O programa "Amigos de Alex", da Rádio Renascença/RFM, já fora do ar, faz(ia) hoje 25 anos.
Corria o belo ano de 1985, quando, durante um almoço na Linha, atirei ao LPA:
- “Adorava fazer um programa só com músicas dos anos 60 e 70”!
O LPA rejubilou. Era exactamente o que ele também sonhava fazer.
O resto foi relativamente rápido. Eu era, na altura, jornalista na RR. Falei com o director de Informação, João Amaral, que gostou da ideia e tratou do resto.
No início de Novembro, desse ano, exactamente no dia 2, estávamos no estúdio a gravar o primeiro programa. Sobre os Beatles, como não podia deixar de ser. O LPA sabia, e continua a saber, tudo sobre os ditos.
Foi uma nervoseira. Era o tempo do vinil, em que os discos se “acertavam” no gira-discos de estúdio. Fazia-se um movimento de que os DJs de hoje usam e abusam e prendia-se o disco com o dedo para o lançar na altura certa.
Só que a mão tremia e o disco arrancou antes de tempo. E a cena repetiu-se.
O nosso técnico de cabine, o grande Vítor Santos, que até tinha mau feitio, teve toda a calma do mundo para ajudar estes dois principiantes. E o programa lá se fez.
Depois, foram muitos outros.
Os “Amigos d’Alex”, para além do imenso prazer que me deram, ajudaram a cimentar a amizade com o LPA, o meu principal mestre no jornalismo de Agência.
No final de 1987, saí da Renascença para agarrar outra aventura radiofónica, a da TSF. O LPA lá continuou com os “Amigos”. Claro que me mantive ouvinte fiel.
E continuei fiel amigo do LPA. Até hoje.
Luís Marinho
PS - O indicativo do programa era os coros femininos de "You Can't Always Get What You Want", dos Rolling Stones.
Corria o belo ano de 1985, quando, durante um almoço na Linha, atirei ao LPA:
- “Adorava fazer um programa só com músicas dos anos 60 e 70”!
O LPA rejubilou. Era exactamente o que ele também sonhava fazer.
O resto foi relativamente rápido. Eu era, na altura, jornalista na RR. Falei com o director de Informação, João Amaral, que gostou da ideia e tratou do resto.
No início de Novembro, desse ano, exactamente no dia 2, estávamos no estúdio a gravar o primeiro programa. Sobre os Beatles, como não podia deixar de ser. O LPA sabia, e continua a saber, tudo sobre os ditos.
Foi uma nervoseira. Era o tempo do vinil, em que os discos se “acertavam” no gira-discos de estúdio. Fazia-se um movimento de que os DJs de hoje usam e abusam e prendia-se o disco com o dedo para o lançar na altura certa.
Só que a mão tremia e o disco arrancou antes de tempo. E a cena repetiu-se.
O nosso técnico de cabine, o grande Vítor Santos, que até tinha mau feitio, teve toda a calma do mundo para ajudar estes dois principiantes. E o programa lá se fez.
Depois, foram muitos outros.
Os “Amigos d’Alex”, para além do imenso prazer que me deram, ajudaram a cimentar a amizade com o LPA, o meu principal mestre no jornalismo de Agência.
No final de 1987, saí da Renascença para agarrar outra aventura radiofónica, a da TSF. O LPA lá continuou com os “Amigos”. Claro que me mantive ouvinte fiel.
E continuei fiel amigo do LPA. Até hoje.
Luís Marinho
PS - O indicativo do programa era os coros femininos de "You Can't Always Get What You Want", dos Rolling Stones.
9 comentários:
Parabéns pela efeméride e pelo programa que então alumiava o som do FM.
Nessa mesmo altura era fiel ouvinte da Rádio Popular de Vigo, tendo gravado várias músicas que aí passavam, incluindo o indicativo do programa de John Peel na Radio One- um blues bem esgalhado na guitarra, dos Grinderswitch.
A rádio espanhola passava coisas que nunca ouvira por cá: Jackson Browne, com os lp´s The Pretender e Running on empty. Ralph McTell e Streets of London. Al Stewart e The Year of the cat e ainda outras músicas anteriores (Orange) e posteriores do lp Time passages, todos nos anos setenta.
E passava música portuguesa como a do Zeca Afonso e Fausto.
Os Amigos de Alex, em meados dos oitenta, serviram-me para conhecer aguma música que então julgo que nem conhecia, mas para dizer a verdade não me lembro qual.
Qual foi o alinhamento do primeiro programa? Ainda é possível saber, mesmo de memória?
Ouviram hoje a playlist da TSF ?
Ouvi apenas a 2ª parte: "Amor novo" e "Crer"
"You Can't Always Get What You Want", dos Rolling Stones, está agora a passar na playlist da TSF
Qual foi o objectivo de ter um programa sobre Beatles com indicativo dos Rolling Stones ?
Fica sem efeito a questão anterior
Fui induzido em erro pela frase "No início de Novembro, desse ano, exactamente no dia 2, estávamos no estúdio a gravar o primeiro programa. Sobre os Beatles, como não podia deixar de ser."
O 1º programa é que era "sobre os beatles" :)
"Ob-La-Di Ob-La-Da" é que era dedicado em exclusivo aos Beatles :)
Exactamente, caro Anónimo das 13:26 e 13:32.
Gosto dos Beatles, é certo, e até tive um programa na RFM inteiramente dedicado a eles ("Ob-La-Di Ob-La-Da"), mas não me considero sectário e até escolhi um hino dos Stones para indicativo dos "Amigos de Alex".
LT
Julgo que não é feita qualquer referência à origem do nome do programa.
Será inspirado no filme homónimo ?
Quem teve a ideia ? Quem era o Alex ? Quem eram os amigos ?
Sim, o nome foi inspirado no filme "The Big Chill". À época, início dos anos 80, a expressão "amigos de Alex" ficou conotada com os anos 60, sobretudo com a sua música. Nada melhor, poranto, para identificar o programa. Os "amigos" eram o Luís Marinho e o Luís Pinheiro de Almeida, que faziam o grosso do programa, e o Manuel Falcão, que tinha uma rubrica chamada "Colar de Pérolas", onde apresentava a música nova. O indicativo era, curiosamente, "Living In The Past", dos Jethro Tull.
LT
Manuel Falcão recebia em géneros ?
:)
dois chochos na face...
LT
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