METRO-SOM - EP 1001 - Coro do Teatro de São Carlos e Orquestra Portuguesa.
A Internacional – Bandeira Rubra – A Portuguesa
Lembra-se que naquela febre dos primeiros meses pós 25 de Abril, comprou quase tudo o que ia saindo de músicas e cantorias que falassem dos novos tempos. Agora, à procura de uma outra coisa, foi dar com este EP.
Lembra-se de o Hélder Pinho, quando viu o disco, ter comentado: “efectivamente os duros não dançam!”.
Não era bem verdade. Numa qualquer campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa, após jantar propagandístico, bailaria toda uma noite, mas o Hélder não viu porque já alguém lhe marcara uma partida antecipada para “aquele sítio”.
Também já há que o Hélder Pinho deixara de acreditar nos amanhãs que prometiam ser de canto.
A etiqueta interior do disco contém várias incorrecções, fruto de oportunismo ou de ignorância: diz que “A Internacional” é o Hino do Partido Comunista Português.
A Orquestra Portuguesa não é especificada, nem quem a dirige. Também não é mencionado quem dirige o Coro. A tradução de “A Internacional” não é mencionada, a da “Bandiera Rossa” é de B. Oliveira.
Colaboração de Gin-Tonic
A Internacional – Bandeira Rubra – A Portuguesa
Lembra-se que naquela febre dos primeiros meses pós 25 de Abril, comprou quase tudo o que ia saindo de músicas e cantorias que falassem dos novos tempos. Agora, à procura de uma outra coisa, foi dar com este EP.
Lembra-se de o Hélder Pinho, quando viu o disco, ter comentado: “efectivamente os duros não dançam!”.
Não era bem verdade. Numa qualquer campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa, após jantar propagandístico, bailaria toda uma noite, mas o Hélder não viu porque já alguém lhe marcara uma partida antecipada para “aquele sítio”.
Também já há que o Hélder Pinho deixara de acreditar nos amanhãs que prometiam ser de canto.
A etiqueta interior do disco contém várias incorrecções, fruto de oportunismo ou de ignorância: diz que “A Internacional” é o Hino do Partido Comunista Português.
A Orquestra Portuguesa não é especificada, nem quem a dirige. Também não é mencionado quem dirige o Coro. A tradução de “A Internacional” não é mencionada, a da “Bandiera Rossa” é de B. Oliveira.
Colaboração de Gin-Tonic
4 comentários:
A propósito da Internacional: a versão portuguesa da letra cantada pelo PCP era diferente da dos grupos m-l. Por exemplo, no início em vez de "de pé oh vítimas da fome" os grupos m-l (não sei se todos) cantavam "em frente operários, camponeses". e por aí fora.
A letra Portuguesa da "Internacional" se não estou em erro é de Fernando Lopes Graça
A versão de "A Internacional" que me emociona mais é a do GAC...
Mais um disco histórico da Música Portuguesa divulgado pelo "Ié Ié".
Lembro-me perfeitamente que, quando tinha os meus 13 a 15 anos, ofereceram-me esse disco, juntamente com outros discos de vinil, e uma aparelhagem gira-discos, leitor e gravador de cassetes e receptor de rádio. Uma aparelhagem e pêras.
Quando chegava o 25 de Abril, punha sempre a tocar esse disco mal acordava. hehehehe.
De facto, o disco peca por causa de omissão de informações e por causa de certos erros mencionados. Pelo que sei, a direcção da Orquestra Portuguesa, assim afirma a editora, que já providenciou a sua reedição em CD, na compilação "Cânticos Revolucionários em Portugal", actualmente à venda na FNAC e no Quiosque do PCP, esteve a cargo ou do maestro Joaquim Luís Gomes, ou de Jorge Machado.
Polémicas à parte, o que é facto é que este disco é uma página importante da história da Música Portuguesa, dado a que foi a 1ª vez que a "Internacional" foi registada em disco, e que hoje é uma peça rara de se encontrar.
Parabéns pelo artigo.
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