Imagem retirada do BLITZ
O compositor e maestro José Calvário, 58 anos, morreu hoje em Oeiras, vítima de um prolongado enfarte cardíaco de que nunca recuperou.
José Calvário nasceu no Porto em 1951 e o piano foi um dos primeiros e marcantes "encontros" da sua vida. Tinha seis anos quando deu o seu primeiro recital, no Conservatório de Música da cidade nortenha.
Não muito tempo depois, com 10 anos, já então sabendo ler partituras, deu o primeiro concerto com a Orquestra Sinfónica do Porto, dirigida pelo maestro Silva Pereira.
Depois do Porto, a etapa seguinte foi a Suíça, onde os pais queriam que se formasse em Economia. Aí aceitou o convite de colegas estudantes e integra uma orquestra de jazz. Os estudos postos de lado, acaba por receber dos pais a ordem de regressar, e cumpre-a.
Em 1971, em Lisboa, lê um anúncio do Festival da Canção e decide concorrer. Logo no ano seguinte, com José Niza, representa Portugal na Eurovisão e consegue então uma das melhores classificações de sempre ("A Festa Da Vida", Carlos Mendes).
Regressará ao Festival com Niza e a canção "E Depois Do Adeus", que algum tempo depois seria uma das canções-chave do 25 de Abril.
Grava com cantores como Adriano Correia de Oliveira, Fernando Tordo, Carlos Mendes, entre outros.
"Saudades", um álbum de 1985, gravado com a Orquestra Sinfónica de Londres, é um sucesso de vendas.
adaptado de uma notícia da Agência Lusa
Outros projectos relevantes de José Calvário (música):
- Flor Sem Tempo (Paulo de Carvalho)
- Gente (Duarte Mendes)
O compositor e maestro José Calvário, 58 anos, morreu hoje em Oeiras, vítima de um prolongado enfarte cardíaco de que nunca recuperou.
José Calvário nasceu no Porto em 1951 e o piano foi um dos primeiros e marcantes "encontros" da sua vida. Tinha seis anos quando deu o seu primeiro recital, no Conservatório de Música da cidade nortenha.
Não muito tempo depois, com 10 anos, já então sabendo ler partituras, deu o primeiro concerto com a Orquestra Sinfónica do Porto, dirigida pelo maestro Silva Pereira.
Depois do Porto, a etapa seguinte foi a Suíça, onde os pais queriam que se formasse em Economia. Aí aceitou o convite de colegas estudantes e integra uma orquestra de jazz. Os estudos postos de lado, acaba por receber dos pais a ordem de regressar, e cumpre-a.
Em 1971, em Lisboa, lê um anúncio do Festival da Canção e decide concorrer. Logo no ano seguinte, com José Niza, representa Portugal na Eurovisão e consegue então uma das melhores classificações de sempre ("A Festa Da Vida", Carlos Mendes).
Regressará ao Festival com Niza e a canção "E Depois Do Adeus", que algum tempo depois seria uma das canções-chave do 25 de Abril.
Grava com cantores como Adriano Correia de Oliveira, Fernando Tordo, Carlos Mendes, entre outros.
"Saudades", um álbum de 1985, gravado com a Orquestra Sinfónica de Londres, é um sucesso de vendas.
adaptado de uma notícia da Agência Lusa
Outros projectos relevantes de José Calvário (música):
- Flor Sem Tempo (Paulo de Carvalho)
- Gente (Duarte Mendes)
- Voltarei (Dora)
- Fala do Homem Renascido (Vários)
Musicou ainda uma letra de Dias Loureiro para um Hino do PSD e um poema de Natália Correia para um Hino da Aliança Democrática.
- Fala do Homem Renascido (Vários)
Musicou ainda uma letra de Dias Loureiro para um Hino do PSD e um poema de Natália Correia para um Hino da Aliança Democrática.
10 comentários:
Que pena, que pena, que pena!
E ainda tão novo!
Das pessoas mais encantadoras que conheci, amigo de uma lealdae a toda a prova, lembro-me de, em 1991, ter vindo a Lisboa por um dia (estava em Londres havia meses, a gravar), apenas para votar numa certa Assembleia Geral de um banco que pretendia destituir o conselho de administração, de que um amigo era presidente. Tenho algures retratos dessa noite, no jantar de madrugada nos Bons Amigos.
Até sempre, Zé! A Festa da Vida será sempre a minha favorita entre as músicas que foram à Eurovisão.
Pois é!!!
Os bons partem depressa!!!
