segunda-feira, 1 de junho de 2009

TERREIRO DO PAÇO


A Praça do Comércio, em Lisboa, é geralmente chamada Terreiro do Paço. Ficou-lhe este nome por entestarem com ela os antigos Paços da Ribeira, moradia real edificada por D. Manuel I, e destruída pelo terramoto de 1755.

É uma praça de admiráveis proporções, com o lado sul achegado ao Tejo, para o qual se desce por uma escadaria ladeada por duas colunas de mármore e que, por isso, se chama Cais das Colunas.

Dos outros lados, erguem-se os edifícios em que se encontram instalados quase todos os Ministérios e vários serviços do Estado. Esses edifícios rematam, junto ao Tejo, em dois grandes torreões e as suas fachadas assentam em amplas arcadas.

Do lado norte, abre-se a meio o Arco da Rua Augusta, que é a porta principal da cidade para quem vem do rio. No topo do arco, entre duas figuras que representam o Tejo e o Douro, vê-se a Glória a coroar o Génio e o Valor dos nossos maiores; aos lados do monumento, as estátuas de Viriato e de Nuno Álvares, de Vasco da Gama e do Marquês de Pombal.

Ao centro da esplanada, ergue-se a estátua equestre de D. José, a primeira que se fundiu de bronze no nosso país. Representa o soberano a cavalo e é por isso que se chama equestre. Aos lados do pedestral há dois grupos, um a figurar o Triunfo e outro a Fama: na frente, por baixo das armas reais, vê-se o retrato do Marquês de Pombal num medalão de bronze.

O Terreiro do Paço forma um rectângulo de 192 metros por 177. A estátua de D. José pesa 29.370 quilos. Fundida no Arsenal do Exército, levou três dias e meio a trazer até este lugar, numa zorra puxada por mais de mil pessoas.

in "Livro de Leitura da 3ª Classe"

5 comentários:

Fernando Correia de Oliveira disse...

O Terreiro do Paço (Praça do Comércio) esteve um século para ser construído, depois do terramoto de 1755, essencialmente por falta de dinheiro. O Arco Triunfal só foi completado no final do século XIX e o relógio que dá para a Rua Augusta ainda foi lá colocado mais tarde. Houve vários projectos para a praça, desde o dia a seguir ao terramoto, e parece que a febre de "mudar" a zona continua, agora como sempre sob grande polémica. Na minha opinião, quanto mais despido, vazio, "zen" fôr o espaço, melhor será. Especialmente, sem soluções tipo "arquitectura de autor". Mas sem ser também o albergue nocturno de cada vez mais sem abrigo, que ali dormem nas arcadas. Não é politicamente correcto, mas o cheiro a mijo também não.

Jack Kerouac disse...

Eu acho que a melhor ocupação que o Terreiro do Paço teve, foi na noite de 24 para 25 de Abril, quando esteve decorado com os carros de combate da EPC, eu tirava de lá esse tal de D. José, e erguia uma estátua ao Salgueiro Maia.

CF disse...

Completamente de acordo!

Cruz disse...

Completamente de desacordo

Que se faça outro Terreiro e outra estátua :)

JC disse...

Ora até que enfim eu estou de acordo c/ o JK! Mas deixe lá estar o D. José e ponha a estátua do Maia (que bem a merece em Lisboa) noutro sítio.