segunda-feira, 6 de outubro de 2008

PENNY LANE/STRAWBERRY FIELDS FOREVER


PARLOPHONE LMEP 1267 - 1967 - edição portuguesa

Penny Lane - Love You To - Strwberry Fields Forever - Tomorrow Never Knows

O single inglês foi editado no dia 17 de Fevereiro de 1967, demorou dois meses a chegar a Portugal, onde foi publicado a 04 de Abril, como EP, com "Love You To" e "Tomorrow Never Knows".

No ano de saída em Portugal vendeu 4.281 cópias, uma das quais a da imagem, que me custou, na altura, 63$00 (€ 0,31).

Não vale a pena inventar histórias: "Penny Lane" não foi nº 1 em Inglaterra e ponto final. "Release Me", de Engelbert Humperdinck, vendeu muito mais, foi a nº1 e ponto final.

Aliás, "Penny Lane" nem sequer foi dos 10 singles mais vendidos na Grã-Bretanha nesse ano, cuja lista é a seguinte:

01 - Release Me - Engelbert Humperdinck
02 - There Goes My Everything - Engelbert Humperdinck
03 - Last Waltz - Engelbert Humperdinck
04 - Just Loving You - Anita Harris
05 - San Francisco (Flowers In Your Hair) - Scott McKenzie
06 - Puppet On A String - Sandie Shaw
07 - I'll Never Fall In Love Again - Tom Jones
08 - There Must Be a Way - Frankie Vaughan
09 - A Whiter Shade Of Pale - Procol Harum
10 - I'm A Believer - Monkees

Não deixa de ser curioso observar esta lista de um ano - 1967 - que é dos mais emblemáticos da chamada swinging London.

Mas "Penny Lane" foi a nº1 nos Estados Unidos e por isso está na colectânea "1", de 2000.

No próprio dia da edição na Grã-Bretanha, "Penny Lane" vendeu 100 mil cópias e 350 mil em três dias. E não, não houve divisão de vendas.

Aceitemos os factos como realmente aconteceram. À época, confesso que tive raiva do pimba, hoje acho-lhe graça e não perco uma boa compilação do senhor.

34 comentários:

Anónimo disse...

Numa rádio canadiana que costumo ouvir [picar] através do satélite dá aos domingos a repetição de emissões do "Casey Kasem's American Top 40" da década de 80. Além de poder-se ouvir clássicos daquela altura podemos ouvir alguma "trivia" da rock era. As emissões são da data mas o ano vai variando. Na de ontem apresentaram um top de 1984": 1º Let´s go crazy de Prince; 2º-I Just Call de Stevie Wonder; 3º Drive-Cars. Mas o que é que isto tem a ver com os Beatles. Na emissão de ontem houve uma pergunta de um ouvinte sobre canções com nomes de ruas. Havia várias [Electric Avenue,...] mas a única que tinha chegado a nº1 (até aquela altura) era o "penny lane".

Jack Kerouac disse...

É porque eles não conhecem a "Rua do Carmo"

Edward Soja disse...

Eheh

Bem, uma dúvida, para acreditar mesmo no número que li: nos correios - um lugar onde já alguém por aqui escreveu que se pode comprar de tudo menos selos - estão à venda aqueles mini-livros (eheh, como o mini-caixotinho...) com os discos mais vendidos nos EUA.

Quantas cópias é que o álbum branco vendeu mesmo?
Terei lido bem?
11 milhões de cópias? Mas, a que período se referem essas vendas?

Amigo LPA, responda com a sua imensa sabedoria, por favor.
Cá estamos.

Anónimo disse...

Relativamente a este último comentário acerca de quantas cópias vendeu o "White Album" penso poder dar alguns esclarecimentos...

Em Dezembro de 1991 foi certificado nos EUA por vendas de 7 (sete) milhões de cópias (leia-se 7 milhões de álbuns duplos). Esta certificação é feita pela RIAA (Record Industry Association of America) a pedido da editora (a Capitol neste caso) que procede a uma auditoria dos documentos que provam as vendas, ou mais concretamente as cópias vendidas ás lojas pela editora. No caso de álbuns já com alguns anos de venda ao público estes "shipments" podem considerar-se muito semelhantes ás verdadeiras vendas das lojas aos fans de música.
Segundo a Soundscan, empresa americana que contabiliza a venda de discos da loja ao público (por oposição ao "shipment" da RIAA acima referida) desde 1991, o "White Album" vendeu desde 1991 até Maio deste ano qualquer coisa como 3,180,000 cópias no mercado americano (mais de três milhões de albums duplos).
Pode por isso afirmar-se que o "White Album" já vendeu nos EUA mais de 10 milhões de cópias entre 1968 e 2008. Eu diria que o número mais provável será 10.5 milhões de cópias.
Fora dos EUA existe pouca informação disponível excepto a seguinte:
No Canadá este álbum foi certificado por vendas de 800,000 cópias (oitocentos mil álbums duplos) em 1995.
No Reino Unido desconhece-se as vendas totais desde 1968 mas entre 1992 e 2006 vendeu mais de 400,000 cópias. Na lista dos 110 álbums mais vendidos de todos os tempos no RU publicada no fim de 2006, com todos os álbums que venderam mais de 1.6 milhões, o "White Album" não estava presente.
No Japão, enquanto esteve presente na tabela ORICON de vendas de álbums quando foi editado em 1968, só vendeu cerca de 60,000 cópias.

