mr. Gin-Tonic conhece, mas que diz ser excelente.

MICHAEL JACKSON EM EDIÇÃO-EXTRA


Meia dúzia de páginas - algumas requentadas - por € 3 é, digamos, quase uma extorsão!

Louve-se o título genial de uma das peças: "Estranha Forma de Vida".

ELTON JOHN HOJE EM LISBOA


Elton John canta hoje no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Alinhamento:

Funeral For A Friend/Love Lies Bleeding
Saturday Night Alright (For Fighting)
Burn Down The Mission
Goodbye Yellow Brick Road
I Guess That’s Why They Call It The Blues
Daniel
Honky Cat
I Want Love
Rocket Man
Sad Songs (Say So Much)
Take Me To The Pilot
Sorry Seems To Be The Hardest Word
Tiny Dancer
Sacrifice
Don’t Let The Sun Go Down On Me
All The Young Girls Love Alice
Candle In The Wind
Skyline Pigeon
Are You Ready For Love
Bennie And The Jets
The Bitch Is Back
Crocodile Rock
I’m Still Standing (encore)
Your Song (encore)

E a primeira parte é assegurada por Teddy Thompson. Yes!!!

sábado, 27 de junho de 2009

DONAS DE CASA


01 de Maio de 1969

NANDO'S


Em Londres - e em quase todo o Mundo - existe a cadeia de restaurantes portugueses sob a égide do galo de Barcelos.

Chama-se "Nando's" e a especialidade é o frango assado com piri-piri.

Já vi três ou quatro "Nando's" em Londres, em Camden Town, na área de Oxford Street e este em Brunswick. Já agora, reparem que ao lado está uma Zavvi... fechada!

Espreitei a lista de vinhos:

Cara Viva (£ 4.15 - £ 11.95)
Fernão Pires (£ 4.90 - £ 13.95)
Quinta da Aveleda (£ 5.20 - £ 14.45)
Quinta de Cidrô (£ 19.95)

Atenção que os preços são em libras...

PS - Como há bruxas, já depois de ter escrito e programado este post, li na "Pública" que a cadeia do galo de Barcelos está a desenvolver na Austrália a campanha Portugasm, ou seja, o estado sublime alcançado por comer frango assado português com piri-piri.

ATÉ O METRO TEM CANÇÕES...


ROSSIL - ROSS 7025 - 1978

O Metropolitano - Já Se Deitou A Cidade

HOMENAGEM A ANTÓNIO PORTUGAL


Espectáculo de Fado de Coimbra em Kiev, em Maio de 1984, transmitido pela televisão da União Soviética: António Brojo, Luís Marinho, António Bernardino, Rui Pato e António Portugal

O guitarrista de Coimbra António Portugal, falecido em 1994 com 62 anos, é hoje homenageado pela Câmara Municipal no Pavilhão Centro de Portugal com uma Evocação.

Às 15H00 é inaugurada a exposição de fotografias "António Portugal, um compositor de imagens", com fotos do arquivo pessoal do guitarrista.

Meia-hora depois, realiza-se a mesa-redonda "António Portugal e a fotografia em Coimbra", com as participações de Varela Pécurto, Pedro Medeiros e Paulo Abrantes.

Às 17H00 é exibido o filme "António Portugal e o canto e guitarra de Coimbra", da autoria de Manuel Portugal e Sansão Coelho.

Meia-hora depois, realiza-se a mesa-redonda "O contributo de António Portugal para a evolução da canção de Coimbra - haverá uma canção antes e depois de Portugal?", com Rui Pato, Carvalho Homem e Luiz Goes, após o que serão executadas peças instrumentais da autoria do homenageado.

António Portugal teve uma enorme importância na renovação do movimento da canção coimbrã, foi ele que, juntamente com Manuel Alegre, fez a variante Trova ao Fado de Coimbra, em que foi mantido o acompanhamento com guitarra e viola, mas foram profundamente alterados os ritmos e os conteúdos temáticos. É ele, por exemplo, o autor da célebre "Trova Do Vento Que Passa".

