Morreu no Brasil o baterista dos Claves, José Jarvis de Athouguia. Segundo as últimas informações, vivia no Nordeste brasileiro, onde explorava um restaurantes. Teria 62/63 anos.
Era um autêntico Keith Moon da banda, pela inata irreverência, diz quem o viu tocar.
José Athouguia começou em 1963 nos Ecos com Luís Pinto de Freitas (viola solo), Manuel Athouguia (viola ritmo), seu irmão, já falecido, também, e António Sallaty (viola baixo).
Actuaram na RTP e gravaram um disco instrumental no Centro de Cooperação Técnica, um pouco à maneira dos Quarrymen, antes dos Beatles.
O disco, instrumental, inclui "Apache", "South Of The Border", "Gestapo", "Round And Round", "Midnight" e "Walk Don't Run".
Em 1965 entrou para os Saints (futuros Claves) em substituição de Alexandre Corte Real.
E o resto é história...
Na imprensa da época fazia-se o seguinte perfil de José Athouguia:
José Jervis de Athouguia - é o elemento mais recente do grupo. Toca bateria e piano (fora da banda). Nunca aprendeu música, tocando por intuição. Tem 18 anos, nasceu em Cascais e vive em Lisboa. Não gosta de música yé-yé que acha muito ruidosa, prefere a pop-música, que é mais melodiosa. Não gosta de cinema, nem de teatro, mas gosta de dormir. Pratica hipismo, automobilismo e carrinhos eléctricos. Estuda, mas não tem projectos. Admira o Thilo's Combo, João Ferreira Rosa e Beach Boys.
Era um autêntico Keith Moon da banda, pela inata irreverência, diz quem o viu tocar.
José Athouguia começou em 1963 nos Ecos com Luís Pinto de Freitas (viola solo), Manuel Athouguia (viola ritmo), seu irmão, já falecido, também, e António Sallaty (viola baixo).
Actuaram na RTP e gravaram um disco instrumental no Centro de Cooperação Técnica, um pouco à maneira dos Quarrymen, antes dos Beatles.
O disco, instrumental, inclui "Apache", "South Of The Border", "Gestapo", "Round And Round", "Midnight" e "Walk Don't Run".
Em 1965 entrou para os Saints (futuros Claves) em substituição de Alexandre Corte Real.
E o resto é história...
Na imprensa da época fazia-se o seguinte perfil de José Athouguia:
José Jervis de Athouguia - é o elemento mais recente do grupo. Toca bateria e piano (fora da banda). Nunca aprendeu música, tocando por intuição. Tem 18 anos, nasceu em Cascais e vive em Lisboa. Não gosta de música yé-yé que acha muito ruidosa, prefere a pop-música, que é mais melodiosa. Não gosta de cinema, nem de teatro, mas gosta de dormir. Pratica hipismo, automobilismo e carrinhos eléctricos. Estuda, mas não tem projectos. Admira o Thilo's Combo, João Ferreira Rosa e Beach Boys.
7 comentários:
cuidado rapazes, a molestia anda ai.
É bem verdade,a moléstia anda aí,e de certeza que mais cedo ou mais tarde há-de calhar a todos nós.
Mas uma coisa te garanto caro Zé Athouguia quando aí chegarmos faremos tanto barulho com a nossa música que o S,Pedro dará parte de doente e o Diabo vai para o desemprego pois o verdadceiro INFERNO será aí!!!!
Fui apanhado de surpresa.
Estou triste pela partida de uma pessoa que conheci logo no dia em que nasci - muito provavelmente. Uma pessoa da qual apenas guardo boas memórias.
"Keith Moon da banda"? Musicalmente era mais Ringo, mas sim, pela atitude podemos compará-lo com o "Moony".
José Athouguia foi uma verdadeira estrela do Rock'n'Roll. Mesmo quando não tocava bateria. Infelizmente, como todas as estrelas do Rock'n'Roll, viveu sempre no limite das emoções. Viveu depressa e intensamente. Paz à sua alma.
Na minha memória ficará sempre gravada uma noite de Verão na Costa da Caparica em que ele voltou a pegar nas baquetas para tocar com os Pedro e os Apóstolos. Ou então, aquelas noites a fio no bar Anos 60 em que me acompanhava com a pandeireta... "We Can Work It Out!"
Mais um vazio que fica...
O Zé era "uma força da natureza". Sempre com um brilhozinho nos olhos.
Fica a recordação duma figura insubstituivel.
O espaço da nossa geração vai-se lentamente esvaziando...
Seia um Keith Moon? Pelo menos na atitude, ou talvez um B. J. Wilson pela mesma razão.
Sem dúvida, Rocket Roller.
E que brilhozinho nos olhos! Nos anos 60, as meninas derretiam-se com ele...
E, mais que um Keith Moon ou B.J. Wilson, o Zé era a versão portuguesa de Dennis Wilson. Sem tirar nem pôr!
"Good Vibrations"!
Não conheci o Zé nem muito bem, nem muito tempo, mas o suficiente para sentir que de facto ele tinha uma boa onda. Tinha aquela descontracção caracteristica da época em que tudo nos corria bem. Descanse em paz.
Nos idos anos 60 nunca me cruzei com o Zé nem com nenhum dos seus companheiros de grupo. Vim a conhecê-lo muito mais tarde em encontros esporádicos, nalgumas paródias, realizadas com os Claves. Cheguei a tocar com eles e muito gostei, praticamente sem ensaiar. Retive apenas que o Zé Athouguia ouvia muito mal, nessa altura, mas safava-se lindamente. Essa formação contava com: Luís Pinto Freitas (companheiro actual nos Rockfellas), Luís Freitas Branco e o teclista João Ferreira da Costa.
A notícia da morte deste amigo entristeceu-me. Let the Good Times Roll!
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