Edward Soja disse...

Olha! até pensei que tinha sido eu a responder à pergunta que coloquei...

Bem, obrigado pela pronta resposta.

A música é um mundo...
Uma pessoa, se quiser, até se perde entre os números!

:)

Rato disse...

Acabei de comprar no Ebay por 63 euros (portes incluidos) uma primeira edição do "White Album" (nº de série da capa, 0443700). Bem sei que os mais raros e valiosos vão até ao 10.000 (pelo menos a fazer fé no último nº da Record Collector), mas como só tinha uma reedição (o meu primeiro original - esse sim, bastante valioso - ficou por terras do Índico) esta aquisição deu-me um ganda gozo! Ainda por cima ganha in extremis, nos últimos segundos do leilão on-line!

ié-ié disse...

O meu é 39.063, está completo (poster, fotos, abre por cima, capas interiores pretas, Parlophone amarelo) e, segundo a "Record Collector", vale... uma batelada de massa!

O outro é 198.790 e está completo também.

Em todo o caso, parabéns pela tua aquisição! está completo?

LT

Guga! disse...

Me diz uma coisa. Dá pra baixar algo neste blog?? Abraços

Rato disse...

Tens o livro de cotações do RC? É que neste último nº da revista a cotação fica-se pelas 600 libras (nºs de série 1001 a 10.000). Em estado MINT é claro.
O que acabei de comprar (ainda não o tenho, portanto) encontrava-se cotado pelo vendedor como "Excelente" e, claro, vem completo, com poster e fotos. As capas interiores são pretas e também "abre" por cima.
Mas acho que tu ainda tens algo mais valioso - o "Yellow Submarine" com etiqueta Odeon, que foi empacotado em exclusivo para Portugal e em pequena quantidade. Em estado MINT está cotado em 1.200 libras!

ié-ié disse...

Lamento, mas este blog não permite downloads. Apenas informação e comentário.

LT

ié-ié disse...

Qual é a etiqueta, Rato? Apple? Parlophone amarelo? Parlophone normal?

LT

Rato disse...

A etiqueta é Apple com a designação "An E.M.I. Recording". Segundo creio esta é uma das maneiras de se saber se é ou não uma 1ª edição. Mas se não fôr, paciência, também não paguei nenhuma exorbitância...

Rato disse...

Voltando um pouco atrás, Luís: etiqueta Parlophone? Mas então este album não foi o primeiro que os Beatles editaram na sua nova editora? Bem sei que a "casa-mãe" era a EMI-Parlophone, mas sempre me lembro de ver o "White Album" com etiqueta Apple.
Existem outros pormenores que gostaria de ver esclarecidos pois a minha biblioteca Beatliana é omissa. Por exemplo:
- Qual a tiragem da 1ª edição? Já ouvi falar em 5 milhões, também em 9.
- O nº de série era real? Ou seja, enumerava exactamente os albuns editados, desde o primeiro ao último? É que também já li algures que o nº era fictício...
- A partir de que altura é que o nº de série deixou de aparecer? E o nome THE BEATLES deixou de ser "embossado" e passou a ser escrito?
- E essa variedade de etiquetas de que falas, como foi?
Ultimamente tenho lido muita coisa em revistas da especialidade mas não consegui encontrar respostas a estas e outras dúvidas.
Tratando-se do album mais importante no mundo do coleccionismo (segundo o RC) e estando a aproximar-se a data festiva do 40º aniversário, era interessante conhecer-se todas as trivialidades com ele relacionadas.

Rato disse...

Mas mais ainda do que o "White Album", o que eu gostava mesmo de encontrar era a edição original do "Let It Be", a que saíu numa caixa com um livro. Também a tive, infelizmente foi mais uma raridade que ficou para trás. Hoje já me contentava só com o livrinho. Mas estou farto de procurar no Ebay e até hoje... nada!
Não a terás...em duplicado?

ié-ié disse...

Logo, logo, respondo-te mais a preceito, mas, para já, deixa-me dizer-te que é precisamente por "The Beatles" ser (também) Parlophone Amarelo é que vale umas 3.000 libras e não as 600 que dizes. Sim, "The Beatles" foi o primeiro álbum Apple, mas para exportação foi Parlophone Amarelo. Daí a raridade. E não é o único. Também o "Abbey Road" com Parlophone Amarelo vale milhares.

E não, não acho nada que "The Beatles" seja o "álbum mais importante do mundo do coleccionismo". Até tenho dois originais...

LT

ié-ié disse...

