PHILIPS - 6042.325 - edição portuguesa (1977)
Don’t Let Me Be Misunderstood + Esmeralda Suite - You're My Everything
Há quem desconheça a espantosa interpretação de “Don’t Let Me Be Misunderstood” por Nina Simone (e a dos Animals? - pergunta o editor).
Mas certamente não desconhecerão a versão dos Santa Esmeralda que aparece no filme “Kill Bill” de Quentin Tarantino e que os levou desatar a correr para comprar a banda sonora.
Disse-lhe quem viu e viveu os tempos, que há uns anos atrás esta versão dos Santa Esmeralda transformava as noites balneares da movida espanhola numa verdadeira desbunda.
Não dá para contar e também não há documentos fotográficos que possam dar uma pequena ideia desses dezasseis minutos e cinco segundos que punham as gentes num estado a roçar a paranóia.
Talvez assim uma coisa como uma versão lusa – certamente mais moderatta - que ocorria nas noites da EXPO '98, em que uma certa rapaziada se mandava para cima das mesas do Bugix e criava o KAOS.
Se o editor estiver para o divertido, talvez lhes coloque aí o link (claro que estou divertido, não havia de estar a lembrar-me do Bugix? - editor)
Colaboração de Gin-Tonic
Don’t Let Me Be Misunderstood + Esmeralda Suite - You're My Everything
Há quem desconheça a espantosa interpretação de “Don’t Let Me Be Misunderstood” por Nina Simone (e a dos Animals? - pergunta o editor).
Mas certamente não desconhecerão a versão dos Santa Esmeralda que aparece no filme “Kill Bill” de Quentin Tarantino e que os levou desatar a correr para comprar a banda sonora.
Disse-lhe quem viu e viveu os tempos, que há uns anos atrás esta versão dos Santa Esmeralda transformava as noites balneares da movida espanhola numa verdadeira desbunda.
Não dá para contar e também não há documentos fotográficos que possam dar uma pequena ideia desses dezasseis minutos e cinco segundos que punham as gentes num estado a roçar a paranóia.
Talvez assim uma coisa como uma versão lusa – certamente mais moderatta - que ocorria nas noites da EXPO '98, em que uma certa rapaziada se mandava para cima das mesas do Bugix e criava o KAOS.
Se o editor estiver para o divertido, talvez lhes coloque aí o link (claro que estou divertido, não havia de estar a lembrar-me do Bugix? - editor)
Colaboração de Gin-Tonic
6 comentários:
O "editor" foi, aliás, o responsável pela compilação "todos los dias" (uma raríssima edição da qual tenho uma cópia) com o melhor do Bugix. Pensar que passaram 11 anos e que não me consigo libertar das garras destas memórias.. Uma vez da tríade, sempre da tríade, diria...
MC
Grande MC, vi o teu nome nos Gato Fedorento! Grande abraço de parabéns!
"Todos Los Dias"... como fomos felizes... e profissionais!
LT
É verdade! O "senhor idoso", segudo vértice da tríade, tem um blogue:
http://karateokinawakan.blogspot.com/
Só falta o terceiro vértice!
LT
Torremolinos, inícios dos anos 70.
Um hamburger gigante estrategicamente comido à hora do almoço (generosa...) era tudo quanto nesses tempos me entrava no estômago, porque o resto do dinheiro tinha voado logo nos primeiros dias com os gloriosos livros de poesia da Editora Losada e com os dois primeiros LP's que, oficialmente, comprei para a minha colecção (nunca mais me esqueci: "For ladies Only", dos Steppenwolf, e "There Goes Rhymin'n Simon", de Paul Simon).
E havia que guardar dinheiro para o regresso e, sobretudo, para a "Boite", para onde o meu companheiro de aventuras me arrastava todas as noites...
Naquela "Discoteca" (hoje desaparecida, confirmei-o nostalgicamente há um ano atrás...) três músicas estavam na berra, não me lembrando eu se por serem contemporâneas ou se por lá andarem por forma das circustâncias do arrail: "Paloma Blanca", "Que Viva España" e esta dos Santa Esmeralda".
Durante a tarde (de manhã dormia-se...) estendia-me na praia a dar os primeiros passos na leitura de Rafael Alberti, Gabriel Celaya e Miguel Hernandez e à noite, qual "Mr Hyde" encabuçado, preparava-me para a desbunda, com o tal amigo que esteve comigo durante essas gloriosas duas semanas noutra cidade. E que a primeira coisa que fez quando chegou a Torremolinos foi comprar umas socas de madeira com um palmo de altura. Porque era bastante mais baixo do que eu e não queria que, por força dessa minha deficiência genética, lhe fizesse concorrência desleal... Mas o mar era farto e o peixe dava para todos...
Voltei a Lisboa meio envergonhado, porque erámos miúdos, faziamos disparates e havia cenas por vezes não muito edificantes... À chegada disse para mim, como naquela música da Carla Bruni: "My dancing days are gone"... E nunca mais comprei nenhum desses discos, porque já na altura tinha uma "honra musical" a defender que não se compadecia muito com essas "más companhias"...
A nostalgia dos Santa Esmeralda veio mais de 30 anos depois quando, ainda antes da estreia em Portugal, soube que Tarantino tinha escolhido essa música para a banda sonora do seu filme.
E ainda hoje, como Gin-Tonic, bem sabe, não consigo ouvir a versão dos Santa Esmeralda (mas só essa...) sem que o meu corpo comece de imediato a vibrar fortemente. Sobretudo se já tivermos ultrapassado a barreira da terceira garrafa de espumante...
Amigo Luís Mira,
como gerações diferentes podem viver experiências semelhantes, no mesmo local, na mesma data (provavelmente)...
... no início dos anos 70, a minha mãe levava-me de férias para o eixo Marbella-Torremolinos-Puerto Banus, onde eu também devorava hamburguers e equilibrava-me numas socas de madeira... tinha uns 6 ou 7 anos, vibrava com os Santa Esmeralda, mas não tinha idade e arcaboiço para ser peixe predador naquele imenso mar...
Grande abraço!
Dias gloriosos, de facto...
Um Grande Abraço para ti também, Filhote!
Ontem sentimos a tua falta...
LM
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