sábado, 8 de janeiro de 2011

ABBEY ROAD


PARLOPHONE (AMARELO) - PPCS 7088 - edição britânica com sticker Parlophone (1969)

Side One

Come Together - Something (George Harrison) - Maxwell's Silver Hammer - Oh! Darling - Octopus's Garden (Starkey) - I Want You (She's So Heavy)

Side Two

Here Comes The Sun (George Harrison) - Because - You Never Give Me Your Money - Sun King - Mean Mr. Mustard - Polythene Pam - She Came In Through The Bathroom Window - Golden Slumbers - Carry That Weight - The End - Her Majesty (faixa escondida - a primeira da história do disco)

Todas as canções são Lennon/McCartney, excepto onde indicado.

Segundo a Billboard, citada pelo blogue DuVicky, "Abbey Road", dos Beatles, foi o LP mais vendido em 2010 nos Estados Unidos (obrigado, Edu), suplantando nomes como Arcade Fire, Black Keys e/ou Vampire Weekend.

(ver também aqui).

A passadeira de Abbey Road, em Londres, que já não se encontra no sítio original e que era mesmo em frente aos estúdios da EMI, foi entretanto considerada "local de importância nacional", pelo que já não poderá ser deslocada de novo.

Também os estúdios propriamente ditos têm a mesma classificação patrimonial.

A passadeira não é um castelo ou uma catedral mas, graças aos Beatles, é uma parte do nosso património, disse o ministro britânico do Turismo e Património.

"Abbey Road", o álbum, na sua versão de exportação (Parlophone Amarela), é um dos mais valiosos da colecção dos Beatles, tendo sido cotado em 2006 pela "Record Collector" em mais de duas mil libras.

O que me dá gozo, é que me custou pouco mais de 100 escudos em 1969!!!

17 comentários:

Abel Rosa disse...

É verdade...Um dos que tenho foi comprado na Compasso, e não é que tentei na altura retirar o autocolante dourado, Parlophone, que estava em cima da APPLE na contracapa, julgava que era um erro! felizmente que o coloquei um pouco mais ao lado...

josé disse...

E já agora pode ver-se o tal "sticker"? Ou é aquela pequena mancha amarela na capa?

Edu disse...

Esta "estória" da passadeira estar hoje num sitío muito diferente donde estava a da capa do album não me convence.
Vejam bem a capa do disco, vê-se claramente do lado esquerdo, uns bons metros ao fundo, o muro branco e as duas entradas para os estúdios da EMI. E consegue-se ver que onde está a passadeira está um muro mais baixo que o dos estúdios e de cor tijolo.
Por isso a passadeira da capa (em 1969) está muito longe de estar em frente aos estúdios da EMI.
Se forem ao Google Maps e forem a Abbey Road pode dizer-se que a passadeira, hoje em dia, está aí a uns 15 metros da primeira entrada para os estúdios.
Na capa a passadeira parece mais perto da primeira entrada é verdade, mas parecendo que estava somente 3-5 metros mais perto dos estúdios do que está hoje.
Ou seja na minha opinião a diferença entre a antiga e nova passadeira serão os tais 3-5 metros se tanto.
Mas claramente na capa a passadeira não está em frente dos estúdios, isso parece-me óbvio.

***
Uma correção: "Abbey Road" foi o LP mais vendido em 2010, NÃO no mundo, mas nos EUA somente. Atenção a esta diferença.
A empresa Nielsen Soundscan não fornece listas de vendas mundiais, somente Norte-Americanas. E "Abbey Road" foi número um (vinil) nos EUA, noutros países não existe informação disponível (ao público).
Em termos de artistas, e sempre nos EUA, os Beatles também foram os que mais venderam (36,700 albums dos quais 35,000 para o AR). Desde 1991 que não se vendia tanto disco de vinil nos EUA (mais concretamente 2.8 milhões de albums).

***
Espero este ano, lá mais para a frente, poder revelar informações inéditas sobre, afinal de contas, quantos discos venderam os Beatles por esse mundo fora desde os anos 60. Existem surpresas garantidas...

Edward Soja disse...

