sábado, 24 de maio de 2008

OUTRA DA FNAC


Não está em causa a qualidade (ou a falta dela) do CD, mas este espécime custa na FNAC € 18,50 e no armazém do "Manel" € 13,10. Na Worten custa € 15.89.

Não é um roubo descarado?

16 comentários:

Rato disse...

São dois roubos descarados, só que um maior do que o outro. Isto se pensarmos que o custo de fabrico de 1 CD não chega a 1 euro. Mas como actualmente vivemos em estado de roubo permanente...

JC disse...

Bom, Luís, não querendo passar por ultra-liberal - que não sou - vivemos num país livre, portanto a FNAC tem todo o direito de vender ao preço que quiser - e parece que não se tem dado mal com a sua filosofia de gestão, pois prosperou e secou tudo à volta. Quem não quiser comprar a esse preço tem, pelo menos, uma alternativa: o armazém do Manel, ou as inúmeras compras na net.
E, meu caro Rato, roubar é um acto ilícito penalizado por lei, o que não é o caso do CD da FNAC. Ilícito será, se calhar (veremos), o que andam a fazer as gasolineiras, e para isso existe uma autoridade da concorrência, que espero funcione. Nos USA as leis anti-trust são eficientíssimas... Ou querem voltar ao preço da "bica" tabelado?
Abraço

ié-ié disse...

Do meu ponto de vista, JC, a questão não é exactamente essa, ou melhor, não é sobre isso que eu me indigno. É claro que estamos num país livre, "onde a asneira também o é", como dizia alguém.

A FNAC tem todo o direito de tabelar os seus preços como entender, o mesmo direito que tem o "puto" do eBay que põe um single de Armando Gama a 100 dólares e diz do alto da sua esperteza saloia: "estamos num mercado livre, compra quem quer".

A minha indignação vai para a hipocrisia da FNAC, outrora formada por trotskistas.

Com uma estratégia capitalista selvagem, a FNAC acabou com o mercado discográfico retalhista. Alguém conhece alguma discoteca?

Monopolista no mercado, pratica os preços que muito bem entende sob aquela capa ainda vagamente de "esquerda" e que faz acreditar que defende o consumidor, que tem respeito pelo consumidor, que zela pelos direitos do consumidor.

Mentira! E é sobre isso que eu me indigno. Na FNAC, só mesmo livros. É o único sítio onde se pratica o desconto máximo legal de 10 por cento.

Quando a Bertrand tinha o acordo com o ACP, ainda lá ia, mas agora sou mesmo obrigado a ir à FNAC... até o dia em que eles rebentarem também com o mercado livreiro.

Quanto aos combustíveis, também tenho opinião diferente. Não tem Portugal um dos melhores parques automóveis da Europa? De que se queixam?

LT

NS disse...

LT perdoa-me a ignorância mas onde é o armazem do "Manel"?
Se relativamente à musica "internacional" há muito que deixei de comprar na Fnac (benditas lojas on-line cd-wow e bangcd...), esse armazém pode bem ser uma boa alternativa.

NS disse...

ups...alternativa para as compras "nacionais"...as únicas que a fnac ainda vai vendo a cor do meu dinheiro...

JC disse...

Caro Luís:
Há para aí 30 e tal anos (quando comecei a lá ir, em Paris) que não vejo resquícios de qualquer esquerda, muito menos de trotskysmo, na FNAC! É negócio, só negócio e aproveitaram muito bem a sua oportunidade. Até a "imagem" de esquerda!Não têm culpa da incapacidade da concorrência e acho prestam um bom serviço. Em Madrid oferecem até uma razoável secção de oldies e rockabilly, um pouco à semelhança do que acontecia com a Tower de Piccadilly. Ou seja, são generalistas e, simultaneamente, especialistas. Para além disso inovaram em termos de conceito de loja (multimédia, com lançamentos, café, etc). E a responsabilidade de terem secado tudo á volta não é só deles, mas tb das compras on-line. O que é facto é que o consumidor tem hoje à sua disposição, entre a FNAC, o armazém do Manel e outras lojas mais ou menos "marginais", os downloads e as compras on-line um muito maior leque de opções um mercado muito mais dinâmico.
Abraço

Zeca do Rock disse...

Meus amigos, TODAS as discotecas têm os dias contados, incluindo a secção de discos das FNACs pelo mundo afora - aqui no Brasil também as temos, com a mesmíssima política de preços. O CD em breve se alinhará ao lado dos discos de vinil e dos acetatos como peça de museu. Talvez antes do final desta década. Alguém duvida?

Mas comprar músicas na Internet a US$ 0,99 por peça, também acho um exagero absurdo. Qual será a solução?

JC disse...

Ah, Luís, e quanto ao single do Armando Gama por $100. Se alguém o comprou, louve-se a vocação para o negócio de quem o vendeu. Se não, ele lá terá tido que baixar o preço. Como dizia o Guterres: "é a vida!"

Rato disse...