Rui Pato

sexta-feira, 26 de junho de 2009

FRAUDE: ÁLBUM AO VIVO, JÁ!!!


Quarenta anos depois, a Filarmónica Fraude continua... um conjunto diferente!

Recusa a facilidade e o óbvio, ignora a nostalgia e o revivalismo e reinventa, de novo, a modernidade da tradição musical portuguesa, seja lá o que isto quer dizer...

Tudo isto aconteceu esta noite, 26 de Junho, no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar, perante as 439 pessoas que esgotaram a sala.

Era - e foi - o concerto comemorativo dos 40 anos de uma das mais prestigiadas (e injustiçadas) bandas portuguesas dos anos 60/70.

Com o sentido estético que caracterizou o grupo em 1969, o concerto exclusivo de Tomar, terra da naturalidade da maioria dos músicos, teve um conceito, original, da autoria do actor João Mota (Comuna), 66 anos, natural também da cidade nabantina.

Tudo muito simples.

Num palco negro, luzes para um rádio de válvulas onde se ouviam notícias de 1969: uma viagem de Marcelo Caetano às colónias, a inauguração da Gulbenkian, a guerrilha urbana na Irlanda do Norte e o nascimento da Filarmónica Fraude.

(Eu teria dado ênfase à crise académica de 69).

Com aspecto excelente, saídos de um qualquer spa, os músicos, todos de camisa branca, entram em palco às 21H55 e dão logo nas vistas com "Orícia", que deu o tom do que viria a ser o concerto: agarrar o passado para reviver o presente.

Foi uma opção arriscada, assumida, com os seus perigos, mas que se revelou, afinal, eficaz, eficiente, a provar que a Filarmónica Fraude nem à sua designação faz jus.

A opção por arranjos mais modernos, por roupagens novas, nalguns casos a roçar o sabor latino, foi por demais evidente em canções tão populares como "A Flor De Laranjeira" e "Animais de Estimação", que se seguiram.

Foi divertido ver a malta - tudo fã da Filarmónica como é natural (conheço um casal que veio propositadamente de Viana do Castelo para o concerto) - à pesca nos primeiros acordes - o que é isto? - e depois entrar em êxtase, cantando a plenos pulmões os respectivos refrões.

Não entendo nada de música, mas percebi uma atitude deveras inteligente nos novos arranjos: as coisas parecem diferentes, mas o refrão mantém-se intacto, permitindo a adesão emocional e emocionante da plateia, balcão e camarotes.

Em "Animais de Estimação", há um vibrante solo de guitarra de Antunes da Silva (Toneca) que nos remete para as caverns de Liverpool. Brilhante!

Luís Linhares, o cérebro da música da Fraude, actual director da Casa-Museu de Fernando Lopes Graça, compositor clássico internacionalmente premiado sob o nome (também verdadeiro) de António Sousa, emociona depois com um belo trecho ao piano que serve de banda sonora às divertidas imagens dos Inkas, os pais da FF.

"O Milhões" fez pele de galinha, após o que se seguiu um sexteto dedicado ao LP "Epopeia": "Epopeia (1ª Profecia)", "Na Ilha Virgem", "Digo Dai" (com o povo a cantar em uníssono), "Por Vós (Desgostoso, Carrancudo E Magro)", "Só Marinheiros E Escravos Se Afundam Com A Nau" (com vibrantes imagens das partidas das tropas para a guerra colonial no "Uíge") e "25" (das mais aplaudidas, com piano e baixo e harmonia vocal à Crosby, Stills Nash & Young (Teresa Lage dixit).

Finalmente, Antunes da Silva (uma bela voz, que ganhou com os 40 anos decorridos) resolveu falar com o povo da plateia para introduzir as novas canções da Fraude, da inimitável dupla António Pinho/Luís Linhares, "País Aprendiz", "Sexo de A a Z", "Talvez da Próxima Vez" e "Sacode" (canção com assobio, o que já não é vulgar).

Como Tó Pinho (como era carinhosamente apelidado por Toneca) assinalaria em notas escritas para a produção, "o país de hoje não é muito diferente de há 40 anos".