Fantástico, Edu! :) E cá estaremos para ler as tuas prazenteiras palavras. :)

Caro Luís,
... a volatilidade do valor
porque...
a volatilidade das construções e convenções humanas...

:)
Abraço.

ié-ié disse...

Boa, Edu, agradeço as tuas preciosas informações. Quanto à localização da passadeira, tenho as minhas dúvidas, sempre aprendi que ela foi mudada... enfim, vou investigar mais!^

Quanto às vendas de "Abbey Road", tendo a acreditar em ti. Na dúvida, porque não tive informação credível, optei por citar o blogue do Vicky.

Obrigado, companheiro!

LT

Anónimo disse...

BEATLES PELA ZEBRA
(versão acctualizada)

Descalços vão na zebra,
Beatles sem mais muros,
Vão formosos, e não seguros.

Leva Macca o cigarrinho
Colado nas mãos de prata,
Erva de fina escarlata,
Traz a vaquinha da sorte,
Mais branco que neve pura,
Vai formoso, e não seguro.

Descobrem a rouca garganta
De tanto gritar ié-ié,
Cabelos grandes e barbudos,
Sabem de cor o refrão,
Tão lindo que o mundo espanta.
Chove neles graça tanta,
Até uma zebra de negro alvar
É local d' importtância nacional

Luis Vaz de Allen Zimmerman

JR

ié-ié disse...

Ah! Boa! Um dia vou descobrir a sua identidade, Monterroso!

LT

Edu disse...

Obrigado LT.
LT= LPA?

A propósito de vendas posso acrescentar, por agora, mais algumas coisas. Primeiro relativamente ao mercado dos EUA.
Segundo a Soundscan, nos últimos 20 anos, só um artista vendeu mais albums do que os Beatles, o cantor country Garth Brooks.
Os Beatles venderam mais de 62 milhões de albums, enquanto Garth Brooks vendeu 68.5 milhões. Não houve ano nenhum em que os Beatles tivessem vendido menos de 1 milhão de albums. Em 2010 venderam 1.7 milhões.
Nestes últimos 20 anos, só seis albums venderam mais do que a compilação "1" dos Beatles, sendo que esta neste momento contabiliza 11.7 milhões de cópias vendidas. Para quem estiver curioso em saber qual o album mais vendido nos EUA desde 1991 a resposta é o "Metallica" (ou "Black Album") dos Metallica (editado em 1991 precisamente), já vendeu 15.6 milhões de cópias.
Voltando aos Beatles: naturalmente o album mais vendido nos últimos 20 anos é claro o "1", seguido do "Abbey Road" (cerca de 4.6 milhões), depois o "Sgt. Peppers" (cerca de 4.4 milhões), em quarto lugar dois albums, "Anthology 1" e o "White Album" (cerca de 3.7 milhões) e finalmente em sexto lugar o "1967-1970" com quase 2.8 milhões. "Rubber Soul" aproxima-se deste último.

Relativamente aos últimos 20 anos no Reino Unido, e em exclusivo para o Blog Ié-Ié (de fonte secreta), os cinco albums vendidos dos Beatles foram:
em primeiro lugar novamente o "1" com quase 3 milhões de cópias, em segundo o "Sgt. Peppers" com cerca de 1.4 milhões, em terceiro "Live At The BBC" que passou as 850,000 cópias, quarto lugar para "Love" com quase 800,000 cópias, e quinto para "Anthology 1" com cerca de 790,000 cópias.
Para quem estiver curioso, "Abbey Road" está a chegar às 700,000 cópias e o "White Album" ainda não chegou ao meio milhão.

Anónimo disse...

Caro LT

Um dia vou descobrir também a sua graça :
L. A. N. P. A. - "I presume !"

L. (de Camões) ( não de Lafões)
A. (de Einstein)
N. (do Condestável)
P (de uma arvore do oeste luso)
A (da do sítio da única batalha
que perdemos com os franceses )


É só juntar as peças do puzzle e - "voilá" - uma resposta à Beatle :
"I Call Your Name".

