Duas libras? A mim, ficou-me por 6 euros, na versão original francesa, de 1978- a que preferia. Ido daqui, busquei a referência nas minhas revistas e não é que apanhei mesmo à mão de semear o volume pretendido, à venda pela choruda maquia de meia dúzia de euros a um enfastiado com a escrita de há trinta anos? Como dizia o outro, há horas felizes. Chegou hoje. Vou escrever sobre, quando puder.
É preciso convencer essa malta nova- rica, da rádio de hoje que dantes havia bons programas e há muita gente que gostaria de os voltar a ouvir, em onda de repescagem. De remasterização, como sói dizer-se na era digital.
A música de qualidade não tem época. O barroco do séc XVII ainda hoje é apreciado. Porque não a música popular de há trinta anos, com repescagem de autores, grupos e espírito de época? A Mojo e a Uncut, fazem isso por escrito há anos. E a rádio de cá, também podia fazer. E vocês, os que andam no meio, são os mais indicados para a tarefa.
A "versao original francesa" nao existe. A versao original e inglesa. Ha uma traducao francesa com uma capa feia, e e tudo. Ja que o Jose vai escrever sobre, espero que nao se deixe influenciar pelos disparates dos iluminados do Rock and Folk.
A versão original é a americana, publicada pela Grossman Publishers,de Nova Iorque, 1976.
A minha "versão original" é a francesa, porque foi essa a que vi originalmente e fixei como referência, por lhe ter dado atenção primordial. Aliás, até pensava que Tony Palmer era inglês e a versão do livro idem.
A Albin Michel é uma referência, para mim. E não só na música.
Mas reparo na aparente aversão aos gauleses. Por mim, estou com eles, porque a Rock & Folk, sempre foi um modelo de crítica musical para mim.
Vou agora tentar perceber porquê, uma vez que nunca me interroguei seriamente sobre isso, o que acho curioso.
A pergunta que me vou colocar, é:
Da crítica musical inglesa, francesa e americana, qual será a preferível, para um ouvinte como eu, com as referências e localização geográfica que tinha?
Um desafio interessante, para a epistemologia da crítica aos críticos.
Nao ha aversao aos gauleses,nem aparente nem real. Estaria alias mal colocado para isso. Se houver aversao, e a ligeireza excitada de certa critica. A Rock & Folk,que conheco bem, tinha uma razoavel quantidade de criticos capazes de escrever duas colunas brilhantissimas sem dizer absolutamente nada. Ha excepcoes, como os Garnier, Lamaison ou Ducray, frequentemente obscurecidos pelo excitadissimo Phillipe Manoeuvre, pelo Jean-Marc Bailleux, especialista soporifico em dissertar sobre musica ainda mais soporifica ou o inenarravel Yves Adrien, entre outros.
No conjunto, uma revista estimavel (e em Portugal nao havia muita escolha) mas pouco rigorosa. Era util para se estar a par das novidades mas dificil de tomar muito a serio. Comparada com as boas revistas anglo-saxonicas, e como diriam os franceses, "elle ne fait pas le poids". So isso.
Lamento nao ter acentos nem cedilhas, mas neste momento estou em Inglaterra e os computadores a que tenho acesso sao assim...
Jose: espreitei e gostei. Nao estando necessariamente de acordo, acho que e uma excelente reflexao em apoio do seu ponto de vista. Acho que tambem se justificava um breve comentario, que fiz no local apropriado.
A primeira edição britânica é de 1976 pela Weindenfeld & Nicholson and Chappell & Company Limited em associação com as Theatre Projects Film Productions, EMI Television Productions e Polygram (TV Division).
Em 1977, a edição já era da Futura Publications Limited.
A edicao que possuo chegou-me as maos com a indicacao de que se destinava a ilustrar a serie que ia comecar a ser exibida. Presumo que seria a primeira. Quando voltar a base confirmarei.
A minha edição, francesa, refere a edição original americana, com copyright da Theatre Projects Film Productions Limited, EMI. Ainda refere a Television Production Limited and Phonogram Limited, 1976 e a Première publication par Grossman Publishers, 1976, New York, N.Y.
A edição francesa é da Albin Michel, 1978.
Sendo assim, nada vejo que ligue a primeira edição à périda Albion, de onde é originário Tony Palmer.
A minha edição, francesa, refere a edição original americana, com copyright da Theatre Projects Film Productions Limited, EMI. Ainda refere a Television Production Limited and Phonogram Limited, 1976 e a Première publication par Grossman Publishers, 1976, New York, N.Y.
A edição francesa é da Albin Michel, 1978.
Sendo assim, nada vejo que ligue a primeira edição à périda Albion, de onde é originário Tony Palmer.
17 comentários:
Duas libras? A mim, ficou-me por 6 euros, na versão original francesa, de 1978- a que preferia. Ido daqui, busquei a referência nas minhas revistas e não é que apanhei mesmo à mão de semear o volume pretendido, à venda pela choruda maquia de meia dúzia de euros a um enfastiado com a escrita de há trinta anos?
Como dizia o outro, há horas felizes.
Chegou hoje. Vou escrever sobre, quando puder.
Eu não digo que há bruxas? O meu "All You Need Is Love" também chegou hoje!
Já agora, tive um programa na RFM que se chamava "Há Horas Felizes". Foi no tempo do brit-pop!
LT
É preciso convencer essa malta nova- rica, da rádio de hoje que dantes havia bons programas e há muita gente que gostaria de os voltar a ouvir, em onda de repescagem. De remasterização, como sói dizer-se na era digital.