Ou seja, António Avelar de Pinho (como hoje é conhecido) mantém a veia mordaz e Luís Linhares ou António Sousa, se preferirem, também não deixa por mãos alheias a sua particular e peculiar veia para a bela música popular portuguesa.

O concerto terminou em êxtase com "Menino", num uptempo deslumbrante, praticamente a fazer esquecer a versão (mais aguerrida) contida no primeiro EP do conjunto.

A banda ainda viria a palco para saciar uma vontade de Tó Pinho (que não se calava na plateia), outra vez "Sexo de A a Z", contra a vontade do meu vizinho do lado que berrava que queria ouvir (e eu também) "Canção de Embalar".

Todos os músicos foram exímios, Zé Ricardo (discreto, mas eficiente, no baixo), Paulo Rodrigues (percussões e uma voz fantástica), Júlio Patrocínio (bateria à Ringo), Antunes da Silva (guitarra e voz e que guitarra! e que voz!) e Luís Linhares (um génio no sentimento de atitude no abraço às teclas).

No final, nenhum dos músicos dizia coisa com coisa. Cansados, extasiados, estavam delirantes, incrédulos: "mas vocês gostaram mesmo?".

Ó meu Deus, se gostámos!

PS: Proponho que seja editado um duplo álbum da Filarmónica Fraude: um primeiro CD com as 20 canções que a banda gravou em 1969 e um segundo CD, ao vivo, com o espectáculo de Tomar (ou semelhante).

Luís Pinheiro de Almeida

FILARMÓNICA FRAUDE AO VIVO


Fotografia de Teresa Lage

FILARMÓNICA FRAUDE AO VIVO


Luís Linhares (António de Sousa), Paulo Rodrigues, Antunes da Silva (Toneca), Júlio Patrocínio e Zé Ricardo

Fotografia de Teresa Lage

TONICHA


RCA VICTOR - TP 515 - edição portuguesa (s/data)

Senhora do Almortão - Pèsinho do Pico - Resineiro - Lírio Branco

Direcção musical de Filipe de Brito

BAT FOR LASHES


EMI - 6930202 - 2009

Glass - Sleep Alone - Moon And Moon - Daniel - Peace Of Mind - Siren Song - Pearl's Dream - Good Love - Two Planets - Travelling Woman - The Big Sleep

Uma bela surpresa, esta a de Bat For Lashes!

QUE AZAR!


Michael Jackson morreu ontem e a BLITZ saiu hoje...

COM DEDO DE PAULO JUNQUEIRO


EMI - 50999 696436 2 0 - 2009

A Arte do Barulho (com Seu Jorge e Aori) - Desabafo - Fala Sério! (com Mariana Aydar) - Pode Acreditar (Meu Laiá Laiá) (com Seu Jorge) - Oquêcêqué? - Atividade na Laje (com Stephan Peixoto) - Ela Disse (com Thalma de Freitas) - Kush (com Medaphor) - Meu Tambor (com Zuzuka Poderosa) - Afropunk no Valle do Rap (com Marcos Valle) - Minha Missão (com Roberta Sá) - Vem Comigo Que Eu Te Levo Pro Céu (com Cabeza de Panda)

Trata-se de um hip-hop brasileiro de esquerda, com produção de Mário Caldato Jr.

Paulo Junqueiro, big boss na EMI brasileira, dá uma forcinha em Marcelo D2.

HMV


Os novos sacos da HMV, Londres.

FRAUDE AO VIVO


A Filarmónica Fraude, a celebrar 40 anos de existência, dá hoje no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar, de onde são praticamente naturais, às 21H30, um concerto comemorativo.

Conjunto avesso a rótulos, a Filarmónica Fraude teve uma carreira efémera, de apenas um ano, como praticamente todos os da época, a braços com o serviço militar obrigatório, que mutilava qualquer tentativa de projecto a longo prazo.

A música do grupo foi criação de António Pinho (autor das letras) e de Luís Linhares (autor das músicas e dos arranjos).

