sexta-feira, 23 de maio de 2008

FNAC GOZA COM A GENTE


Esta dupla colectânea de Eric Clapton custa na FNAC-Colombo a módica quantia de € 17,95 e é Preço Verde!!!

Basta descer as escadas para a ver na Worten por € 16,89.

Eu tenho mais sorte: redescobri o meu amigo "Manel", agora por conta própria com um armazém discos. Sabem quanto me custou este mesmo disco? € 13,97!!!

E tenho mais exemplos.

Já agora, esta compilação, meritória, contém um total de 36 canções, desde os tempos dos Cream, Blind Faith e Derek & The Dominos aos duetos com BB King e JJ Cale.

28 comentários:

josé disse...

JJ Cale! Um esquecido. Ontem ainda me lembrei de começar a contar a história. Hoje, vou à tarefa.

Rato disse...

Do Clapton só se deverá comprar originais (de preferência em vinil, para depois juntar o correspondente CD e dar origem a um "híbrido" - é assim que tenho todos os meus albuns mais amados). Antologias (e salvo algumas excepões - que não é o caso desta) é que não vale a pena. O que valerá a pena será a autobiografia (estou mortinho por começar a lê-la este fim de semana).
Hoje foi dia de ir oferecer uma dezena de almoços ao Vítor Nunes da Discoleção. Em troca ele ofereceu-me algumas pérolas, como o "Some Girls" dos Stones (original, ainda com a capa não censurada) e também uma belissima 1ª edição americana do "Déjà Vu" (só de passar a mão por aquela capa texturizada, linda de morrer, me arrepiou...)

ié-ié disse...

O Filhote explicará bem melhor do que eu, mas a capa do "Some Girls" não foi exacta e rigorosamente censurada, mas sim retirada por falta de autorização de algumas celibridades retratadas. Quase o mesmo ia sucedendo a "Sgt. Peppers".

LT

ié-ié disse...

Obrigadão, Ratão! Obrigaste-me a ir rever a capa do "Some Girls" e sabes o que vi que não sabia ou não me lembrava? Uma foto de George Harrison!!!! Mais uma para a contabilidade Beatles/Rolling Stones.

LT

filhote disse...

O LP "Some Girls" foi originalmente editado (1ª edição europeia e americana)com quatro capas diferentes. Em três variantes, o design é exactamente o mesmo, mas a sequência das cores muda. Na quarta variante, a capa da frente apresenta anúncios de uma revista de moda para perucas, ou seja, não contém os recortes (buracos) para que apareçam as caras das celebridades apresentadas no inner.

Depois, Lucille Ball, Sophia Loren e Farrah Fawcet protestaram pela inclusão da sua imagem no inner, principalmente por causa da letra misógina da canção-título "Some Girls". Então, os Stones alteraram os inners, variando a capa conforme o país em questão (edições seguintes). Ou apareciam com tarjas coloridas alertando a censura, ou com outras imagens de famosos...

Atenção 1: na realidade, o problema estava nos inners que graças aos recortes da capa apareciam em destaque...

Atenção 2: censurada, e retirada do mercado, foi a capa do single "Beast of Burden" (canção de "Some Girls") em que um leão cobre uma mulher. Trata-se de um dos items mais valiosos e raros para um coleccionador Stones.

Grande disco, o "Some Girls"!!!!

ié-ié disse...

Eu não disse? Eu não disse? E "Some Girls" é o grande municiador de "Shine A Light".

LT

filhote disse...

De "Some Girls", no filme "Shine a Light", a saber:

01. Shattered
02. Some Girls
03. Just My Imagination
04. Faraway Eyes

Não esquecendo que "Miss You", "Respectable", "When the Whip Comes Down", "Before They Make Me Run" e "Beast of Burden" costumam fazer parte, desde 78, dos shows... "Miss You", quase sempre... sobra "Lies", a única can~ção menor do LP...

josé disse...

Some Girls, um dos últimos discos de mais valia dos Stones.

Apanhei na altura (anos noventa) a edição especial do cd da Virgin que reproduz a capa original. Uma delas, de facto. Aquela que já não traz a Farrah e a Welch.
Lembro-me da discussão sobre o assunto e ainda do anúncio considerado "sexista", em que aparece uma modelo toda macerada de negras na pele, atada por cordas a uma cadeira.
Foi esse o anúncio causador da polémica.
Para efeito publicitário e vendas.
O disco nem precisa disso, porque é um bom disco e Faraway eyes uma cançoneta de gozo com o country e os evangelistas.

filhote disse...

Com todo o respeito, José, NÃO!!!!!

O poster promocional de que fala, em que uma "modelo" está toda amarrada e sentada sobre um cubo com as caras dos Stones, foi criado para anunciar o LP "Black and Blue" (1976) e não o "Some Girls" (1978).

Tenho esse poster - custou-me uma fortuna na Minus Zero (Londres).

A "modelo" é Jerry Hall, na época namorada de Mick Jagger, e o cubo onde ela se senta tem estampada a capa do LP "Black and Blue". Mais em baixo, no anúncio, o logo da língua e a seguinte inscrição: "Black and Blue", The Rolling Stones...

filhote disse...