Nunca me foi dado o prazer de conhecer o Zé Calvário mas tinha por ele uma enorme admiração pois os seus arranjos ultrapassavam em tudo o que outros colegas faziam "sobre o joelho".
Claro que não achei estranho nunca lhe ter sido atribuido nada (julgo eu!!)por ter sido o compositor do "E DEPOIS DO ADEUS" pois nesta terra já nada me admira,mais a mais quando uma medalha foi atribuida a quem a interpretou (não há qualquer dúvida em relação á qualidade do Paulo!!).
Enfim!!!!!
Os meus sentimentos.
("A Festa da Vida", por Carlos Mendes, é um dos discos da minha vida!)
Imagem retirada do BLITZ
[ do/da/do site da]
no http://ovelhoblitz.blogspot.com/ deve estar para publicar a tabela com a entrada do primeiro volume de "Saudades".
Eu gosto de muita coisa do Festival RTP e temas como "Flor Sem Tempo", "E depois do Adeus" ou "A Festa da Vida" são grandes clássicos da nossa música.
É pena que nos lembremos apenas quando partem. Ainda há dias alguém falava do Arnaldo Trindade que anda tão esquecido e que foi um visionário. Esta primeira parte da vida do José Calvário é toda na Orfeu/AT.
Tens razão, Daniel!
Agorra que morreu, pode ser que seja "lembrado".
Depois, "estamos" na casa dos "sixties"...e lembro-me de uma do Vicky:
«-Ultimamente, ou me convidam para jantar ou para... o funeral dum amigo!»
Caro ASD, caro Camilo,
É uma pena que, na maior parte das vezes, sejam as pessoas que não esquecem (como eu, como nós), as que não têm poder para homenagear como seria justo.
Ainda há pouco mais de um ano falei dele e, claro, da sua fabulosa Festa da Vida. Aqui:
http://gotaderantanplan.blogspot.com/2008/04/euroviso-os-vencidos-que-foram.html
Já fui ao blogue:
http://gotaderantanplan.blogspot.com/2008/04/euroviso-os-vencidos-que-foram.html
Não o conhecia.
Publiquei isto na Gota:
http://gotaderantanplan.blogspot.com/2009/06/adeus-ze.html
Uma querida amiga minha, que sabe do que fala, deixou lá este comentário:
«Quero mesmo deixar aqui um comentário. Que acho lamentável a Sociedade Portuguesa de Autores, de onde o querido José Calvário era membro desde Abril de 1971 e cooperador desde 1988 não tenha tido uma palavra, um apontamento, uma linha, uma nota de música sequer, para o homenagear.
SEM COMENTÁRIOS...»
Já enviei um mail à administração da SPA (a cópia está na caixa de comentários do post, mas eu deixo-a aqui). Mais alguém quer juntar-se-nos e contactar os senhores? O endereço é
administracao@spautores.pt
E, já agora, deixar cópia do que escreveu aqui ou lá na Gota, tanto faz.
Eu escrevi isto:
«Caros Senhores,
É com supresa que verifico o total silêncio na vossa página quanto à morte do Maestro José Calvário, há dois dias.
Não vou alongar-me. Era um músico versátil e de grande talento. Era uma pessoa encantadora. Era também, há muitos anos, membro da SPA (julgo que desde o princípio dos anos 70, talvez 1971, talvez 1972, não sei com exactidão), e estou certa de que muito dinheiro terá dado a ganhar à SPA.
Neste momento, confesso, estou chocada. Talvez esteja a ser injusta. Talvez estejam a preparar-lhe uma homenagem maior, talvez já haja flores a caminho da Basílica da Estrela, onde hoje, às 14h00, haverá missa de corpo presente. O enterro será a seguir, no Talhão dos Artistas, no Cemitério dos Prazeres.
Mas, a meu ver, numa sociedade que é dos autores portugueses, a mais bela homenagem parece-me sempre a que é feita através da palavra escrita. Porque é perene. Um anúncio num jornal, talvez?
Estou impressionada. Mal impressionada.
Cumprimentos pesarosos.
Teresa L...»
Tarde e a más horas, a SPA noticiou a morte de José Calvário. Talvez a minha e as vossas mensagens tenham pesado. Mas é triste:
http://www.spautores.pt/page.aspx?contentId=1276&idMasterCat=39
Leiam as palavras que Samuel escreveu, ontem, sobre o maestro José Calvário, no seu blogue: http://samuel-cantigueiro.blogspot.com.
Apesar de, politicamente, se encontrar longe de José Calvário, não deixa de lhe reconhecer o mérito e as qualidades.
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