Por um bambúrrio de sorte - ou melhor, ter sorte dá trabalho - encontrei esta semana num alfarrabista de Lisboa este Anuário da RTP, precisamente do ano que estou a pesquisar, de 1969.
Pois bem, no que aos Programas Musicais Ligeiros diz respeito, é possível determinar que conjuntos yé-yé e/ou aparentados passaram então pelo único canal de televisão em Portugal.
Convém recordar que 1969 foi o primeiro ano da chamada primavera marcelista, para os que acreditaram nela, ou seja, uma abertura tímida do regime ditatorial de Salazar até então em vigor.
No intróito desta secção, lê-se no Anuário:
Também em relação ao trabalho do Serviço de Programas de Variedades se tentou a renovação. Procurou-se a participação do público; procurou-se ter com ele um contacto mais directo; buscou-se o seu calor, as suas palmas, as suas reacções vivas; tentou-se saber, imediatamente, qual a sua opinião. "Zip-Zip" foi a grande experiência feita desta política renovadora.
Da longa lista de artistas nacionais que durante 1969 passaram pela RTP, deixem-me destacar os yé-yés ou aparentados:
Carlos Portugal, EFE 5, Emotion, Fluído, Intróito, Lilly Tchiumba, Novarum, Objectivo, Sheiks, Shegundo Galarza, Conjunto Sem Nome, Sindicato, Thilo's Combo, Daniel, Duarte & Ciríaco, Duo Ouro Negro, Fernando Tordo, Filarmónica Fraude, José Jorge Letria, Manuel Freire, Nuno Filipe, Padre Fanhais, Paulo de Carvalho, Quinteto Académico + 2...
No que aos artistas estrangeiros diz respeito, eis alguns nomes que participaram em programas realizados pela própria RTP:
Alberto Cortez, Baden Powell, Caetano Veloso, Chico Buarque da Hollanda, Dalida, Edu Lobo, Georgie Fame, Gilberto Gil, Joaquin Diaz, Long John Baldry, Luis Aguillé, Mutantes, Nara Leão, Pop Tops, Rika Zarai, Foundations, Vinicius de Moraes, Wallace Collection.
Convém recordar que 1969 foi o primeiro ano da chamada primavera marcelista, para os que acreditaram nela, ou seja, uma abertura tímida do regime ditatorial de Salazar até então em vigor.
No intróito desta secção, lê-se no Anuário:
Também em relação ao trabalho do Serviço de Programas de Variedades se tentou a renovação. Procurou-se a participação do público; procurou-se ter com ele um contacto mais directo; buscou-se o seu calor, as suas palmas, as suas reacções vivas; tentou-se saber, imediatamente, qual a sua opinião. "Zip-Zip" foi a grande experiência feita desta política renovadora.
Da longa lista de artistas nacionais que durante 1969 passaram pela RTP, deixem-me destacar os yé-yés ou aparentados:
Carlos Portugal, EFE 5, Emotion, Fluído, Intróito, Lilly Tchiumba, Novarum, Objectivo, Sheiks, Shegundo Galarza, Conjunto Sem Nome, Sindicato, Thilo's Combo, Daniel, Duarte & Ciríaco, Duo Ouro Negro, Fernando Tordo, Filarmónica Fraude, José Jorge Letria, Manuel Freire, Nuno Filipe, Padre Fanhais, Paulo de Carvalho, Quinteto Académico + 2...
No que aos artistas estrangeiros diz respeito, eis alguns nomes que participaram em programas realizados pela própria RTP:
Alberto Cortez, Baden Powell, Caetano Veloso, Chico Buarque da Hollanda, Dalida, Edu Lobo, Georgie Fame, Gilberto Gil, Joaquin Diaz, Long John Baldry, Luis Aguillé, Mutantes, Nara Leão, Pop Tops, Rika Zarai, Foundations, Vinicius de Moraes, Wallace Collection.
6 comentários:
será Dalida e Joaquin Diaz ?
Obrigado pelas correcções!
LT
Se fosse a Dalila, onde andaria o seu Sansão ?
Luís: este anuário está organizado por meses? Como se calhar já reparaste ando a fazer também um "levantamento" (musical e não só) do ano de 1969, mas vou tentando fazer a coisa mês a mês. O que não tenho a certeza ficará para o fim do ano.
Agora, se este anuário RTP estivesse ordenado por meses dava um jeitão do caraças!
Estás a imitar-me, Ratão? eheheh! Ainda bem! E não, o Anuário, desse ponto de vista (como dizem agora os chamados comentadores televisivos), é fraquito...
LT
Acerca da nossa RTP há historias interessantissimas e realmente é curioso descobrir que em 69 no ZIP-ZIP e no programa juvenil aos sábados á tarde,apareciam coisas muito para a frentex.
Segundo me contaram,depois de 74 e durante a gerência de um dos variados conselhos,houve uma enorme falta de petróleo e seus derivados,portanto grande dificuldade em obter materil de video para gravação.
Brilhantemente uma senhora que na altura tinha poder (por acaso apareceu agora de novo na RTP1)mandou desgravar "N" fitas ou cassetes para serem reaproveitadas.
Segundo parece,não houve qualquer critério,e autênticos clássicos como o ZIP-ZIP e outros programas "fôram á vida".
Na realidade sempre achei estranho que quando há qualquer citação ao dito programa,as imagens são sempre as mesmas.(deve ter sido qualquer fita ou cassete que ficou esquecida).
ATT:
Estou a vender esta historia pelo mesmo preço com que me venderam a mim,de qualquer maneira como a historia já me foi confirmada por várias pessoas e os factos falam por si,é triste não ter havido um pouco mais de cuidado e critério...
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