Lei de Lavoisier do Anónimo :
No anonimato nada se perde tudo se cria ( com inteira liberdade desde que limitada a não ofender nada nem ninguém)

JR

Edward Soja disse...

Brutal, JR.!

:)

josé disse...

J.R. cultiva muito bem as semioses.

O António Pinho também.

Anónimo disse...

Em continuando ….

Falta só decifrar o acrónimo L.T., como L:A.N:P.A. é conhecido pelos amigos – I presume !- :

L. ( de Camões ) ( não de Lafões)
T. ( feminino de nome próprio comum a imperador romano e ditador do leste europeu, além de TITulo e personagem principal de peça de Shakespeare.

José, quem é António Pinho ??

JR

PS: Não se trata de qualquer Wikileaks, espionagem “private eye” ou atentado à privaciadade do ilustre blogger (e escritor da "Bíblia" sobre os Beatles em Portugal ), que muito prezo, mas apenas uma devota homenagem ao blog, onde se pode recolher estes dados, aqui e ali, portanto públicos.

josé disse...

António Pinho? Um dos maiores letristas das canções modernas em Portugal.

Um indivíduo cujas letras decorei. Por exemplo esta que sai de repente:

Lá íamos mesmo não indo; lá íamos mesmo não rindo; levados, lavados sim.

Ou esta:

Henrique ser ou não enriquecer: eis a questão!

O António Pinho com quem tive a honra de falar há uns tempos atrás no palco de Tomar, com os outros da Filarmónica Fraude, é o meu herói das letras de canções. O maior! Para mim, um pequeno génio porque não quero dizer grande para não o colocar em pedestal que reservo a poetas mortos.

Nem o T. lhe chega aos calcanhares e não é dizer pouco.

O António Pinho é outro O´Neill que temos por cá e tenho pena que nao publique coisas da sua invenção e que certamente escreveu ao longo dos anos.

Talvez fosse o único autor de poesia ou prosa poética que comprasse para ler, hoje em dia.

Anónimo disse...

José,

Claro, quem não conhece o António Pinho da Banda do Casaco e produtor e compositor de outros artistas.

Daí que, comparar este modesto escriba a este poeta e artista é como comparar um cacto a um pinheiro alvar, tanto que até fiquei ofuscado pelo pressuposto Pinho.

Só uma cantiga de amigo, como a do José, me pode promover a um verde Pinho, que seria logo atingido pela praga do nemátodo do pinheiro.

Só o António e o L.A.N.P.A. é que podem jogar nesse campeonato do pinhal,onde um dia começou a aventura das descobertas musicais

Agradecimentos e cumprimentos.

JR

josé disse...

O que o Pinho tem é a seiva das prantações originais do tempo das sesmarias. É um cultor da tradição que atravesssa os tempos. E outros hão-de vir, porque é assim que diz o ditado e a cantiga.
Mas rareiam esses tempos de fulgor criativo.

A verdadeira rama do Pinho é a cultura sólida de raiz portuguesa. Fruto da terra onde nasceu e foi criado.
Em meia dúzia de discos tem uma obra maior que o actual pinhal de Leiria.

Anónimo disse...

Não é por acaso que o dito A. Pinho conta neste Blog com 39 pinhas ( citações de etiquetas).

Dava para abastecer a lareira e aquecer a casa para todo um inverno.

Como cantam os Beatles ( em música do álbum "Let it Be") :
"Dig it" , "Dig it" , "Dig it"

A. Pinho também não contava com uma promoção destas a reboque da zebra que fugiu do zoo para ser pisoteada pelos Beatles ( e acarinhada pelos pés de Macca),
desviada para três metros e meio a jusante, e que agora ainda virou local de importância nacional que nem como o n.º10 da Downing Street ou Baker Street.

Agora o Código da Estrada britânico tem de ser rectificado para incluir na definção de "passadeira de peões", o acrescento de "e local de importância nacional em Abbey Road

"Baby, You Can Drive My Car"
Lennon/MCcartney

JR

Abel Rosa disse...

Já agora outro pormenor importante esta capa não tem o ralo do esgoto visivel na passadeira, ainda mais valiosa é!