Aliás, para que não restem dúvidas, podem consultar o livro de Bill Wyman, "Rolling With the Stones", onde o anúncio aparece precisamente junto às páginas dedicadas a "Black and Blue", com uma bela explicação do ex-baixista sobre a matéria...

A polémica em torno de "Some Girls" foi desencadeada pela letra da canção-título. Conversei sobre o assunto com Charlie Watts, numa bela noite de 2001 no Ronnie Scotts's...

josé disse...

É verdade e eu tenho essa publicidade que apareceu numa das revistas que guardo ( a inevitável Rolling Stone ou a National Lampoon). Embora tivesse dúvidas, não fui checkar...

Isto já deve ser da idade, as confusões com os anos e as polémicas.

Se não fosse o caso de estar a ouvir o meu Beethoven,na 5ª, versão Karajan 63, castigava-me a mim próprio com a audição do Some Girls que é de 1978.

Mas o segundo andamento da 5ª, um andante com motto, é demasiado envolvente, para poder entrar agora na trepidação disco de Miss You.

Anyway, thanks, for the corrigenda.

josé disse...

Ah e já agora conto a história toda.

A 5ª de Ludwig, tocada sob a direcção de Karajan, com a Filarmónica de Berlim, é de um LP, sendo a gravação de 1963, um dos vintage do maestro.
Estou a ouvir numa cassete, Sony Metal XR, com Dolby C, numa pequena maravilha da Sony que arranjei há uns meses na ebay: um Sony Walkman D6C, um leitor/gravador de cassete em formato ninorca e que dá água pela barba aos Nakamichi.

Era um brinquedo quando saiu, nos anos oitenta e ainda se vende na ebay, por bom preço.
O meu, comprei-o a um alemão, tendo um pequeno grande defeito: arrastava a velocidade ou adiantava, conforme a disposição do motor.
Levei-o a um pequeno génio da electrónica que conheço por aqui e que mo arranjou, mudando um integrado, e ficou um brinco.

Uma pequena maravilha da técnica japonesa!
Um brinquedo para mim.

filhote disse...

Que maravilha, José... tenho de conhecê-lo pessoalmente... quem sabe num futuro almoço dos guedelhudos... também partilho dessa paixão por certos objectos... pelos aparelhos... e pelos formatos não-obsoletos-que-nos-querem-convencer-que-são!!!!

E, como sempre, revela um gosto intocável. As versões sessentistas do Karajan para as sinfonias de Beethoven são de facto lendárias e, para muitos, insuperáveis.

filhote disse...

Ainda quanto aos Stones...

Tendo o José sido fã da Rock&Folk, é muito provável que tenha visto o anúncio sexista de "Black and Blue" nessa revista. Tenho quase a certeza de que aparece em vários números de 1976... não posso confirmar pois a colecção Rock&Folk não está aqui comigo no Rio...

(nota- depois de uns anos 90 lamentáveis, a Rock&Folk é hoje de novo uma excelente revista)

E, José, não interrompa a audição do Ludwig com "Miss You"... espere por amanhã... ao despertar, ponha a rodar no gira-discos "Faraway Eyes"... o Domingo será inesquecível!

filhote disse...

Ah, já me esquecia...

Esses CDs Virgin dos Stones, de edição limitada, têm um som (remasterização notável) e apresentação (capas iguais aos LPs originais) excelentes. São hoje difíceis de encontrar e cobram por eles preços de respeito. Escusado será dizer que os tenho todos... rsrsrs...

A saber:

Sticky Fingers (1971)
Exile On Main Street (1972)
Goat's Head Soup (1973)
It's Only Rock'n'Roll (1974)
Black and Blue (1976)
Some Girls (1978)
Emotional Rescue (1980)
Tattoo You (1981)

ié-ié disse...

Me too! Me too! O pó é que é uma chatice!

LT

josé disse...

Ora bem...só não tenho o Goat´s e os dois últimos. Se bem que o Emotional Rescue, ainda valesse a pena, mas fiquei pelo Miss You.

Quanto aos gadjets electrónicos, tenho vergonha de dizer o que passo por causa da mania de tentar ouvir o que nunca ouvi.
Muitas vezes, será uma sensação meramente subjectiva e de psicologia aplicada a este tipo de manias,mas tenho a confessar uma coisa:

No final dos anos oitenta, comprava revistas de hi-fi, inglesas e americanas ( e até italianas) para ler gráficos e apreciações técnicas que muitas vezes nem entendia, mas ficava a sonhar com umas colunas electroestáticas ou um gira discos de alto gabarito, tipo Linn, com cabeça de leitura Koetsu.
Devorava os testes comparativos da Hi-Fi Choice e delirava com as imagens das aparelhagens japonesas e americanas, antes da invasão inglesa que se seguiu.

Umas JBL 4100; umas B&W 601; umas Rogers ou até umas Visonik David, davam-me alegrias virtuais só de as ver e pressentir o som perfeito que cheguei a ouvir realmente em salões de demonstrason da Transsom ou da discoteca Santo António no Porto ou na Valentim de Carvalho, ao ver os Lenco, os Studer-Revox, os Nakamichi e outras maravilhas da técnica.