A música de qualidade não tem época. O barroco do séc XVII ainda hoje é apreciado.
Porque não a música popular de há trinta anos, com repescagem de autores, grupos e espírito de época?
A Mojo e a Uncut, fazem isso por escrito há anos.
E a rádio de cá, também podia fazer.
E vocês, os que andam no meio, são os mais indicados para a tarefa.
Então já encontrou o telemóvel do LPA.
Mais um contributo para "Beatles em Portugal":
A revista Hype inspirou-se nos Beatles:
http://www.techzonept.com/showthread.php?t=198158&page=7
(ver mensagem do dia 8/11/2007)
A "versao original francesa" nao existe. A versao original e inglesa. Ha uma traducao francesa com uma capa feia, e e tudo. Ja que o Jose vai escrever sobre, espero que nao se deixe influenciar pelos disparates dos iluminados do Rock and Folk.
Yes! Anglo-saxónicos uber alles (sorry, não tenho Umlaut)!
LT
A versão original é a americana, publicada pela Grossman Publishers,de Nova Iorque, 1976.
A minha "versão original" é a francesa, porque foi essa a que vi originalmente e fixei como referência, por lhe ter dado atenção primordial.
Aliás, até pensava que Tony Palmer era inglês e a versão do livro idem.
A Albin Michel é uma referência, para mim. E não só na música.
Mas reparo na aparente aversão aos gauleses.
Por mim, estou com eles, porque a Rock & Folk, sempre foi um modelo de crítica musical para mim.
Vou agora tentar perceber porquê, uma vez que nunca me interroguei seriamente sobre isso, o que acho curioso.
A pergunta que me vou colocar, é:
Da crítica musical inglesa, francesa e americana, qual será a preferível, para um ouvinte como eu, com as referências e localização geográfica que tinha?
Um desafio interessante, para a epistemologia da crítica aos críticos.
Nao ha aversao aos gauleses,nem aparente nem real. Estaria alias mal colocado para isso. Se houver aversao, e a ligeireza excitada de certa critica. A Rock & Folk,que conheco bem, tinha uma razoavel quantidade de criticos capazes de escrever duas colunas brilhantissimas sem dizer absolutamente nada. Ha excepcoes, como os Garnier, Lamaison ou Ducray, frequentemente obscurecidos pelo excitadissimo Phillipe Manoeuvre, pelo Jean-Marc Bailleux, especialista soporifico em dissertar sobre musica ainda mais soporifica ou o inenarravel Yves Adrien, entre outros.
No conjunto, uma revista estimavel (e em Portugal nao havia muita escolha) mas pouco rigorosa. Era util para se estar a par das novidades mas dificil de tomar muito a serio. Comparada com as boas revistas anglo-saxonicas, e como diriam os franceses, "elle ne fait pas le poids". So isso.
Lamento nao ter acentos nem cedilhas, mas neste momento estou em Inglaterra e os computadores a que tenho acesso sao assim...
E suponho que estejamos a falar de dois Tony Palmer diferentes.
O que realizou All You Need Is Love e indiscutivelmente ingles.
O Tony Palmer, é inglês, segundo parece.
O livro, esse, teve edição original americana, segundo julgo e aqui pode ser lido:
http://www.antiqbook.co.uk/boox/mwb/58240.shtml
Além disso, já coloquei a escrita sobre o livro e assuntos conexos, na lojadeesquina.
É só espreitar e criticar...
Porém, há outra informação sobre a primeira edição no Reino Unido, como se pode ler aqui:
http://www.antiqbook.co.uk/boox/lit/33306.shtml
A pergunta que coloco, é:
Qual delas é a edição mesmo original e qual delas a versão de direitos pagos ao editor original?
Pela leitura do prefácio, da edição francesa, fiquei com a ideia que foi na América que foi editada em primeiro lugar, pela Grossman. Mas já não sei.
Jose: espreitei e gostei. Nao estando necessariamente de acordo, acho que e uma excelente reflexao em apoio do seu ponto de vista. Acho que tambem se justificava um breve comentario, que fiz no local apropriado.
A primeira edição britânica é de 1976 pela Weindenfeld & Nicholson and Chappell & Company Limited em associação com as Theatre Projects Film Productions, EMI Television Productions e Polygram (TV Division).
Em 1977, a edição já era da Futura Publications Limited.
LT
A edicao que possuo chegou-me as maos com a indicacao de que se destinava a ilustrar a serie que ia comecar a ser exibida. Presumo que seria a primeira.
Quando voltar a base confirmarei.
Sim, a edição que tenho, que é a da Futura Publications, diz na contracapa: "published to coincide with the 17 part LWT television series".
LT
A minha edição, francesa, refere a edição original americana, com copyright da Theatre Projects Film Productions Limited, EMI. Ainda refere a Television Production Limited and Phonogram Limited, 1976 e a Première publication par Grossman Publishers, 1976, New York, N.Y.
A edição francesa é da Albin Michel, 1978.
Sendo assim, nada vejo que ligue a primeira edição à périda Albion, de onde é originário Tony Palmer.
"Enganarei-me?"
A minha edição, francesa, refere a edição original americana, com copyright da Theatre Projects Film Productions Limited, EMI. Ainda refere a Television Production Limited and Phonogram Limited, 1976 e a Première publication par Grossman Publishers, 1976, New York, N.Y.
A edição francesa é da Albin Michel, 1978.
Sendo assim, nada vejo que ligue a primeira edição à périda Albion, de onde é originário Tony Palmer.
"Enganarei-me?"
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