Não me obrigues a responder a essa pergunta.

LT

Rato disse...

Eu cá não tenho feitio nem sequer autoridade para obrigar alguém seja ao que fôr; era só curiosidade. Como tens tanta coisa em duplicado, olha..., era mais uma. Até porque mesmo que tivesses sei muito bem que não terias coragem para afastar siameses...

filhote disse...

O LP mais importante do coleccionismo é o "Freewheelin'" do Bob Dylan, Columbia CS8786, 1963, US stereo, contendo 4 faixas diferentes posteriormente retiradas. Está avaliado em 15 mil libras, aproximadamente.

O "White Album", LP Apple PMC/PCS7067/8, 1968, dos números 000001 a 000010, surge no segundo posto. Custa entre 7 e 8 mil libras. Para esta numeração, não existe edição com rótulo Parlophone amarelo/negro, a tal de exportação...

Ponto final.

ié-ié disse...

Huuuummm... não estou tão certo!

Ponto e vírgula.

LT

filhote disse...

Certo de quê?

Reticências.

ié-ié disse...

Da tua lista de discos mais importantes do coleccionismo.

Dois pontos:

O que dizer da "butch cover" e/ou do disco dos Quarrymen? Então deste último há um único exemplar!

Ponto de interrogação.

LT

Rato disse...

Atenção que o nº de série do "White Album" tem 7 dígitos e não seis (por causa dos tais 8 milhões da tiragem inicial. Ou terão sido 5? Ou 9?)

Rato disse...

Para ler diversas curiosidades relacionadas com o "White Album" ir aqui:
http://www.jpgr.co.uk/pcs7067.html

Rato disse...

A propósito, Luís, algum dos teus exemplares é MONO?

ié-ié disse...

OK, pronto, apenas quis simplificar: 0039063 e 0198790.

LT

Rato disse...

A "dica" dos dígitos era para o filhote, não para ti. Já foste dar uma espreitadela ao link que coloquei acima? É interessante, responde a algumas das minhas dúvidas e lá vem a tua etiqueta da Parlophone amarela. E, afinal, tens a edição mono ou não?
E quanto ao "desafio" que te lancei esta manhã? Alinhas ou não?
Se sim, até já tenho uma ideia gira para a capa. Mas só digo depois...
Abraço!

filhote disse...

Várias notas:

1. Quando nomeei os dois mais valiosos LPs do coleccionismo, não inventei nada. Investiguei nas 3 bíblias: "Rare Record Price Guide" da Record Collector; "Record Collectors" do Nick Hamlyn; "Record Album Price Guide" da Goldmine.
E ainda me socorri de memórias minhas de conversas com grandes dílares mundiais nas feiras de Londres, Brighton, Nova York, Uthrech, Barcelona, Paris...

filhote disse...

2. O disco dos Quarrymen vale muito mais que os nomeados por mim. Porém, situa-se fora destas contas por não ser edição fonográfica comercial.

filhote disse...

3. O "Butcher cover", referido pelo Ié-Ié, é obviamente um LP valioso. Mas não tão raro assim. Só em Utrecht, da última vez que lá estive, vi meia-dúzia de cópias. O Vítor, da Discolecção, comprou uma que vendeu ao saudoso José Gamito. E eu, já comprei um exemplar em Nova York que acabei por "passar" em Londres numas belas "trocas e baldrocas".
A minha cópia custou-me 150 contos. A do Vítor, à roda de 60, 70 contos - moeda antiga.

filhote disse...

4. Quanto aos digitos na capa do "White Album", a informação do Rato está correcta (7 digitos). Porém, no livro do Nick Hamlyn (Penguin), prestigiadíssimo, a descrição do item aparece com 6 digitos tanto no texto como na foto... existem insondáveis mistérios no reino do "submundo do vinil"...

... por exemplo, no guia da Record Collector aparece sempre citada uma edição do "Their Satanic Majesties Request" cuja capa é forrada a seda... pois bem, alguns dos maiores especialistas mundiais da matéria, incluindo o Bill da Minus Zero, garantem-me que esse disco simplesmente não existe... e de facto, possuo mais de 100 livros dos Stones, centenas de revistas, e nunca vi semelhante coisa!

filhote disse...

Continuamos nas reticências.

filhote disse...

Para terminar, a minha cópia do "White Album" (Apple), é a número 0591299.

Comprei-a em Londres, numa bela tarde chuvosa, na Intoxica (Portobello Road). Custou-me a módica quantia de 120 libras.

Exclamação.

Rato disse...

Lembrei-me ontem que os últimos 3 albuns dos Beatles que eu tinha em Moçambique ("White", "Abbey Road" e "Let It Be") eram todos "Parlophone normal" (tudo preto, portanto) e que no verso havia sempre um pequeno autocolante verde da Apple (mesmo em forma de maçã), que provavelmente eu teria retirado na altura...

Anónimo disse...

Pois... a tua mania de tirares os autocolantes! Agora lixas-te! Bem feita!!!

LT