sábado, 10 de janeiro de 2009

CAPA MISTERIOSA


ATLANTIC - HATS 421-112 - edição espanhola (1973)

La Canción Queda Igual (The Song Remains The Same) - La Canción De La Lluvia (The Rain Song) - Sobre Las Colinas Y Muy Lejos (Over The Hills And Far Away) - La Ilusión (The Crunge) - Dias De Baile (Dancing Days) - D'yer Mak'er - Ningún Rincón (No Quarter) - El Oceano (The Ocean)

Durante cerca de 35 anos, esta foi uma das mais misteriosas capas da história do rock. O álbum propriamente dito, esse continua a ser um dos melhores de sempre da história do rock (digo eu).

A capa é da autoria dos designers Hipgnosis (Aubrey Powell e Storm Thorgerson, sim o dos Pink Floyd) que a idealizaram no norte da Irlanda, no histórico sítio das colunas de basalto (dizem que umas 40 mil) conhecido como Giant's Causeway, Património Mundial da Humanidade.

Foi uma segunda escolha. A ideia inicial era levar um zeppelin para Nazca, o famoso sistema de vales no sul do Perú.

Robert Plant ainda sugeriu, sem sucesso, a praticamente inacessível ilha escocesa de Staffa.

Se bem repararem, a capa do álbum, em gatefold e com abertura por cima (pelo menos a edição espanhola), é completamente anónima, não havendo quer o título do álbum, quer o nome da banda.

Durante muitos anos formou-se o mito de que a criança que eu numerei com o 2 seria Courtney Love ou Samantha Fox.

Afinal, revelou a Q em Fevereiro de 2007, a criança é a modelo Samantha Gates, então com 6 anos. Três anos mais tarde, apareceu na contracapa de "Presence", também dos Led Zeppelin.

A criança que eu numerei com o 1 é o irmão de Samantha, Stefan, com 4 anos, hoje um dos mais famosos apresentadores da TV britânica.

Nos Estados Unidos a capa foi censurada e, nalguns estados, mesmo proibida.

"Hoje em dia não teria sido possível uma capa destas, seríamos acusados de pedófilos. Na altura eramos hippies, andávamos nus", considera agora Aubrey Powell.

5 comentários:

josé disse...

O LP que tenho, dos anos oitenta, tinha uma tarjeta a envolver o disco, como o nome do grupo.
Por outro lado, este disco contém a canção que me levou a escutar os Led Zeppelin com maior atenção: Over the hills and far away.

E ando aprender a tocar na guitarra acústica, para ver se consigo fazer o que este tipo faz. Está quase...

Rato disse...

Pena não mostrares a capa em todo o seu esplendor. E sem etiquetas, é claro...

filhote disse...

Dos discos dos Zeppelin, sempre preferi o "III", o "IV", e principalmente "In Through the Outdoor" (já enfiei o capacete, podem apedrejar-me!).

"All My Love" é uma canções de amor mais bonitas que ouvi. E "I'm Gonna Crawl"... ai, senhores!

Na realidade os Zeppelin são a única banda Hard/Heavy de que consigo verdadeiramente gostar. Talvez por terem canções que exploram outras áreas musicais como a Folk e os Blues.

Enfim, deles pode-se dizer que não produziram um único LP mau!

josé disse...

Antes de 1973 e deste disco, os Lp´s dos Led Zeppelin, não existiam para mim. Existiam apenas os singles. Whola lotta love, Immigrant Song, Black Dog e rock n roll.
Stairway to heaven já era um tema de esquisitice, ouvido muito depois de sair.

Com Over the hills e a sua introdução acústica, do mesmo tempo que Angie dos Stones, iluminou-se um mundo.

Por isso, em 1975, quando saiu Physical Grafitti, foi a revelação. Só descansei quando apanhei o disco gravado em cassete.
Esse é o grande disco dos Zeppelin, para mim.

Anónimo disse...

Faltou assinalar, em 11 de Janeiro, o 40º aniversário da edição do 1º álbum dos LZ