Para além de Linhares (piano), o grupo era constituída por Júlio Patrocínio (bateria), José Parracho (baixo), Antunes da Silva (voz e guitarra), tendo contado com a colaboração em diferentes alturas de João José Brito (voz), João Carvalho (guitarra), Jaime de Almada (guitarra) e do tomarense Carlos Barata.

Quarenta anos depois de vidas percorridas, os filarmónicos tomarenses (Linhares, Antunes da Silva e Patrocínio) começaram a juntar-se de vez em quando para fazer o que há 40 anos não foi possível: montar um concerto apenas com música de António Pinho e Luís Linhares.

Juntaram José Ricardo, um baixo da geração, e Paulo Rodrigues, cantor e instrumentista tomarense conhecido de outros percursos. A pouco e pouco prepararam-se para apresentar em público o seu repertório, revisitando-o com 40 anos de vivências.

Mas não quiseram ficar por aqui. Com a colaboração do António Pinho, acrescentaram novas canções, com o entusiasmo de quem descobre que o seu espaço na música portuguesa ainda está aberto, após um interregno que até fica a parecer de poucos momentos.

Hoje, às 21h30, na terra natal, apresentam-se em público, num primeiro espectáculo em que o som, a luz e imagens ajudarão a uma cenografia cuidada que integram a apresentação das músicas.

UM FÃ PORTUGUÊS DE MICHAEL JACKSON


The King is dead! Long live the King!

Às vezes, os deuses andam entre nós e nós tentamos sofregamente ter um vislumbre da luz divina…

Estar tão perto de ter esse vislumbre e vê-lo recusado deixa um sabor que parece vir a subsistir durante muito tempo!

Morreu o Rei da Pop, absoluto e justo. Uma lenda viva. Um homem que se ultrapassou a si próprio e conseguiu atingir a imortalidade, justa medida da grandeza que nos trouxe.

Agrada-me pensar nele a entrar nas portas de São Pedro e ser recebido pelo Elvis, pelo Freddie Mercury e por outros. Agora tenho música, de facto divina, para quando for lá bater.

"Qualquer artista pop que se preze dirá que o gozo das digressões reside em todos os concertos serem diferentes. Mas Michael Jackson é o maior e, se calhar por isso, as actuações desta sua “Dangerous Tour” são tiradas a fotocópia, sem que isso implique a mínima perda de espectacularidade". 26.08.1992 - Luís Maio.

Colaboração de João Troni

ONE DAY IN YOUR LIFE


IMAVOX - IM-26029 - 1975

One Day In Your Life – Take Me Back

Homenagem de Gin-Tonic

quinta-feira, 25 de junho de 2009

MORREU MICHAEL JACKSON


Inesperadamente - ou talvez não - acaba de falecer Michael Jackson, vítima de uma paragem cardio-respiratória.

Tinha 50 anos e estava em vésperas do grande regresso aos palcos.

A notícia foi dada em primeira mão pela TMZ, um site norte-americano de mexericos.

Por mim, nunca alinhei no coro daqueles que maltratavam Michael Jackson.

Sempre tive respeito pela sua obra, pelo seu génio musical, mesmo depois de ter adquirido a Northern Songs, detentora das canções Lennon/McCartney nos Beatles.

A propósito, recordo a história divertidíssima que Paul McCartney me contou (e costuma contar):

Com o dinheiro ganho na música, sobretudo com "Off The Wall" (1979) e "Thriller" (1982), Michael Jackson pediu conselhos de investimento ao então seu amigo McCartney, ao que este respondeu: "investe na música!".

"Qualquer dia compro as tuas canções dos Beatles!", dizia McCartney, imitando a voz de Michael Jackson.

E comprou, arrefecendo as relações entre ambos.

Com a morte de Michael Jackson - que lamento, uma vez mais -, volta a falar-se do destino da propriedade dos direitos de autor das canções Lennon/McCartney.

Não esquecer que Michael Jackson começou nos Jackson Five, de boa memória: "I'll Be There", "ABC", "I Want You Back", etc.