"Especialistas" na FNAC??? Só se for da asneira, parafraseando o Luís. Experimentem procurar um album original de um qualquer grupo dos anos 60 ou 70, tirando os óbvios, é claro - só encontram compilações e mesmo essas das piores. Ou tentem encontrar o DVD daquele filme antigo que tanto gostariam de rever - aposto que 4 vezes em 5 o não encontram. E no entanto basta um clic na net para quase de certeza acharem o tal CD ou DVD. E depois experimentem ainda chegar à fala com os tais "especialistas" da FNAC. Qualquer que seja o assunto apenas receberão a ignorância em resposta. É por isso que tirando a música nacional ou os livros, comprar na FNAC tornou-se há já muito tempo um autêntico "tabu" para mim - nem sequer quero ouvir falar!

gin-tonic disse...

Há aquela frase de Orson Welles em que ele dizia que neste tempo demoníaco das grandes superfícies, ainda havemos, um dia, de ter saudades do merceeiro da nossa rua. Há também um filme de Nora Ephron, com a Meg Ryan e o Tom Hanks, “You Got a Mail”, em que uma pequena livraria, com diversas iniciativas, onde havia competência e amor pelos livros, foi devorada por uma grande superfície, construída ao lado, também com uma livraria, mas onde a frieza, a ignorância e a incompetência faziam regra. Também comprava livros na FNAC – o “El Corte Inglês” também tem esses 10% - porque 10% é dinheiro e pode ser aplicado noutras coisas. Mas aquilo começou a agoniar-me demais e dirigi-me a uma dessas livrarias, mesmo livrarias porque não estou a falar da Byblos, que vão abrindo por Lisboa e coloquei-lhes a questão. Passei a ter 10% de desconto, tenho um atendimento personalizado, mandam-me vir os livros que quero e não os encontrava nos “computadores” da FNAC porque só se preocupam com tops de venda de um qualquer bicho careta que é pivot de televisão ou de balzaquianas em final de vida a contar experiências sexuais.
Meus caros: é a velha história do Maomé e da montanha

ié-ié disse...

Exactamente! O Livro de Reclamações da FNAC-Colombo, via net, tem vasta colaboração minha! E já os processei via Deco e ganhei!

LT

JC disse...

Estava a referir-me á de Madrid, Rato. Mas, já agora, o facto de encontrar na net o que não encontra na FNAC chama-se segmentação do mercado, e é isso que permite a sobrevivência de muitas lojas on-line ou reais, bem como de mtas editoras. Não pode querer encontrar tudo em todo o lado, pois assim nem umas nem outras seriam rentáveis e lá se ia a diversidade e a escolha. Quer um mau exemplo? A discoteca Roma, que embora generalista, nos tempos pré-net, tinha alguma especialização em música erudita e prestava aí um bom serviço, seguiu o caminho errado: com o Megastore tentou combater a FNAC no seu terreno e, é claro, perdeu. Teria sido bem melhor investir naquilo que melhor sabia fazer - vender música erudita - e aí, com loja aberta ou virtual, continuar a desenvolver o seu negócio onde teria bem mais francas possibilidades de êxito. Concorda?
Um abraço

gin-tonic disse...

A Discoteca Roma tinha na cave da loja da Avª de Roma duas simpatiquíssimas, e eficientes, empregadas que me arranjaram discos de música clássica, difíceis de encontrar no nosso país, e encomendavam. Quando o disco chegava telefonavam e prestavam assim um serviço valiosíssimo.
Tem razão, J.C. o megastore do Campo Pequeno foi um erro crasso e passado pouco tempo tiveram que fechar a porta. Por arrastamento veio a acontecer o mesmo com a loja da Avª de Roma. – ficámos todos a perder!
Dizem-me que agora prestam um serviço semelhante na net, nunca experimentei, mas,seja como for, roubaram-me o prazer de ir buscar o disco pedido e olhar outros.
Em Março, na FNAC, perguntei por “Le Temple de la Gloire” de Rameau.Vasculharam no computador. Chamaram o “expert” em música clássica. Apareceu-me uma jovem de piercing no lábio. Não tenho nada contra, nem a favor, só queria que fosse competente. Não foi!
Assim, culturalmente, vamos (sobre)vivendo...

LSO disse...

Praticamente deixei de comprar discos nas lojas portuguesas. Tirando a música nacional passei a comprar tudo através das empresas associadas da Amazon. Preços muito, mas muito mais baratos e quando, por qualquer motivo, a encomenda desaparece o dinheiro é prontamente devolvido.

Também estou com curiosidade... onde é o armazém do "Manel"? Para a músicas portuguesa daria um jeitão.

Anónimo disse...

PARABENS PELO BLOG....
NA musica country VIRGINIA DE MAURO a LULLY de BETO CARRERO vem fazendo o maior sucesso com seu CD MUNDO ENCANTADO em homenagem ao Parque Temático em PENHA/SC. Asssistam VIRGINIA DE MAURO a LULLY no YOUTUBE sessão TRAPINHASTUBE, musicas como: CAVALEIRO DA VITÓRIA, MEU PADRINHO BETO CARRERO, ENTRE OUTRAS...
é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.

Anónimo disse...

PARABENS PELO BLOG....
NA musica country VIRGINIA DE MAURO a LULLY de BETO CARRERO vem fazendo o maior sucesso com seu CD MUNDO ENCANTADO em homenagem ao Parque Temático em PENHA/SC. Asssistam VIRGINIA DE MAURO a LULLY no YOUTUBE sessão TRAPINHASTUBE, musicas como: CAVALEIRO DA VITÓRIA, MEU PADRINHO BETO CARRERO, ENTRE OUTRAS...
é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.