quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ANTIGO JARDIM CINEMA


Antigo Jardim Cinema, em Lisboa, onde dois filmes custavam 3$50 (cadeira de vergas) ou 5$00 (nas chamadas poltronas, não mais do que as vulgares cadeiras de cinema).

Ao lado, onde hoje está uma loja de vestuário, era um belo salão de jogos, com tudo o que um puto na altura - anos 60/70 - mais desejava: matraquilhos, pingue-pongue, bilhar...

Com janela para a rua, havia igualmente uma fantástica loja com todas as revistas - novas e usadas - que se podiam imaginar...

8 comentários:

Carlos Caria disse...

Cheguei a fazer trilogia ao sábado.
Primeira Matiné: Jardim Cinema, Segunda Matiné: Cinema Europa
Noite: Cinema Paris
Outros tempos em que o cinema era culto obrigatório.

daniel bacelar disse...

Por favôr PAREM!!!!
jÁ ME ESTÃO A CHEGAR AS LÁGRIMAS AOS OLHOS COM AS SAUDADES QUE TENHO DOS MEUS CINEMAS DE "REPRISE"
Além dos mencionados,tinhamos o LYS (ROXY)RES (mais tarde teatro Laura Alves)ROYAL,PROMOTORA,etc etc e aqui em Alcântara o cinema mais "rasca" de Lisboa "EDEN" (tão rasca que os donos do verdadeiro EDEN nos Restauradores nunca criaram problemas por ter o mesmo nome)
Fui lá estilo romagem de saudade cerca de uma semana antes de fechar e para terem uma ideia,o urinol ficavam á entrada por debaixo do ecran.
Imaginem o cheirinho durante a projecção do filme.
Hoje é uma churrascaria
Enfim apesar disto tudo estas coisas tinham um piadão!!!!

daniel bacelar disse...

As minhas desculpas....
Em vez de RES quis dizer REX

filhote disse...

Anos 60/70, Ié-Ié?

Olha que ainda nos anos 80, este puto passou as tardes, e as "meia-noites", a ver fitas no Jardim Cinema... e a lendária sala de jogos, e referida tabacaria, entraram bem pelos anos 90!

josé disse...

"Com janela para a rua, havia igualmente uma fantástica loja com todas as revistas - novas e usadas - que se podiam imaginar..."

Life, Look, Flama, Século Ilustrado, Mundo Moderno, Vida Mundial, Rock & Folk, Rolling Stone, Playboy, Esquire, Nouvel Observateur, L´Express, New Musical Express, Science & Vie, Popular Science, Psychology Today, New Yorker, Realidade, Cruzeiro, Manchete, Stern, Der Spiegel, suplementos do Diário Popular e da Capital, e muitas mais ainda.

Para mim, era isso o paraíso.

"i can see paradise by the dashboard light..." cantava Meat Loaf.

josé disse...

E a Reader´s Digest, edição em brasileiro com os Flagrantes da vidas real e os livros condensados.

E a Rádio & Televisão e Nova Antena. E o Tintin, português e belga. E as revistas de aventuras e cóbóis, desenhadas aos quadradinhos, da Agência Portuguesa de Revistas, com os diversos Condor, Mandrake, Falcão,vindos dos EUA via King Features Syndicate.

E a Paris Match, bem como a Salut les Copains que nunca comprei. E o então jornal Le Monde, um compêndio de bom jornalismo.

Curiosamente, a Espanha quase nada tinha que valesse a pena ler.

A Cambio16 só apareceu em meados dos setenta.

Zeca do Rock disse...

Entre o Liceu Pedro Nunes e o Colégio de Clenardo ficava o Jardim Cinema, onde ganhei vários campeonatos de matraquilhos!...

Anónimo disse...

Um espaço enorme, cheio de atracções lúdicas, lugar de romagem sempre que havia um furo nas aulas, ali no vizinho Liceu Normal de Pedro Nunes. E onde vi (e joguei muitas vezes) uns fabulosos matraquilhos de hóquei. Que saudades…