Cheguei a estar uma vez com Michael Jackson, à distância, claro, em Fevereiro de 1992, em Nova Iorque, quando anunciou a digressão que o traria a Lisboa - concerto no Estádio Alvalade no dia 26 de Setembro desse ano.

Quanto à vida privada de Michael Jackson... é extremamente difícil deslindar a verdade da fantasia.

É autor de uma das mais belas e solidárias canções que conheço, "We Are The World".

BORRACHA PRETA


É um regalo entrar nestas lojas londrinas.

Desta feita, o meu recuerdo foi uma borracha... preta!

LEMONHEADS


COOKING VINYL - COOKCD495 - 2009

I Just Can't Take It Anymore (Gram Parsons) - Fragile (Wire) - Layin' Up With Linda (GG Allin) - Waiting Around To Die (Townes Van Zandt) - The Green Fuz (Randy Alvey & Green Fuz) - Yesterlove (Sam Gopal) - Dirty Robot (com Kate Moss - Arling & Cameron) - Dandelion Seeds (July) - New Mexico (FuckEmos) - Hey, That's No Way To Say Goodbye (com Liv Tyler - Leonard Cohen) - Beautiful (Linda Perry/Christina Aguilera) - How Can We Hang On? (Tim Hardin)
"Varshons" pretende ser a transcrição fonética de versions. A produção é de Gibby Haynes, dos Buthole Surfers.

CALENDÁRIOS DOS BEATLES


Calendários portugueses dos Beatles de 1988 manufacturados por Hajonnus (fabricante/ distribuidor - Lisboa - Coimbra - Olhão)

DINGWALLS


Em Camden Town, Londres, outra característica sala de espectáculos: Dingwalls.

O MEU PIANO


ORFEU - KSAT 618 - 1978

O Meu Piano - A Mansarda

MARADONA


CARRERE - 503467 - edição portuguesa (1987)

Maradona - Nos Veux Font L'Amour

Conhecia este, sr. (S)LB?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A MAIS FASCINANTE DAS PROFISSÕES MODERNAS


Peça hoje mesmo, sem qualquer compromisso, o folheto informativo do curso de rádio e televisão por correspondência.

PETER GREEN


WISE BUY - WB 886002 - 1998

In The Skies - Slaybo Day - Apostle - Loser Two Times - Baby When The Sun Goes Down - One Woman Love - Time For Me To Go - The Clown - Proud Pinto - Bullet In The Sky - Last Train To San Antone - Watcha Gonna Do - Woman Don't - Bandit
Sou fã de Peter Green!

PETER GREEN A SOLO


CREOLE RECORDS - RISLP 14 057 - edição portuguesa (s/data)

Lado 1

In The Skies - Slaybo Day - Fool No More - Tribal Dance

Lado 2

Seven Stairs - Funky Chunk - Just For You - Proud Pinto - The Apostle

375$00 no final da década de 70

FLEETWOOD MAC


CBS - 31798 - edição portuguesa (reedição 1980)

Side One

Black Magic Woman - Coming Home - Lazy Poker Blues - Something Inside Of Me - Evenin' Boogie - If You Be My Baby - Without You - Rockin' Boogie (com JT Brown, Honey Boy Edwards e Willie Dixon)

Side Two

Need Your Love So Bad - Rollin' Man - Dust My Broom - I've Lost My Baby - The Big Boat (com Eddie Boyd) - Shake Your Moneymaker - The Sun Is Shining - Last Night (com Walter "Shakey" Horton)

Além de Peter Green (voz, guitarra, harmonica), este Fleetwood Mac eram compostos por Jeremy Spencer (voz, slide), Danny Kirwan (voz, guitarra), John McVie (baixo) e Mick Fleetwood (bateria).

O álbum é produzido por Mike Vernon.

23ª HORA


Este blogue tem amiúde enaltecido o "Em Órbita", do Rádio Clube Português, por um lado, e João Martins, por outro, um programa e um nome que fazem parte da história da rádio portuguesa.
Nada a opôr, obviamente.

Mas a voragem leva-nos por vezes a esmagar outros nomes, outros programas, igualmente meritórios da história do éter nacional.

