domingo, 18 de julho de 2010

2º EP DOS SHEIKS (1966)


PARLOPHONE - LMEP 1215 - 1966

Missing You (Carlos Mendes/José Alberto Diogo) - When I'm Asking You (Carlos Mendes/José Nascimento) - Tell Me Bird (Paulo de Carvalho) - Velho Moinho (Paulo de Carvalho)

Esta é - em minha opinião - uma das mais belas e emblemáticas capas de disco do yé-yé português... para não falar do conteúdo.

E nenhum dos Sheiks com quem consegui falar se lembra quem foi o autor da fotografia, tirada à porta do Jardim da Estrela, em Lisboa. Lembram-se sim que a ideia surgiu no momento.

José Nascimento, co-autor de "When I'm Asking You", amigo do conjunto, do tempo da "Tentadora" (Campo de Ourique, Lisboa) é cineasta, realizador, por exemplo, de "Repórter X".

Trabalhou também na rádio com João Martins.

20 comentários:

Fantomas disse...

Tenho 2 ediçoes deste disco iguais, mas com versoes do "Tell me bird" completamente diferentes uma da outra. tanto em arranjos, como na letra.

filhote disse...

Disco de charneira!

Ou de como as castanhas assadas conferiram um paladar mais lisboeta à Beat luso-britânica.

Um dos EPs da minha coleção de que mais gosto. E não apenas pelo facto de, durante anos a fio, percorrendo o trajecto casa-liceu (Pedro Nunes), aquelas castanhas terem alimentado a minha alma.

Repito o que aqui já escrevi: os Sheiks foram a melhor banda portuguesa de todos os tempos!

Camilo disse...

"filhote"...
Nem tanto ao mar...
Este "Tell me bird" ainda hoje tenho o vinil quase novo.

Muleta disse...

reconheço o disco, eh eh eh
e já repararam que a capa destaca o tell me bird e não o missing you, que veio a revelar-se o grande êxito da banda?

Abel Rosa disse...

Meu Caro Filhote...tal e qual o meu percurso de sempre, a casa dos meus pais (ainda existe, agora também minha) é praticamente no cimo da calçada da Estrela e claro também era o meu caminho para o Pedro Nunes. Conheci bem as 2 famílias que durante anos abrilhantavam os meus olhos e as guloseimas de menino nos 2 portões do Jardim, Gelados no Verão e as Castanhas no Inverno, Nostalgias!

Jack Kerouac disse...

E o salão de jogos ali em frente, ao lado do Loucuras, como se chamava aquilo ? ainda lá passei umas tardes a jogar bilhar.

filhote disse...

"Ali em frente", não, Kerouac!

Para sermos rigorosos, a meio da avenida Álvares Cabral, à direita de quem desce. Ou seja, para lá do outro lado do Jardim da Estrela, para lá do liceu Pedro Nunes.

Falas da Meca da minha adolescência, do inesquecível Jardim Cinema, escandalosamente desaparecido.

Por onde "passou" o Loucuras era a sala de cinema propriamente dita, onde assisti a belíssimas reposições. Ao lado, abriam-se as portas da perdição... flippers, ping-pong, matrecos (futebol e hóquei), bilhar, snooker... que saudades, senhores!!!

Jack Kerouac disse...

Então o Liceu que fica ali em frente, é o Passos Manuel ? sempre confundi os 2, é que ambos tinham equipas federadas de Andebol, e sempre os confundi, peço desculpa aos interessados :)

ié-ié disse...

Não. É o Pedro Nunes. Também lá fiz umas cadeiras do 7º ano, como OPAN...

LT

JC disse...

Bilhar, JK? És muito fino". Matrecos é que era o "dado"!Agora é uma loja estilo "chinês" que dá pelo nome de Ofraglov, ou coisa no género. E o jardim Cinema era mais conhecido pelo "Palhinhas". E de acordo, Filhote, os "Sheiks" foram a melhor banda portuguesa de sempre.

Jack Kerouac disse...

JC, Matrecos é coisa de gentios, alguma vez eu iria sujar as minhas mãos de óleo ? Só Bilhar ou Snooker, e com tacos feitos de madeiras nobres das melhores proveniências...

Abel Rosa disse...

E quem se lembra das sessões contínuas no Palhinhas....que filmes por lá vi, as comédias italianas, o TÓTÓ, as séries B americanas, os 31 partes ...e também a Laura Antonneli e a Ornella Muti isto para não falar de toda a série da Hammer...Golden Times.

ié-ié disse...

E sabem o porquê da alcunha de "Palhinhas", sabem? Porque havia as cadeiras de verga (isso mesmo) a 3$50 e as chamadas "poltronas" (mais à cinema) a 5$00. E eram dois filmes inteiros, a maior parte das vezes de cow-boys!

LT

gps disse...

Sheiks melhor que Quarteto 1111 ? Não conheço bem os Sheiks, ma não é essa a minha opinião

filhote disse...

Abel: lembro-me bem das fitas da Ornella Muti no Jardim Cinema! E da Hammer!

JC e Kerouac: matrecos sempre! E com bolas de madeira! Cheguei a ser craque e participava em campeonatos!

gps: nunca é tarde para descobrir os EPs dos Sheiks. Em Portugal, permanecem imbatíveis!

JC disse...

C/ bolas de madeira e pagamtº em moedas de dez tostões! (moedas brancas). Lembro-me de para aí em 95 ou 96 ainda ter ido lá jogar.

filhote disse...

E apesar das Ornellas e afins, o filme que mais me marcou no Jardim Cinema foi "Jonas (qui aura 25 ans en l'an 2000)", de Alain Tanner.

O filme é de 1976, mas eu vi-o em reposição por volta de 1984/85.

As coisas que me marcavam aos 18 anos...

JC disse...

Vi o "Jonas" no~extinto Quarteto. Do Tanner ainda vi "A Cidade Branca" e tinha visto "A Salamandra" e "Retour D'Afrique". Nada retenho de especialmente interessante...

filhote disse...

Também vi "A Cidade Branca", JC.

"Jonas" não será um grande filme, porém, aos 18 anos, na minha fase pseudo-artística-pré-conservatório, teve um certo impacto.

Muleta disse...

e ao lado do jardim cinema havia uma barraca de venda de revistas (sim dessas e tambem Patinhas) e livros em segunda mão.........