O Sony Walkman, é apenas um exemplar tardio dessa mania e só não fui para o Sony Dat, porque não tenho a certeza que o som seja melhor.

Agora, ando à procura de uma cabeça de leitura Audio Technica, moving coil.
Pode ser uma occ-7 que a 9 é muito cara ( 225 libras é o mínimo, mas a tentação de ouvir a diferença para a occ f-5 que tenho, é grande).

Perdoem-me a especificação técnica, mas para mim, falar disto é como ouvir música.

E pelos vistos o filhote, entende-me...

josé disse...

A JBL é a 4310 e um dos modelos, parecido com esse, foi escolhido como referência por Frank Zappa, para fazer a mistura final de um dos seus discos, de finais dos 70 ou já dos oitenta.

Rato disse...

Voltando ainda à capa de "Some Girls", há realmente muitas actrizes conhecidas por lá. Mas onde é que conseguem ver a Sophia Loren? No blog do Rato já se encontram as respectivas (e originais) imagens, podem comprovar. A Gina Lollobrigida está lá sim senhor (no verso) mas da Loren nem rasto...

josé disse...

A capa parece que foi desenhada por Peter Corriston, o mesmo que desenhou a capa de Physical Grafitti, dos Zeppelin e que coloquei na Loja.

Aliás, parece que as duas capas seguintes dos Stones, são do mesmo.

Se há algo que distinga os Stones de outros grupos, é a tendência para mostrar a inovação gráfica e um tanto arrojada, embora bem contida nos limites do risco artístico.

O mesmos e passa com os seus cartazes de anúncio a concertos e a roupas de cena.

As mudanças de moda de aparência, sempre foram apanágio dos Stones.

Os seus cartazes de concerto, são geralmente muito bem concebidos e de acordo com as modas gráficas da época.
Emotional Rescue, por exemplo, explora as fotos obtidas por termografia.

Na altura da moda do aerógrafo ( meados dos setenta), que produz imagens hiper-realistas, os posters de concerto e as publicidades, lá exploravam a coisa.

filhote disse...

A "misteriosa" foto da Sofia Loren está na capa, mas com a cara de Bill Wyman sobreposta (montagem que enfureceu a Diva italiana). Trata-se da "senhora" de vestido amarelo e colar branco de pérolas...

Estão também lá Marylin Monroe (2x), Bardot (2x), Lucille Ball, Gina, Jane Fonda, Raquel Welsh, Elizabeth Taylor, Liza Minelli, e mais um punhado delas!!!

E há uma foto de outra senhora, sobreposta pelo rosto do Ron Wood, que até faz lembrar o saudoso Álvaro Cunhal (as sobrancelhas grossas...)!

ié-ié disse...

E ninguém fala no George Harrison?

LT

Rato disse...

Obrigado pelo esclarecimento, filhote, só podia mesmo estar "oculta".
Continuando a falar de capas do rock (um assunto que, confesso, me fascina tanto ou mais do que a música propriamente dita) tenho mais uma dúvida para aqui o expert dos Stones. Trata-se da capa do "Sticky Fingers".
Duas questões:
1) O tamanho e o lugar das palavras "The Rolling Stones" e "Sticky Fingers". Já as vi pequenas, em cima, no cinto (imagem que está no blog do Rato) ou, muito mais comum, em letras maiores, com "Sticky Fingers" mais para baixo, na calça. Qual destas versões é a original?
2) O zip, vulgo fecho éclair, era prateado ou dourado na 1ª edição?

josé disse...

Fui ver a exposição de capas de velhos LP´s, em Serralves.

Está lá o Sticky Fingers, supostamente original e parece-me que o éclair é prateado.

Também está lá o Velvet Underground da banana.

filhote disse...

Para o Ié-Ié:

George Harrison? Esse é grande, mas discreto. Sempre. Nunca gostou que falassem demasiado nele. The Quiet One.

Mas sim, está lá no inner de "Some Girls"...

filhote disse...

errata: deve-se ler, "nunca gostou que falassem demasiado dele".

filhote disse...

Para o Rato:

1. Na 1ª edição americana (saiu antes da inglesa), o título "Sticky Fingers" e o nome da banda aparecem impressos em letras mais pequenas no cinto da calça. Na 1ª edição inglesa, e na maior parte das restantes europeias, os títulos aparecem separados, com letras diferentes e maiores, em caixas estilo carimbos, sendo que "Sticky Fingers" situa-se na perna... versão bem mais bonita!

2. Tenho 4 primeiras edições. Americana, inglesa, francesa e espanhola. Americana e inglesa: fecho éclair dourado. Francesa: prateado. A espanhola não interessa para esta discussão por tratar-se da rara capa censurada - dois dedos a sairem de uma lata...

Admito que mesmo em primeiras edições americanas e inglesas possam aparecer fechos éclair prateados... não me espantaria... aliás, tive em tempos uma 1ª edição canadiana cujo fecho era prateado e enorme, com uma forma arredondada...

Rato disse...

Obrigado, filhote, isto quem sabe, sabe...