Lembro agora a "23ª Hora", da Rádio Renascença, e um dos seus esteios (juntamente com João Martins, é certo) Joaquim Pedro.

A "23ª Hora" começou a ser transmitida em 1959 com Joaquim Pedro, Matos Maia e João Pedro Baptista, seus criadores, e também João Martins, Armando Marques Ferreira e Fernando Curado Ribeiro.

Não sendo tão elitista nem inovador como "Em Órbita", a "23ª Hora" cumpria no entanto os objectivos de então que eram sobretudo as novidades que se produziam extra-fronteiras, designadamente a chamada música pop anglo-saxónica, e o incentivo ao chamado yé-yé português.

Voz provavelmente mais conhecida pelo extraordinário "Quando O Telefone Toca" (está lá? é o senhor joaquim pedro? muito prazer em conhecê-lo! posso dizer a frase? posso pedir um disco?), Joaquim Pedro foi o primeiro a abrir o microfone na noite de 08 de Novembro de 1959.

A vigésima, como também era conhecido o programa, teve mais vozes do que uma equipa de futebol: Joaquim Pedro, Matos Maia, João Pedro Baptista, Fernando Curado Ribeiro, João Martins, Armando Marques Ferreira, Carlos Cruz, Fernando Pires, Isa Maria, Maria José Baião, Pedro Castelo, José Manuel Nunes, Dora Maria, Helena Lisboa, Maria Madalena, Clarisse Guerra, Isabel Maria, Dinis de Abreu, José Duarte, Couto Santos...

Na técnica, havia nomes como Moreno Pinto, José Videira, Vítor Cunha...

E o programa tinha diversas rubricas, "Cinco Minutos de Jazz" (José Duarte), "Os Corvos Ao Ouvido" (Leitão de Barros), "Conversas Curtas e Médias" (Américo Leite Rosa), "Os Homens da Meia-Noite" (Santos Fernando e Ferro Rodrigues), "Ao Sabor do Improviso" (António Sérgio), "Quando Os Corações Se Encontram" (Maria Carlota Álvares da Guerra).

O grande problema era a música portuguesa:

As coisas vão melhorando, embora essa melhoria não seja ainda tão evidente quanto desejaríamos... Felizmente que, graças a uma mesa-redonda que realizámos há tempos sobre a música portuguesa e os seus problemas, têm aparecido alguns novos com qualidades excepcionais para o nosso meio. Já estamos a incluir muitas das suas interpretações e estamos esperançados em alargar o seu número. Aguardemos, esperançados que a nossa iniciativa dê os seus frutos (Joaquim Pedro, no 10º aniversário da "23ª Hora").

Foi, por exemplo, a vigésima, que baptizou os Claves.

LISTAS, LISTAS, LISTAS


As 10 maiores atracções turísticas de Londres (2005):

01 - British Museum
02 - National Gallery
03 - Tate Modern
04 - London Eye
05 - National History Museum
06 - Science Museum
07 - Tower of London
08 - Tate Britain
09 - Victoria and Albert Museum
10 - National Portrait Museum

4ª EDIÇÃO DE HUNTER DAVIES (2009)

"The Beatles", Hunter Davies, Ebury Press, 2009, 544 págs.

A única biografia autorizada dos Beatles, da autoria de Hunter Davies, publicou este ano a 4ª edição, para assinalar os 40 anos da .

Trata-se de uma edição revista, aumentada, actualizada e... mórbida!

Inclui um memento mori:

- Neil Aspinall (1942-2008)
- Mal Evans (1935-1975)
- Derek Taylor (1934-1997)
- Aunt Mimi (1903-1992)
- Freddie Lennon (1912-1976)
- Jim McCartney (1902-1976)
- Louise Harrison (1911-1970)
- Harold Harrison (1909-1978)
- Elsie Graves (1914-1987)
- Linda McCartney (1941-1998)
- Maureen Starkey (1946-1994)
- Mona Best (1924-1988)
- Bob Wooler (1926-2002)
- Clive Epstein (1936-1988)
- Dick James (1920-1986)
- Maharishi (1917-2008)